O início do fim.

1. A realidade do fim.

     Acordei desorientada.

     -Onde estou?-Olho ao meu redor, vendo um lugar claro e, no fundo, à beira de uma cama, havia 5 pessoas vestidas de branco-azulado com uma sombra entre elas. As pessoas estavam com um ar muito desanimado.

     Fui ao local onde as mesmas se encontravam e perguntei-lhes o que havia ocorrido para ter um clima tão pesado na sala, mas parecia que estava num universo incansável.

     Sem ter conhecimento do que se passava, confusa como num texto com palavras baralhadas e assustada, sentei-me no canto da sala e fechei os olhos, ficando só na minha bola de cristal, esperançosa de que todos os sentimentos demoníacos desaparecessem da minha mente.

     Enquanto tentava processar tudo, escutei um som melodioso de um violino que me acolheu nos seus braços. Abri os olhos. Estava num local que me transmitia uma solidão imensa. No meu campo visão havia uma floresta morta e eu no meio da mesma, confusa, sem saber onde estava e o porquê do local ter mudado nos curtos momentos em que os meus olhos estavam fechados.

      Um "ancião" jovem, alto e elegante de manto preto com um violino nos seus braços apareceu. Tive um pouco de medo dele. O mesmo aproximou-se, estendendo a sua mão pálida na minha direcção. Segurei-a hesitante e logo o rapaz ajudou-me a levantar. Quando ambos estava-mos de pé ele começou a tocar no instrumento de cordas e eu acompanhava-o a dançar no som da melodia calma. Tudo parecia vindo de uma peça de teatro. Eu nunca fui tão louca para dançar com um desconhecido de quando estava viva. Era tudo uma realidade paralela do que eu esperava do fim.