Exercração de Dorfrybel

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I capítulo_O reencontro

Já se fazia tarde... Estava atrasada como sempre.

Era uma tarde ventosa mas muito quente, e estava a caminho de casa. Ainda tinha de fazer as malas, pois hoje o Dean ia-me buscar para passarmos uns meses na casa do lago, como fazíamos desde os meus 9 anos... Bem casa como quem diz, era uma mansão com 2 hectares a volta, e pessoas para fazerem a sua manutenção quando ninguém lá estava.

Bem, mas este ano era diferente, o Dean já tinha carta de condução; por isso íamos sozinhos pela primeira vez.

Com tudo ainda não me apresentei, chamo-me Rose Nébel* e tenho 16 anos. Sou órfã de mãe há aproximadamente 1 ano e desde essa altura para cá o meu pai evita estar comigo, alegando que sou demasiado parecida com a minha mãe, o que eu acho um completo disparate, mantendo-se mais ativo nos negócios de família, ausentando-se a maior parte das vezes.

*(significa Rosa da Névoa em alemão)

O meu cabelo é de um castanho cor de avelã que refletido ao sol parece quase loiro e liso, enquanto minha mãe tinha-o dourado e ondulado. Os meus olhos são de uma tonalidade de verde muito vivo e os dela eram castanhos inacreditavelmente claros. Sou de estatura media e magra, ela era habilidosa enquanto eu não tenho jeito para nada... Acho que já disse tudo sobre mim...por enquanto...

Encontro-me já a porta de casa e como sempre demoro uma eternidade a encontrar as chaves. "Como odeio malas..." Quando finalmente os meus dedos tocam em algo que penso serem as malditas chaves, já era tarde. O Dean já se encontrava a estacionar o seu novo carro a frente da minha porta, sai dele, tranca-o e vem direito a mim.

Com a frustração deixo cair a mala no chão do alpendre fazendo com que se espalhasse tudo o que se encontrava no seu interior, enquanto o Dean me alcançava.

- Como sempre organizada e pontual! - Diz ele com ar trocista, enquanto se agacha para me ajudar a apanhar o que se espalhara no chão. - Não me digas, só vais levar isto!? - com ar perplexo mas ainda no gozo.

-Não, engraçadinho! - Digo furiosa ao mesmo tempo que abro a porta. - Deves achar muita piada...

- Fico contente por ver que durante este tempo tudo não mudaste nem um bocadinho. - diz entrando e começando a rir-se - Atrasada, trapalhona, mal humorada... e já me esquecia desarrumada.

Eu sabia que aquilo tudo era verdade e que talvez me tenha desleixado mais desde que tenho a casa só para mim. Mas ouvir aquelas palavras sair da boca do Dean deixam me envergonhada e furiosa, porque não quero que ele me ache uma miúda que não sabe tomar conta de si sozinha.

- Mas queres saber uma coisa? - diz ele com um sorriso enorme.

- Sim vá conta a mim. - digo como se voltasse a ter 9 anos, mas receosa de que viesse outro disparate.

- "Eu gosto de ti assim."

E pronto outro disparate como calculava.

***

O Dean Ryder e eu sempre nos demos bem quase como irmãos, ele e o meu confidente e eu a sua. Conhecemos nos desde sempre mas só a partir de 2005 é que começamos a estar mais tempo juntos, ou seja a partir do momento em que as nossas famílias compraram a casa do lago. Os nossos pais tem uma ligação muito forte por isso começamos a passar férias juntos, desde ai nunca mais nos separamos, todos os anos combinámos coisas para as férias.

- Sim, tá bem... Deve ser verdade, deve... - Digo com ironia.

- Oh... Estou eu aqui a dizer te uma coisa muito fofinha e tu saíste com uma resposta dessas. - Diz-me ele com um ar triste ao mesmo tempo que me abraça.

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⏰ Última atualização: Jun 18, 2016 ⏰

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