Purpose

Jaguars

Los Angeles, 2018.

Cabelos ao vento, brisa gelada no rosto e uma deliciosa sensação de liberdade. Assim estou dirigindo por Los Angeles, com o som parcialmente alto, ouvindo o mais perfeito rock americano, com meu inseparável corvette, até a sirene surgir me fazendo encostar.

- Ei, abaixe a musica! - o policial me encarou serio.

- Oh, me desculpe. - sorri e abaixei o volume.

- Sabe, porque te parei? - indagou.

- Até entendo que gosta de exercer sua função de bom policial, e todo esse blá blá blá, de limite de velocidade, é uma profissão muito honrosa. - abri o sorriso mais irônico possível.

- Ok, documentos e habilitação. 

- Agora mesmo. - tirei minha carteira e comecei a folhear as notas de cem doláres.

- Esta tentando me subornar senhora? - me olhou extremamente sério. - Isso é ilegal, tem está ciente?  

- Não é visível? - o encarei, enquanto contava. - Não quero me aborrecer essa noite sr. Policial, preciso estar em minha boate e já estou atrasada, aceite como uma gratificação pelo ótimo serviço prestado a população, huh? - estendi o dinheiro e ele me olhou tentado a aceitar. - Vamos, não fique tentado, mil dólares em suas mãos! - sorri e pro fim ele pegou. - Se me der licença, preciso ir andando. - liguei o carro novamente.

- Oh claro, tenho uma ótima noite. - ele sorriu e se afastou.

- Você também, policial.

 Já na esquina do Jaguars, observei a fila quilométrica que se formava na entrada da boate, parei o carro e entreguei a chave ao manobrista, me encaminhando a entrada.

Mulheres e whisky, teria combinação mais perfeita?

Observando o movimento enquanto me servia de whisky.

- Por onde você estava, Jauregui? - sorri a mulher que me olhava brava.

- Estava tendo aventuras românticas no castelo de Cinderela. - vi perfeitamente a mulher revirando os olhos. - Fique calma Normani, tive um pequeno contra tempo. - dei um gole no whisky.

- Srta. Issartel esteve aqui. - indagou pegando o copo de minha mão e bebendo.

- Sempre temos essa ilustre presença Normani, o que ela queria dessa vez? - tomei meu copo.

- O mesmo proposito de sempre. - virou e me encarou. - Agendou uma reunião amanhã conosco.

- Ok. - tomei o whisky de uma vez. - Por hora, quero curtir!

- Não faça nada em publico Lauren! - a morena me encarou, me deu as costas e saiu caminhando graciosamente com suas belas curvas.

Segui para o área vip, estava tudo perfeitamente bem, todos sorriam, bebiam e se pegavam, enquanto fazia sinal para me servirem, a gritaria e o movimento na entrada tomou minha atenção, três lindas mulheres entraram lado a lado no meu estabelecimento. Jamais havia visto nenhuma por aqui, o que me deixou com certa curiosidade.

A da esquerda, morena, com curvas generosas, loira, sorriso entre os lábios, vestido preto que valorizava ainda mais suas curvas, e extremamente bonita.

A da direita, loira, com belas curvas, também sorriso e com um vestido mais delicado, porém muito elegante e muito linda.

Porém, nenhuma dessas me chamou mais atenção do que a morena no centro de ambas as mulheres, extremamente sexy, com um corpo que foi esculpido pelo próprio criador, cabelos longos e negros, sorriso nos lábios, e um vestido feito sobre medida para aquela mulher tão atraente. Bebi meu drink, e continuei encarando as mulheres que brincavam de shots no bar.

- Qual será a próxima? - olhei a mulher se sentando ao meu lado.

- Estou decidindo ainda. - direcionei meu olhar as mulheres.

- Tão previsível Lauren. - a negra riu ao meu lado. - Bom, a reunião será as 10am, não se atrase, ok?

- Nunca me atraso Normani. - sorri a olhei e senti um olhar me queimando.

A tal morena estava me encarando, quando nossos olhares se cruzaram, ela ergueu o copo e sorriu mordendo o lábio da maneira mais sexy possível.

- Se me der licença, minha querida. - levantei e desci as escadas em direção ao bar para finalmente conversar com a aquela mulher que estava roubando minha atenção. Por fim sentei ao seu lado e a encarei.

- Sinto que toda a água do meu corpo evaporou com você me secando daquele jeito. - sorriu e se virou para mim.

- Perdoe, mas aprendi que obras raras devem ser muito bem apreciadas. - a olhei de cima abaixo sem vergonha alguma.

- Usa essa cantada com todas? - ela ergueu a sobrancelha e segurou o sorriso. - Karla Estrabão.

- Não preciso de cantadas por aqui. - sorri e encarei aqueles olhos flamejantes. - Lauren Morgano. - estendi a mão e apertei a mão de Karla. Instintivamente nasceu uma tensão entre nós, eu queria aquela mulher e iria ter.

- EI, VOCÊ SUMIU. - me virei para ver quem estava berrando atrás de mim. - Ou me desculpe, Dinah Jane. - a morena, dos cabelos loiros sorriu.

- Lauren. - me limitei a dizer.

- Dinah, eu já vou me dê um minuto. - Karla sorriu para amiga e voltou a me encarar.

- Adianto que um minuto será pouco para nós. - cheguei perto o suficiente para sentir seu perfume, levemente adocicado.

- Me surpreenda, Lauren. - sussurrou em meu ouvido, o arrepio subiu em minha nunca. Karla se desvincilhou de mim e foi até o banheiro, depois de alguns segundos a segui, me desviando de mulheres e finalmente entrando no banheiro vazio sem uma alma sequer.

- Não me parece certo estar contigo Lauren. - me virei para encarar Karla que estava atrás da porta. - Algo me diz que já dormiu com metade de Los Angeles.

- Calúnias ao meu respeito. - me aproximei dela, ficando frente a frente, sentido o hálito de menta que ela possuía, tão quente.

- Será? - mordeu o lábio e sorriu maliciosamente.

- Garanto. - sorri cafajestemente e beijei aquela mulher.

Apenas conhecendo nossas bocas, desci minhas mãos até sua cintura e a puxei mais para mim, Karla grudou em meus pescoço me puxando para si, nosso beijo tomava outro patamar, um beijo cheio de necessidade e desejo, tudo naquela mulher era excitante, e isso estava acabando comigo. Puxei duas pernas para cima a obrigando fechar sua pernas envolta de minha cintura, guiei até a pia e pressionei contra mim, quando o ar foi necessário, direcionei meus beijos até  seu pescoço, chupando e deixando uma marca ali presente.

- Oh, Lauren.- de repente a voz de Karla estava extremamente rouca. 

Com minha mãe direita subi o vestido da mesma apertando sua carne e sentindo o volume de sua bela comissão traseira. Mordisquei e a encarei. Karla puxou meu pescoço reiniciando o beijo, aquele beijo sem duvida alguma era o melhor que tive até hoje. Sem cuidado algum, arranquei sua calcinha junto com um gemido da mulher, estava louca de tesão só com ela me arranhando e me prendendo com as pernas. Karla paro de me beijar e me encarou.

-  Infelizmente, seu 1 minuto se esgotou... - mordeu os lábios e isso foi o meu fim. Ela me empurrou e desceu da pia se ajeitando e me olhando. - Obrigada pela noite.

 Eu estava desacreditada do que tinha acontecido e quanto ela saía, eu só conseguia pensar...

Quem é Karla Estrabão?.