IV - Minha missão é ela

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Ela sai do escritório e sobe as escadas, parece estar chateada comigo ali. Claro que eu a sigo:
Ela para e me encara:
- Pelo amor de.... É sério mesmo que meu pai falou pra você?
Eu paro dois degraus abaixo e olho pra ela para responder:
- Sim, senhorita Ryu. Ordens são ordens. Fique tranquila. Durante a noite os seguranças de sempre farão a ronda. Eu também descansarei. Não estarei no seu quarto.
- Está certo.
Continuou a subir a escada quando eu termino a minha fala:
- A não ser que precise de mim. Aí eu ficarei lá com você.
Ela se virou para mim:
- Como?
Eu a encarei e repeti seriamente:
- A não ser que precise de mim. Aí eu ficarei lá com você. É o meu trabalho.
- Inacreditável...
Ela continua subindo, mas de repente tropeça e cai. Eu a seguro para não se machucar.
- Está bem, senhorita? - meu rosto quase junto ao dela, acabo segurando-a pela cintura.
- Sim. Obrigada.
Ele a ajudo a levantar. O rosto dela cora e fica lindo, acho que o meu também corou.
- Vou para meu quarto. Tudo bem pra você?
- Sim, senhorita.
- Ok. Depois eu vou ao parque aqui perto. Quero sair um pouco dessa casa.
- Sobre isso, senhorita, creio que não poderá fazê-lo.
- E por que? Algo errado no parque?
- Creio que não.
- Então?
- Seu pai disse para não te deixar sair hoje.
Já no alto da escada, eu começo a falar alto:
- Eu sou prisioneira dentro de casa?! Ainda?!Você só pode estar brincando!
- Essas foram as ordens de hoje.
- Que saco!
Ela anda depressa, entrando no quarto e me deixando para trás. Enquanto isso eu fui arrumar minhas coisas no quarto e verificar a equipe de segurança da casa, aonde as câmeras alcançam e para conhecê-los, afinal comecei agora no serviço.
Depois de algumas horas, eu percebo uma movimentação estranha no jardim da frente, eu vou checar pela câmera e pareceu a senhorita Ryu. Fui verificar pessoalmente.
Quando chego no portão principal, ela estava tentando abrir quando eu falo:
- Não posso deixá-la ir, senhorita.
- Não acredito. - Ela se vira, me encarando sério. Eu paro com as mãos cruzadas na frente do corpo, tentando manter a linha. Ainda com cara de que não estava acreditando, ela responde:
- Você me deixou vir até aqui para se sentir o máximo, né?
- Não, senhorita. Eu vim até aqui para conferir se estava tudo bem e vi a senhorita correndo pelo jardim. Eu não posso deixá-la sair. É meu primeiro dia no trabalho, não posso mostrar falhas.
- Que saco!
- Eu a levo para dentro. - eu disse mostrando o caminho de volta.
Ela anda de volta para casa, notoriamente irritada. Eu vou atrás dela.
Ela entra e eu pude escutar a voz do senhor Ryu.
- Clare, aonde estava?! Onde está NamJoon?!
- Aqui, senhor. - eu digo, entrando atrás de dela - Senhorita Ryu tentou sair hoje e eu a encontrei no portão principal.
- Pois é, mas eu sou prisioneira de casa! - disse ela.
- Minha filha, pelo menos por alguns dias. Até eu ter certeza de que está tudo certo.
- Papai, eu...
- Sem mais... - ele falando alto - Olha, também não gosto disso tanto quanto você, mas é para o bem de nossa família.
- Está bem, papai.
O senhor Ryu se dirige a mim e põe a mão em meu ombro, felicitando pelo bom trabalho como carcereiro:
- Bom trabalho, NamJoon. Cuide dela, por favor.
- Certo, senhor Ryu.
Ela sobe as escadas e, é claro, vou mais uma vez a escoltando até o quarto. Quando ela entrou, eu terminei de arrumar as minhas coisas e volto para a porta do quarto dela. De repente, ela abre a porta do quarto.
- NamJoon, vou dormir. Vá descansar.
- Eu irei mais tarde, senhorita. Primeiro vou ter certeza que está tudo bem e que a senhorita esteja dormindo, afinal tenho que garantir que esteja bem até em seu sono. Depois vou descansar. Durma bem, Senhorita Ryu.
- Ok. Boa noite, NamJoon.
Ela fecha a porta e eu vou fazer mais uma ronda antes de eu dormir.

Meu segurança - A visão de Kim NamJoon Onde histórias criam vida. Descubra agora