Capítulo 19

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(Dêem o play na música... )

Sou empurrada contra a porta assim que a mesma é fechada e logo meus lábios são atacados. Em meio a escuridão do cômodo, posso ouvir somente nossas respirações ficarem aceleradas.

Como se eu fosse um fio descascado e ele a água ao entrar em contato comigo, entro em curto circuito e tudo o que eu pensei em algum momento se evapora de meus pensamentos e o que quero é somente sentir os seus lábios e o seu corpo forte tocando o meu novamente. Ele puxa as minhas mãos para cima de minha cabeça e continua a explorar os meus lábios com avidez enquanto eu ofego e retribuo o seu beijo, sentindo todas as células de meu corpo se aquecerem diante à este momento.

- Você não sabe o quanto senti falta dos seus lábios. - ele sussurra em meu ouvido e então desce os lábios para o meu pescoço.

- Ah, Henry. - gemo chamando o seu nome ao sentir os seus beijos descerem em meu pescoço.

Perdi totalmente o controle de mim mesma e estou reagindo totalmente contra a vontade de minha cabeça.

Tento soltar minhas mãos para tocar em seus cabelos, mas elas ainda se mantém presas. Sinto as mãos fortes de Henry se porem embaixo de minha bunda e me impulsionar para cima de forma com que eu possa enlaçar as pernas em sua cintura. Nossos beijos não cessam e logo sinto uma superfície macia atrás de mim e então sei que minha perdição está a poucos minutos de mim.

Lentamente Henry retira minha roupa e eu o ajudo com a dele, então sem nenhuma pressa, nós nos amamos novamente. Cada um matando a saudade do outro da forma que pode. Seus toques são lentos e carinhosos, como se ele estivesse tentando memorizar novamente cada parte de meu corpo. Nossos corpos suados continuam em intensa sintonia, como se eles nunca tivessem se afastado. Ele está sobre mim, apoiado na cama com os cotovelos para que seu peso não se caia sobre mim.

- Você não sabe o quanto fiquei louco longe de você, Flávia. - um beijo é depositado no pé da minha orelha, me fazendo arrepiar toda. Então ergo os meus olhos e consigo ver o brilho nos seus pela luz que entra na janela do quarto passando pela cortina que balança com o vento iluminando o rosto de Henry. - Mas eu preciso muito conversar com você. Preciso que você me entenda que não te deixei porque eu quis, te deixei porque me senti obrigado. Eu preferiria deixar você para trás do que viver uma vida sem você, Flávia e nunca te ver sorrir novamente e saber que seu coração não bate mais.

Ao ouvir tais palavras, me seguro para não deixar as lágrimas caírem. Eu sou muito mole mesmo. Olha só quem estava dizendo que não queria mais saber dele e que agora está na cama dele com ele.

- Foram dias agonizantes sem ter uma única notícia se quer sobre você até que... - ele para o meio da frase e então parece se segurar para não dizer algo. - Após alguns dias que tive notícias suas, mas eu não sabia que você estava grávida, senão teria fugido de qualquer jeito, posto minha vida em risco e ter vindo atrás de você. Flávia, filhos, você me deu dois filhos lindos e por culpa dos meus pais eu fui privado de acompanhar o desenvolvimento da gestação deles. Você sabe o quanto isso machuca o peito de um pai? - percebo sua expressão se fechar rapidamente e então ele voltar a ficar mais relaxado. - Eu espero que você não me prive de acompanhar o crescimento dos dois. - ele se abaixa e deposita um beijo em minha testa. - Você não irá falar nada?

Observo os traços do seu rosto enquanto toco os mesmos tentando os memorizar, mesmo eu nunca tendo esquecido. Faço isso para distrair-me da confusão que criou-se em minha cabeça. Não sei o que dizer ou qual decisão tomar.

Então ouço o som do choro dos meus filhos e meus seios pesados com o certo acúmulo de leite. Divertido foi a hora em que Henry os apertou, fazendo com que esguichasse leite em seu rosto.

Série Mulheres No Comando: A Federal [REVISANDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora