Pov. Gabriel
Eu disse que a amo e fui sincero.
Alexia é minha mulher e mãe dos meus filhos. Quando ela estiver mais tranquila vou contar para ela sobre a cláusula do testamento, mesmo que agora isso não importe. Tudo o que eu quero é a minha família.
São onze horas da manhã e eu saio da empresa. Hoje eu prometi a Alexia que hoje nos almoçaríamos juntos e quero ser pontual. Olho a hora no meu relógio e algo capta a minha atenção.
É o carro de Brenda.
Levanto uma sobrancelha quando eu a vejo beijando um homem, mas não é um homem qualquer.
É George; o nosso primo.
Meus lábios se curvam em um sorriso. Genial, entre primos se resolveram. Brenda parece perceber a minha presença, porque se afasta de George rapidamente e me olha. Em nenhum momento o meu sorriso se apaga.
- “Senhor Gabriel Santori?” - uma voz masculina me tira dos meus pensamentos.
Eu pisco lentamente e vejo um homem vestindo um terno na minha frente.
- “Sou eu.”
- “Pelo que fiquei sabendo o senhor é esposo da senhora Alexia Duarte?”
Meu cenho se franze quando ele mencionou o nome de Alexia. O que ele tem a ver com a minha mulher?
- “É minha mulher, há algum problema com isso?”
Ele parece sério quando responde.
- “O senhor Gregório Duarte foi encontrado morto está manhã em sua residência.”
Eu fico atordoado durante vários segundos.
- “De que ele morreu?”
- “Ele recebeu dez punhaladas de faca no peito” - ele diz. - “Até agora a senhora Liza Peltz é a única suspeita.”
Merda!
- “Vocês conseguiram prendê-la?”
Ele nega.
- “Agora mesmo se encontra foragida.”
[...]
Não encontro maneira de consolar Alexia. Ela está chorando a pelo menos 15 minutos e eu não gosto disso. Isso poderia afetar a sua saúde.
Seu pai sempre foi uma merda com ela, mas minha mulher continua chorando por ele. Isso é tão nobre. O pior é saber que a única suspeita é a sua mãe.
- “Gabriel, me leva para vê-lo, por favor.” - ela soluça. - “Quero me despedir dele.”
Pego a sua pequena mão e beijo os nós dos seus dedos.
- “Eu vou te levar, mas você precisa se acalmar, amor. Isso não é bom nem pra você nem para nossos bebês.”
Ela me olha com os olhos cheios de lágrimas.
- “Eu vou me acalmar, mas por favor me leva para vê-lo.”
Sem dizer mais nada, vamos andando até o carro e nos dirigimos até o IML.
Aperto a sua mão a todo momento e logo entramos numa sala branca. Um corpo está sobre a mesa metálica coberto por um lençol e Alexia soluça.
- “Vocês são familiares do senhor Gregório Duarte?” - um jovem pergunta.
- “Sou sua filha.” - ela chora.
- “Vocês só podem ficar aqui durante 15 minutos.” - ele diz e nós dois assentimos.
Quando o jovem se retira, Alexia tira o lençol que cobre o seu rosto e chora ainda mais. Eu a abraço com força e juntos olhamos para o corpo pálido de Gregório.
- “Papai...” - ela sussurra entre lágrimas.
- “Alexia...”
- “Ele era o meu pai, Gabriel” - eu soluço. - “Sei que ele nunca me amou, mas não guardo rancor.”
Deposito um beijo na sua testa.
- “Isso te faz ainda mais admirável, meu amor.”
- “Você acha que Liza o matou?” - ela olha pra mim.
-: “Eu não sei, vamos esperar para ver o que diz as investigações e a autópsia.” - seguro a sua mão. - “Vem vamos para casa, você precisa descansar.
- “Eu tenho certeza de que foi Liza ou talvez Daniel.”
Solto um profundo suspiro.
- “Sei que era o seu pai, Alexia, mas lembre-se de que não te faz bem ficar assim. Sua gravidez é de risco, não se esqueça.”
Ela abaixa a cabeça e mais lágrimas cai dos seus olhos.
- “Desculpa...”
- “Não precisa se desculpar, amor. Vamos deixar esse assunto para a polícia.”
- “Tudo bem” - ela diz. - “Eu te amo.”
- “E eu amo você, amor.”
(...)
Chegamos em casa e levo a minha mulher para a nossa cama. Depois eu peço para Nina levar um pouco de chá para que ela se tranquiliza-se um pouco. A morte do seu pai a afetou bastante e espero que encontrem logo o culpado.
Meu celular começa a tocar e me surpreendo ao ver o nome do meu avô aparecer na tela. O que ele quer agora?
- “Avô” - minha voz soa fria.
- “Gabriel, como está?” - escuto a sua voz rouca. - “Se passaram três meses e você não me ligou. Como vai o seu casamento com essa mulherzinha?”
- “Da última vez você foi bem claro”- eu o lembro. - “Você não queria saber nada de nós.”
- “Você me conhece Gabriel, sou um homem orgulhoso” - ele diz. - “Eu ligo para te convidar para o meu aniversário de 75 anos. Quero toda a família reunida nesse dia. Traz a sua esposa e faremos as pazes.”
Eu escutei bem?
- “Acho que eu não posso ir. Você foi muito grosseiro com ela.”
- “Eu não aceito um NÃO como resposta. Você entendeu? Nós vemos em duas semanas. Até logo.”
Logo ele desliga o telefone sem esperar uma resposta da minha parte.
O que esse velho louco pretende?
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Um Verdadeiro Amor (COMPLETO)
Любовные романыAlexia Duarte é uma garota bonita, tímida e muito doce. A pesar da pouca idade ela sofreu demais. Trabalha muito para sustentar a sua casa, e suporta os vícios do seu pai. Este o maltrata sem piedade e inclusive usa sua filha como o pagamento de uma...