Capítulo 17

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— Você? - Balbucio. — Só pode ser brincadeira, eu nunca vou ter um dia de paz, penso alto.

A pessoa me esperando na minha sala me olha onde estou de pé na porta.

Seu olhar temeroso e cheio de dor, faz com que eu sinto um pouco de pena dela, mas só um pouco mesmo.

Eu dificilmente guardo rancor, mas minha cunhada pediu por isso.

— Elisa preciso falar com você, me escuta, por favor!? - Seus olhos se enchem de lágrimas.

Vou até o sofá e me sento ao seu lado onde ela acabou de sentar.

— Estou aqui, pode falar Samara. - Solto um suspiro longo.

Espero que ela fale o que veio me falar, e que saia por aquela porta sem olhar para trás.

— Eu preciso te pedir desculpas! - Ela me olha com seus olhos verdes.

Seus olhos transbordam lágrimas até serem derramadas.

— Samara o que você fez com a ajuda da sua amiga, é muito grave, você poderia ter acabado com o meu casamento de verdade! — Agora me fala, você acha que isso tem perdão?

— Eu sei que é difícil você me perdoar Elisa, mas eu preciso disso de você, eu preciso do meu irmão de volta! - Ela chora mais.

— Então é por isso que você está aqui, para ter seu irmão de volta, e não porque está arrependida?

— Não Elisa, você entendeu errado, eu estou mesmo arrependida, só que eu não consigo viver sabendo que meu irmão não fala mais comigo!

— Por mim eu te desculpo Samara, mas não cabe a mim falar pelo seu irmão.

Me levanto e peço para Sara trazer dois cafés e água na minha sala.

— Obrigada!... - Ela me olha. — O Tony vai voltar a trás sabendo que você me perdoou, ele te ama Elisa, eu não tinha o direito de interferir na vida de vocês dois como eu fiz.

— Não tinha mesmo, mas não podemos chorar pelo que passou, vamos andar adiante. - Digo séria.

Sara abre a porta deposita a bandeja com o café na minha mesa e sai.

— Agora me fala porque realmente vocês fizeram isso.

— Antes de você o Tony não me deixava por nada, a gente fazia tudo juntos, éramos os melhores amigos, para ele eu era mais importante que tudo, e quando ele conheceu você tudo mudou, e a Valéria é louca pelo meu irmão e pensou que ia se casar com ele, e é isso. - Ela dá de ombros.

Samara toma um gole do café que eu servi para ela numa xícara e me olha.

— Nunca foi minha intenção tirar seu irmão de você Samara, ele sempre vai ser seu irmão. — Você não pensou em nenhum momento nos sentimentos dele, você foi egoísta, mas apesar de tudo eu acabo te entendendo.

Tomo o meu café também e suspiro.

— É, você tem razão. Mais uma vez me perdoe Elisa. - Ela olha minha barriga e sorri. — É uma menina, não é? Estou feliz que vou ser tia.

— Sim, é uma menina, ela se chama Luna. - Olha Samara não digo que vamos ser melhores cunhadas ou amigas, mas eu te perdôo...  

Sorrio dessa vez baixando um pouco a guarda.

A porta se escancara de repente, tanto eu como Samara levamos um susto.

— Posso saber o que você está fazendo aqui Samara? - Tony diz.

Ele entra como se tivesse que me salvar das garras de sua irmã e eu não tivesse como me defender.

— Tony isso são modos? - O repreendo.

Eu...sem vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora