Já sentiu a sensação de que se colocar o pé para fora da cama, será arrastada por um monstro debaixo dela?
Geralmente, sentimos isso na infância. Mas comigo? Desde os dezoito anos eu soube que o monstro debaixo da minha cama, dormia há alguns quarto...
NOTAS INICIAIS: BRASIL 2×1 AAAA Eh nois porra <3 Gente eu to muito animada com a copa, mds E AINDA TEM OS VÍDEOS E FOTOS JAILEY! CORAÇÃO CHEGA DERRETE <3
Agora para o capítulo de hoje; NÃO MORRAM HOJE BLZ? BLZ
Sorry os erros e LEIAM AS NOTAS FINAIS PELOAMORDEDEUS
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Milene Delilahlanche
Seattle, Washington— EUA. 22 de junho de 2017. 16h05min.
Cemitério de Seattle.
Hoje era 22 de junho, minha mãe estaria fazendo 54 anos. E meu pai 57.
Ambos nasceram no mesmo dia - até mesmo com o tempo chuvoso igual -, e como costume sempre comemoravamos jogando cartas no fim da noite desde meus 7 anos. Não importava o que fazíamos antes, festa ou jantar, sempre jogávamos uma partida antes de dormir. Uma tradição que eu irei cumprir essa noite, eles merecem.
Caminho entre as lápides enormes e bem esculturadas da minha família que se foram através das décadas. Olhando os grandes túmulos, era como se eles competissem qual era o maior e melhor. Blanche's sempre foram orgulhosos e vaidosos, não seria na morte que deixariam isso de lado.
Deixo algumas poucas lágrimas caírem ao ver os dos meus pais. Era como uma cabana, com desenhos de rosas vermelhas nas paredes externas, a parte de dentro era recheada por pinturas banhadas a ouro de galhos de cerejeiras. O teto fora pintado para parecer o céu estrelado com a constelação de Vênus. As grades do portão eram em contornos que lembrava as da antiga casa de mamãe. O piso, mármore negro. O altar de cobre e vasos para as flores eram gregos e troianos; ainda mais luxo.
Quando meus pais me contaram que era assim que imaginavam seu túmulo, quase chorei de rir, pois era exagerado e luxuoso demais. Disse à eles que roubariam seus vasos e tentariam retirar o piso. Mas eles disseram que na parte onde seriam enterrados era proibida a entrada de quem não fosse parente. Eu não acreditei, claro, afinal era um cemitério público! Entretanto, meus pais contaram que a aquela parte onde nossa família era enterrada foi comprada pelos Blanche assim que se ergueram de vez em Seattle. Logo aquele terreno enorme era reservado somente a nossa família.
Como dito, Blanche's são orgulhosos e vaidosos demais até na hora de morrer. Bem que meu avô dizia que nem na morte se juntaria aos pobres.
Eu o entendia quando falava aquilo. Hoje, sinto uma pequena vergonha ao lembrar que falava o mesmo.
Abro os portões da pequena "cabana" dos meus pais e mais lágrimas surgem ao ver a pintura deles lá, bem no meio do altar. Tínhamos modificado da tradição mexicana de por uma foto junto ao túmulo desde a época dos primeiros Blanche, para que jamais possamos esquecer de quem nós descendemos.
