MALIA HELTER

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* meus amores, mais um capítulo. Esse é mais um dos que eu passei aqui. Eu não sou Malia, mas uma vez comentei uma frase parecida colocada aqui e fui criticada por achar que tudo era machismo, que o pai (no caso da menina) estava só brincando e que era só cuidado, proteção e amor. Eu não respondi, então deixei aqui mais um capítulo de Feminist as Fuck. Gostaria que comentassem o que acharam.

* Também queria informar do meu novo livro Meu Profundo Azul. Dêem uma olhadinha.
Bjo

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Malia Helter é mais uma garota como muitas.
Segunda filha de seu pai, Malia cresceu ouvindo as famosas frases, que mesmo sendo brincadeira, eram reais e machistas:

" — Filha minha não usa roupa curta. Vai casar depois dos 30, virgem de preferência! Se arranjar um namorado terá que apresentar a mim e não ficarão em quarto muito menos de porta aberta."

Malia cresceu ouvindo isso.
Em conversas, seu pai falava isso, sorrindo como se fosse uma brincadeira. E era! Era uma brincadeira machista!

Mas ninguém notava?
Como ninguém notava?

Mas com Tate, seu irmão não foi assim.
Malia tinha 17 é via seu irmão de 15 sair com os amigos para se divertir. Sabia que Tate tinha namoradas e que seu pai sabia e influenciava.

"— Meu filho é o terror da mulherada!"

"— Vai pegar todas"

Era algo como um orgulho masculino um pai exibir o filho e oprimir a filha?
Porque ele podia e ela não? Porque era mulher?

Malia não entendia. Via Tate fazer coisas com as meninas, que não aprovaca e seu pai nada fazia.

Mas antes de ensinar a filha a se vestir, como se sentar, como falar e comportar perto de um homem para não ser estuprada, devemos ensinar o homem a não estuprar. Devemos ensinar o homem que independentemente da maneira com que ela senta, fala, se comporta e se veste não lhe dá o consentimento de a tocar.

NÃO É NÃO!

Não tem mulher dificil nem fácil. Tem mulher decidida se quer ou não.

Mas a visão de Malia não era aceita já que seu pai falava assim por amor, proteção e cuidado com a filha.

Via na rua alguns homens fazerem igual:

"— Se for menina..."

Se for menina ou menino temos que ensinar igual. O homem a entender um não e uma mulher a dizer não em caso de não querer.

A partir do momento em que você limita sua filha, você da liberdade para o homem fazer algo errado, contra sua vontade e ainda aceita e compactua com isso. Não tem brincadeirinha com o machismo. Ou você é ou não.

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