Capítulo 12 - Ciúmes parte 1

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Ela estava se sentindo um verdadeiro lixo, foi caminhando devagar até que alcançou o ponto de ônibus mais próximo.

Para sua sorte, o ônibus logo chegou e ela entrou. Tudo que queria agora era deitar e aliviar a sensação horrível que estava sentindo.

(...)

Felipe Miranda

Ele estava no quarto andando de um lado para o outro, perdido. Qual era a dificuldade em controlar a merda da língua?

Essa impulsividade era algo que Felipe mais odiava em si mesmo, mas aquilo não ficaria sem reparo. Rapidamente vestiu sua roupa, pagou a conta e saiu às pressas do motel.

Dirigiu o carro devagar a procura de Shirley pelas proximidades do motel até encontrá-la num ponto de ônibus próximo de onde estavam, aos prantos. Aquela cena só fez Felipe se sentir ainda mais idiota do que ele já estava.

Não demorou nada e um coletivo apareceu, levando Shirley consigo. Ali Felipe viu mais ainda o quanto a morena havia se magoado, talvez fosse melhor deixá-la só por enquanto. Sem ter outra alternativa, Felipe seguiu seu caminho de volta para casa, durante o caminho no trânsito não parava de refletir sobre o que havia acontecido, e o quanto mais refletia mais idiota se sentia.

Como já era madrugada quando estava na rua, em poucos minutos ele chegou em casa. Adentrou o apartamento silenciosamente apenas para encontrar Jéssica dormindo tranquila no sofá agarrada a um livro: Não se ilude, não. Apenas suspirou e foi até a esposa adormecida no sofá, sacudindo-a levemente para que ela acordasse.

- Jéssica, acorda...

- Hum, me deixa dormir. - A loira virou-se para o lado e voltou a seu sono. Felipe revirou os olhos e pegou-a no colo até o quarto que costumavam dividir antes de tudo aquilo começar.

Deitou-a delicadamente na cama e deu as costas para sair de lá, mas ouviu a voz sonolenta de Jéssica o chamar.

- Onde você estava até essa hora? - Ela perguntou, ainda com sono.

- Por aí... por que não volta a dormir? - Felipe disse simplesmente e saiu do quarto. Ele foi até o quarto que estava agora e jogou-se debaixo do jato de água fria vinda dali.

Durante o banho, as coisas que dissera a Shirley repetiam em sua mente.

Esse tipo de coisa que costuma acontecer por causa da sua língua solta tinha que ter um fim. O mais breve possível.

Por fim, saiu de seu banho e jogou-se na cama depois de vestir uma roupa qualquer, pegando no sono rapidamente.

(...)

Shirley


Alguns rápidos minutos de viagem e já estava descendo do ônibus e olhou em volta, a esquina próxima onde morava estava pouco movimentada, Shirley enxugou algumas lágrimas que teimavam em cair e seguiu para casa.

Alguns passos adiante pôde avistar a construção completamente apagada, como ela havia deixado antes de sair.

Será que Adonis voltou lá por algum motivo e deu falta de sua presença e estava lhe esperando?

Qual seria a desculpa que inventaria para ele?

Shirley respirou fundo um par de vezes e decidiu entrar em casa, introduziu a chave na fechadura e girou-a lentamente, abriu a porta da mesma forma e adentrou o local com receio.

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