Capitulo 2 - Sofhie

33 0 0
                                    

A semana passou rápido e os carros na rua parecem ter algo sombrio, Afinal, pra que tanto carro preto? Não vou dizer que não gosto, mais é de tamanho exagero. Bem, pra falar a verdade o que me incomoda não é a cor e sim o caminho. Eles me perseguem! Estão em todos os lugares, não estou louca, eu acho.

Faz exatamente cinco dias que em todo lugar que vou tem pelo menos quatro carros (pretos) nas esquinas, não isso não é normal. Minha mãe nem sonha com isso, ela iria surtar. Confesso que tenho medo de esta dormindo e acordar com um homem de Preto no pé da minha cama. Era o que me faltava!

Entro na biblioteca no centro de Nova Iorque indo direto para as prateleiras de histórias sobrenaturais. Minha curiosidade com certeza me exige um novo livro. Deslizo os dedos por cada titulo até que minha mão se encontra com uma masculina levanto o olhar para o homem a minha direita, Era ele de novo, o homem que me salvou de uma queda no supermercado.

Ele me olha e parece surpreso ao mesmo tempo seu sorriso de canto o faz parecer leve como alguém que já esperava esse encontro.

Olá. — Sua voz me faz despertar da minha hipnose.

Oi.

Ele olha para a prateleira então percebo que minha mão ainda esta sobre a dele e abaixo um livro que me chama atenção "Uma Outra Dimensão".

Vejo que temos o mesmo gosto pra livros, Afinal de contas estava pensando em levar este. — Falou apontando para o livro agora em minha mão.

Não mesmo sr...

Matthew!!

Sofhie. Bem, Matthew eu estava a muito tempo procurando por um livro realmente interessante então me deixa ficar com ele?

Ele me olha por um momento me analisa e por fim fala:

Vamos fazer assim eu deixo você levar se aceitar tomar um café comigo. — Seu sorriso me derrete e por um instante esqueço de responder.

Ta okay, Mais você vai ter que manter uma distância considerável.

—  Nossa. — Ele gargalha e que coisa maravilhosa.

Você pode ser um assassino!!

Okay, prometo que não vou te tocar.— Levanta a mão direita em sinal de juramento e só consigo ri de seu gesto.

Ótimo, aceito.

...

A tarde esta linda e Matthew é um cara extremamente simpático, realmente amei sua companhia nas poucas horas que passamos juntos.

Espero que tenha te convencido de que não sou um assassino. — Diz assim que chegamos na frente do prédio onde moro.

Com certeza assassino não é — Digo rindo da sua cara de ofendido.

Esta insinuando que sou algo além de lindo e simpático — Diz se  aproximando lentamente.

Não chega nem perto de ser humilde.

Que horror — Coloca a mão no peito de forma dramática.

Entro no apartamento e o sorriso insiste em ficar em meu rosto. Ele com certeza não era um assassino, rio de meus pensamentos.

Alguém esta com cara de apaixonada.

Oi mãe.— Digo em tom de ironia.

Como foi seu dia minha filha?

A senhora realmente não perde uma, não é mesmo?

Vamos minha linda, diga qual é o nome dele?

O nome dele é Matthew, tem um belo par de olhos azuis e é um amigo.— Digo e vou na direção do meu quarto.

Sei, amigo. Vamos vê se isso dura.—  Sorri.

Mamãe, posso te fazer uma pergunta?.—  Digo antes de entrar no quarto.

Depende muito, sabe que nem tudo posso te dizer.— Ela diz não olhando em meus olhos.

Quando viu meu pai pela primeira vez como se sentiu?.— Pergunto e ela ri, parecendo se lembrar do acontecido.

Senti raiva! Muita raiva.

Ela se senta digitando algo no seu notebook enquanto ri. Vou em sua direção e me sento na sua frente.

Mas amou ele?

Amei! Mais que tudo no mundo. Um dia você vai entender que quando se ama faz escolhas que às vezes não é as que queria.

Seu olhar que antes era meigo agora é triste e isso me corta o coração, por que ela não admite que ainda ama meu pai? Por que ela não se permite se apaixonar por outra pessoa? Só quero que ela seja feliz independente se será com meu pai ou não.

Meses depois...

Eu e Matthew nos tornamos melhores amigos e não exagero quando digo que confio plenamente nele, mas minha mãe não confia o suficiente. Pra ela algo esta errado e temo que ela esteja certa, Ele é o único fora minha mãe capaz de me fazer mal tanto quanto faz bem.

Já faz algum tempo que voltei as aulas e tenho me mantido longe de confusões graças a Deus. As aulas são um saco me esqueci de como era ruim ir para a escola, não posso fazer amizades e acho que isso é o que mais me doi de tudo que foi acontecendo nos meus anos de vida malucos, sempre que tentei me aproximar de alguém minha mãe fugia alegando não ser seguro.

- Princesa!

- fala Matthew. - digo para o par de olhos me fitando.

- vai ter uma festa no meu apartamento hoje. Vamos?

- não sei não, você sabe que minha mãe não vai me deixar ir.

- vamos vai.

Ele me joga na cama me fazendo cócegas.

- Para Matthew.

- okay princesa parei.

-- Eu vou! Minha mãe vai deixar ,eu acho!

- venho te buscar as 19h ta bom?

- Tabom.

Depois de alguns minutos ele foi embora e me deixou aqui totalmente confusa. Vou ter que discutir com minha mãe se quiser ir. Ela é a única família que tenho, mas também é a única que esconde todo tipo de coisa de mim. Tenho tantas perguntas que as vezes me pego pensando se ela me responderia, mas o medo é maior então apenas deixo pra lá. Vê minha mãe sofrer é algo que não admito por que sei tudo que ela fez por mim, ela deixou seu país sua família e amigos pra me manter segura, graças a ela estou aqui, ela me ama e isso não é algo que pretendo discutir jamais.

--------------------%

002#

"TENHO PRAZER EM SER VENCIDO QUANDO QUEM ME VENCE É A RAZÃO, SEJA QUEM FOR O SEU PROCURADOR"

-Fernando Pessoa

Não revisado!

Um Traço Para Uma Nova Vida - Série L.U.DOnde histórias criam vida. Descubra agora