I Just Want to Know Who I Am

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N.A.: Fanfic do shipper Draco Malfoy e Ginny Weasley

Aquele seria meu último ano em Hogwarts, tudo estava ao meu alcance dentro do castelo, uma guerra basicamente vencida à frente, um futuro de glória para minha família, mas mesmo assim, sentia que faltava algo, como sempre faltara.

Comecei a sentir esse vazio, essa falta, aos quinze anos, só para então reparar em certa ruiva andando pelo castelo. Uma menina que de invisível se tornara a sensação. Uma verdadeira palhaçada, se quer saber a verdade sobre isso. Pobre, de uma família de traidores, amante de trouxas, e de uma hora para outra o sonho da maioria da população masculina da escola. Meu sonho. E como um bom Malfoy, estou acostumado a ter tudo àquilo que quero.

Pensei que talvez fosse algo fácil, como pedir dinheiro ao meu pai, ou simplesmente falar: "Quero aquela ali." Mais um item que iria tirar da estante de uma loja apenas para ser usado e jogado fora.

Ah Ginevra Weasley, os Deuses sabem como desejei que fosse assim! Mas ao invés de tudo que pensei que ela pudesse fazer com minhas tentativas de aproximação... Talvez retribuísse com brigas, declarações de ódio, gritar aos quatro ventos sobre minhas investidas (que acredite, eram discretas), ela simplesmente as ignorou.

Me divertia com o fato de um dia me deparar com Ron Weasley no corredor, gritando para deixar a irmã em paz, me chamando de maníaco, ou dizendo que não conseguiria informações atrás dela. Ou então com Potter me chamando para um duelo pela sua pobre donzela, ou simplesmente gritando as mesmas asneiras que Weasley.

Isso nunca aconteceu, nada aconteceu. Como se nunca tivesse deixado um bilhete a convidando para sair, como se fosse apenas fruto da minha imaginação aquelas ações que havia feito. Mas no fundo, sabia que não eram.

Então resolvi investir com mais afinco. Mostrar o lado nobre da minha família, o lado galanteador de um Malfoy. Poemas, histórias, cartas de amor. Diversão de inicio, mas então a brincadeira começou a sair do controle. Ela continuou a me ignorar, e eu não a olhava mais apenas para saber qual seria sua reação, mas ansiando por sua reação.

A situação virou um vício, não era como se ela não recebesse nada, fiz questão de mandar as cartas na hora do correio pela manhã. Não precisava escrever meu nome, ela sabia que eram minhas. A via recebendo, mas ela nem ao menos as lia, apenas as guardava em sua mochila.

Meus dias passaram a ser sobre ela. Pensar nela, sonhar com ela. Ela fez aparecer um lado que eu não sabia que existia em mim, um lado fraco para a guerra que se seguia em frente. Um lado em que era capaz de amar e que eu precisava esconder de todos. Tinha que esperar ao longe por ela. Não podia agir. Seus amigos, seus irmãos estavam todos em alerta. Eu a via cercada por eles, não havia brechas as quais eu pudesse utilizar para me aproximar.

Comecei a achar que estava ficando louco, ficcionado. Uma Weasley? Ela nunca retribuiria aquele sentimento, sentimento que nem eu mesmo entendia o que era, diga-se de passagem, sentimento que não poderia existir! Não por ela! Ela nunca ficaria comigo, eu era um Malfoy e ela um Weasley*. Teria que mudar por ela, algo que me fazia rir. Poderia mudar algumas coisas, mas não minhas convicções. Ela devia queimar as cartas, os mimos que lhe mandava.

Foi quando a peguei, no ano passado em um corredor beijando o santo Potter. Entrei no corredor para encurtar o caminho para uma aula e vi os dois se agarrando. Ia provoca-los, irritá-los por estarem ali. Mas antes que pudesse fazer alguma coisa, Ginevra abriu os olhos e seu olhar foi dirigido para mim. Continuava a beijar Potter, mas olhava para mim. Vi a intensidade do olhar, havia algo ali, era como se o beijasse obrigada, como se não fosse ele que ela quisesse ali.

De Volta a HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora