No capítulo anterior:
*Sala de João da Cruz*
João estava em prantos. Pegou o crucifixo que ganhou de Luciana e se ajoelhou com a face no chão. Deixou às lágrimas molharem o piso enquanto pedia perdão.
—Porque Senhor? Porque eu não consigo arrancar esse amor que sinto pela Luciana... Porque...
De repente uma voz o interrompe fazendo-o se assustar;
X: João da Cruz?! —A voz soou grave.
—O..o que você disse?! —A pessoa demonstrava estar incrédula com o que acabou de ouvir.
—Pa..Padre Tenório? —João levantou o rosto espantado.
Continuação...
—Me..Meu Deus... E..eu..não posso acreditar no que ouvi... —Padre Tenório levou a mão ao peito.
—Padre Tenório... —A voz saiu embargada entre lágrimas. Ele ergueu o corpo e levantou a cabeça, mas permaneceu ajoelhado segurando firme o crucifixo.
João não conseguiu falar mais nada naquele momento. Apenas as lágrimas falavam por ele.
{...}
Alguns dias depois...
João da Cruz fora afastado de suas tarefas sacerdotais na igreja local, mas ainda não tinha sido informado que seria transferido para outra cidade.
Padre Tenório estava decepcionado e triste por ter que dar a notícia a João da Cruz.
Foi até o quarto dele para lhe dar a notícia e da porta o ouviu chorar. Ficou ouvindo suas palavras entre o choro.
...Senhor... Fala comigo... Eu te suplico... Eu te suplico...
—Gemeu entre o choro. —Se o Senhor não se agrada...do amor que sinto pela Luciana... Faz-me esquecê-la Senhor...
Padre Tenório engoliu em seco ao ver alguém se aproximar.
X: Padre Tenório. —A voz soou angustiada.
—Dona Luciana... —Ele a olhou sem reação.
—Eu.. Estava procurando o João.. Preciso conversar com ele.
O padre Tenório estava estranho e Luciana notou que algo de errado acontecia.
—A..Aconteceu algo padre Tenório? —Perguntou em um tom calmo. —O senhor me parece preocupado.
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O privilégio de amar -Luciana e João da Cruz
RomansaNenhum amor é proibido se dois corações o permitirem.