O Possível Começo

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                Mas uma pessoa bate em minha porta. Já falei que não faço mais esses tipos de serviço. Algo estranho aconteceu comigo desde que me mudei para essa casa, minhas visões começaram a ficar macabras não consigo explicar direito mas de uma coisa eu sei, não consigo mais ver as pessoas morrerem.

                     O   dia logo virou noite a impressão que tinha era que os dias ficaram curtos e as noites longas. Naquela noite, fui obrigado a sair para ir a um supermercado, pois a minha comida estava escassa.

                 A noite estava chuvosa, quase não dava pra ver o céu direito, as nuvens estavam densas e escuras, fui até o meu carro, dirigir até o supermercado mais próximo de minha casa, estacionei o carro na vaga mais próxima da saída, fui rapidamente para a entrada, hesitei um pouco antes de entrar. O estabelecimento não estava vazio havia alguns jovens, assim que eu entrei foi como se todos olhassem para mim, peguei logo um carrinho de compras que estava mais próximo e rapidamente adentrei por um dos corredores. Peguei suprimentos suficientes para não ter que sair de novo tão cedo. Fui até o caixa, o atendente era jovem, conversava com o que me pareceu ser seus amigos, falavam sobre alguma festa ou algo do tipo, não prestei muita atenção, enquanto ele calculava o valor das compras eu me distraia olhando a chuva pela janela, quando voltei meus olhos novamente para o atendente, foi quando o vir pela primeira vez, estava parado ao fundo atrás do atendente, não conseguir ver bem seu rosto mas lembro-me de seu sorriso sombrio que me fez tremer até a alma. O ar do supermercado fico repentinamente frio, como se a mera presença dele sugasse toda e qualquer forma de vida. Quase não conseguir desfaçar o medo que eu sentir, aquela presença me deixou muito nervoso, mal conseguir colocar as compras no carrinho, fui quase que correndo até o meu carro, joguei todas as sacolas no banco de traz e dirigir o mais rápido que pude.

            Assim que entrei em casa, fui até a cozinha e comecei a guardar as compras, quando ouvir um barulho estranho vindo do andar de cima, subir as escadas lentamente, o barulho parecia vim do sótão o que era impossível, estava trancado a tanto tempo, a dona me dissera que a chave havia se perdido em uma tragédia em que a Angélica filha dela morreu, estava tentando me convencer de que aquilo devia ser apenas um rato ou algo do tipo, estava perdido em meus pensamentos, quando algo foi lançado contra a janela da sala fazendo com que o vidro se estilhaçasse , desci as escadas quase em um salto, a janela estava em pedaços, abrir a porta ainda estava chovendo muito, tentei ver se havia alguém por perto, mas claro que o vândalo não iria ficar pra tomar café enquanto esperava a polícia chegar, voltei para dentro e fui até a dispensa pegar um pá e uma vassoura pra limpar toda aquela bagunça. Estava quase terminando quando vir algo reluzir em baixo de uma de minhas poltronas, cheguei mais perto para ver melhor, era uma chave, eu a apanhei do chão e comecei a analisa-la, foi quando um barulho mais estridente que o anterior rompeu o silêncio, hesitei um pouco mais subir as escadas novamente, o barulho continuava... parecia que, o que quer que estivesse ali queria desesperadamente sair, foi então que eu percebi que a chave que estava em minhas mão tinha desenhos parecidos com o da fechadura, então coloquei-a na fechadura, não vou mentir aquilo me assustou um pouco mas ao mesmo tempo estava curioso para saber o que tinha lá, fiquei surpreso quando fiz a primeira volta com a chave, quando a porta se abriu...

As Aparências EnganamOnde histórias criam vida. Descubra agora