Capítulo 1 - Prólogo part.1 : A garota que servirá

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A ruiva olhava a cidade pelo enorme vidro da sala

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A ruiva olhava a cidade pelo enorme vidro da sala. Tão normal como sempre aos olhos de outros e tão entediante como sempre ao seu ver.

O barulho da porta se abrindo desperta a ruiva dos seus pensamentos.

- Querida? Já está aqui? Como foi na escola? Pensei que tivesse atividade de matemática hoje depois da aula. - o homem que tinha acabado de entrar perguntava a garota.

Ele era alto e de pele branca. Robusto e forte, olhos castanhos e cabelos ruivos penteados perfeitamente. Apesar de ser um pouco mais velho, o homem tinha uma ótima aparência para a sua idade. Ele estava bem arrumado com roupas sociais.

- Eu tinha pai, mas a professora decidiu faltar hoje. Aquela escola é deprimente quanto a educação. - diz a ruiva encarando o homem que agora a olhava de maneira repreensiva.

A garota, além de ser ruiva, seus cabelos eram bem grandes. Ela os prendia normalmente com um laço, mas as vezes ela os deixava solto com apenas duas tranças pequenas de cada lado presas. Ela tinha olhos cor de rosa e pele branca, como a do pai. Usava uma roupa que lhe agradava mais que consistia em uma saia vermelha xandrez e uma blusa social branca com uma gravata borboleta vermelha, meias ¾ pretas, e sapatilha preta.

- Já te disse para não falar assim da sua escola, eu me formei lá e sempre te digo que foram os melhores anos que já tive. E não tenho dúvidas da educação de lá. - responde a homem enquanto a encarava seriamente.

- Desculpe. - pede a garota.

- Eu já te disse várias vezes Blossom, minha filha, e volto a repetir, não se ache melhor do que ninguém. Garanto que aquela mais desprezível pessoa pode te surpreender de um jeito que você nunca esquecerá. Vou buscar uns papéis na outra pra irmos embora, espere aqui. - o homem saí da sala.

A ruiva suspira.

- É bem fácil falar para você papai, eu puxei isso do senhor. - diz a garota cruzando os braços e voltando a olhar para a janela.

- Ele fala como se eu devesse mudar o meu jeito de ser. Era só o que faltava, dentre tantas coisas para me preocupar, agora tenho que me preocupar com o meu pai tentando mudar o meu jeito de ser. Vá se catar velho. Não tem como piorar mais do que já tá. - bufa a ruiva.

De repente, uma luz vermelha se cobre o céu de toda a cidade, chamando a atenção da ruiva.

- Vermelho? Mas nem é hora do sol se pôr.

A luz fica cada vez mais vermelha, e logo a ruiva pôde perceber uma luz laranja individual caindo do céu muito rápido e atigindo o prédio a sua frente, fazendo ele se quebrar em pedaços.

- Meu Deus, o que é isso? O que está acontecendo? - a ruiva se perguntava desesperada.

- Blossom! Temos que sair agora! - o pai da garota abre a porta completamente desesperado.

Ao se vira para o olhar e não percebe que uma luz, dessa vez branca, estava indo na direção do prédio em que eles se encontravam. O homem arregala os olhos assustados e chama pela filha mais uma vez.

Mas a luz já tinha a atingindo. A sala explode, e o homem tenta se segurar em algo firme para que não seja jogado para longe. O homem abre os olhos e tenta olhar pela fumaça que se encontrava agora na sala.

- Blossom... minha filha... Não pode ser! - ele corre até os destroços que haviam na sala agora totalmente destruída.

E no meio deles estava a garota, inconsciente. Sua boca sangrava um pouco, e suas roupas estavam um pouco destruídas também. O homem se aproxima desesperado, e quando estava para tocar na garota, ela começa a emanar uma luz branca muito forte, fazendo o homem ter que cobrir seus olhos com a claridade tão forte.

- O que é isso?

Blossom abre os olhos e deles saí uma luz rosa choque bem forte. Quando luz para, o laço que estava na cabeça da ruiva brilha, e se transforma num laço novo, com um pequeno coração no meio vermelho.

O homem ali olhava tudo aquilo confuso e desesperado. Ele pega a filha e abraça contra o seu peito.

- O que é isso? O que aconteceu com você, minha filha?

" Você deixará de ser servida, e agora servirá minha querida"

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