What If

Prólogo

"Muitos dizem que eu sou um escroto egoísta, que não mereço a vida e condições que tenho, que reclamo de barriga cheia e que não sei o que é sofrimento de verdade, mas o que eles não entendem é que, só por eu ser filho de quem eu sou, e por ter tudo que o dinheiro pode comprar, não significa que eu seja realmente feliz.

Por muito tempo tentei me convencer ao contrario, eu era uma boa criança, acreditava no amor, e pensava que aquilo poderia ser apenas uma fase, mas não era, nunca passou e com o tempo eu parei de acreditar...

Nunca tive amigos, não de verdade, daqueles que você possa confiar sua vida, talvez pelo fato de eu me mudar muito, ou só de não conseguir ser uma pessoa que outras pessoas querem por perto. Isso faz sentido?

Meus pais... Eles tentam ser bons pais, realmente tentam, mas brinquedos, roupas de marca, carros, não são suficientes para educar uma criança. Eu cresci assim, no meu aniversário ganhava todos os melhores brinquedos que uma criança podia querer, no natal, meu pai vez uma enorme festa para comemorar a data e meu aniversário, muita gente estranha tinha aparecido, não conhecia metade das pessoas que estavam lá, mas a mais importante não foi, mamãe não estava lá, estava em Madrid á trabalho, foi o que disse papai, e logo depois teve que dar uma "rápida" saidinha, e só conseguiu voltar para ceia.

"Eles trabalham demais para manter a vida que você tem" Eu sei! Por que as pessoas insistem em dizer isso? Eu sei caralho, eu sei! Mas eu não queria uma festa enorme, eu não queria milhões de presentes, o que eu queria era eles aqui comigo! Isso é pedir muito? Eu era uma criança e só queria um pouco de atenção dos pais, isso é pecado?

Admito que já fiz muita merda para conseguir mas se adiantou? Uns quinze minutos de bronca e sermões foram o máximo que eu consegui.

Li uma frase uma vez em um livro que dizia "Se todos estão errados e você é o único certo, pense melhor, talvez o problema seja você, não eles"

Talvez seja esse minha maior frustração, eu era o problema então? Provavelmente.

Nunca consegui achar uma solução para esse problema, juro para você mamãe, eu tentei resolve-lo, mas nunca encontrei um caminho, nunca tive ninguém para me ajudar a acha-lo...
Então decidi, o melhor a se fazer é arranca-lo pela raiz certo? Certo

Isso, é isso que irei fazer, sem mais delongas, o problema Louis William Tomlinson será resolvido, desculpe-me por não achar outra solução, só lembre-se que eu te amo, amo vocês dois -eu amo você sim papai, não sou aquele filho ingrato que você acha que eu sou- amo mais que tudo, obrigado por tudo que fizeram por mim,

Adeus...
Com carinho, Lou."

Então o garoto colocou sua carta em cima de sua escrivaninha e ao lado depositou uma rosa branca, fechou os olhos e arfou todo o ar que estava em seu pulmão com o intuito de relaxar um pouco, se é que alguém fosse capaz de relaxar sabendo que em menos de meia hora estará morto.

Se fosse morrer, pelo menos tinha que morrer elegante, era o que Louis pensava enquanto escolhia seu melhor terno, aquele que usou no casamento da segunda dama de Florença alguns dias antes. 24 mil dólares, um terno realmente valia tudo isso? Não, mas o que é 24 mil dólares para o filho do dono do 3º maior banco do mundo? Bank of America... Ele ria ao pensar que se sua vida não fosse esvaziar de seu corpo a alguns minutos, ele poderia crescer e se tornar um dos homens mais ricos do mundo.
Esse pensamento faria muitos mudarem de ideia, Louis não, já passara muitas noites sem dormir para tomar essa decisão e não seria agora que ele daria para traz.

Cansado de todas essas dúvidas repentinas, resolveu se trocar e preparar os remédios para quando for fazer. Sim, overdose... Ele pensou em tantos meios dramáticos e escandalosos para acabar com sua vida, mas sabia que não teria coragem de realiza-los então decidiu apenas engolir tantos comprimidos quanto pudera, assim teria certeza que na hora H, ele não desistiria.

"Ok, agora é a hora" balbuciou para si mesmo, entrando no banheiro e pegando algumas pílulas em uma das mãos e um copo com água em outra.
Então era isso? Ele engolia aqueles comprimidos e desmaiaria? Ou teria que esperar fazer efeito? Ele não teve coragem de pesquisar sobre isso, a vista disso, teria de arriscaria a sorte e descobriria mais tarde se estava fazendo certo.
"Comprimidos" falou enfiando-os na boca, fechou os olhos fortemente e fez o mesmo que antes, respirou fundo e depois esvaziou o pulmão, tomando a água que tinha no copo e levando os comprimidos juntos...