Capítulo 8: The breath before the kiss

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ANAHÍ

Eu nunca tagarelei tanto na minha vida. Isso é fato! Mas só me dei conta de que estava tagarelando, quando o rosto do Poncho se aproximou do meu, nossos narizes quase se tocando, como se a gente fosse dar um beijo de esquimó... mas que nada, ele me tacou um beijão de verdade, daqueles de tirar o fôlego e deixar os joelhos como se fossem geléia. Eu devo ter soltado um ou dois gemidos involuntários, antes de saltar para o colo do Poncho. É só que... relevem, pessoal! Naquele momento o álcool tinha tomado conta dos meus sentidos e eu não queria nada além de sentir o corpo do meu amigo colado ao meu e sentir seu cheiro forte de colônia masculina e banho bem tomado. Sei lá, as roupas do Poncho sempre tinham um cheiro tão bom de limpeza que eu as vezes até emprestava seus casacos e dormia com eles.

— Poncho... – gemi, mal reconhecendo minha voz. Voz de quem fodeu... mas a gente mal tinha começado a se beijar!

Uma aflição tomou conta das olhos dele, eu podia ver e sentir mesmo no escuro do quarto de seus pais, mas Poncho logo recobrou os sentidos e me beijou com mais intensidade ainda, suas mãos passeando por todo o meu corpo. Eu também acabei me deixando guiar pelo seu ritmo ensandecido e agarrei seus ombros, cabelos, sem me importar em deixar marcas de unhas. Estávamos completamente malucos. Era um amasso nível hardcore e nenhum dos dois parecia disposto a parar.

Quando Poncho desceu a boca pelo meu pescoço, eu apertei seus bíceps, que bíceps, U-A-U, e gemi descaradamente. O pescoço é meu ponto fraco e o jeito francamente obsceno com que ele estava sugando e mordendo minha pele bem ali era covardia! Não demorou nem meio segundo pra eu sentir um calor bem óbvio se alastrar pelo meu baixo ventre e se concentrar na minha intimidade. Eu estava molhada pelo meu melhor amigo. Piscando rápido pra tentar disfarçar minha animação ou a animação da minha boceta que, claramente, não sabia diferenciar amigos de caras com os quais ela deve se excitar, eu me vi pegando a mão direita do meu amigo e colocando sobre meus seios.

— Annie, o que está fazendo?

O que eu digo? O que eu digo? Sempre fomos amigos, mas se não fosse por uma brincadeira ridícula, eu estaria de quatro implorando que você me fodesse até o dia clarear?

É.

Acho que não.

— É só um amasso, bebê. Você não quer?

O primeiro apertão me rendeu sem palavras. Cacete, ele era bom naquilo! Mas Poncho não me deixou respirar nem por um momento. Seus lábios moeram os meus novamente, enquanto seu quadril se levantava buscando fricção. Dai eu não resisti, minha experiência de sexo com o Derrick foi uma merda colossal e depois dele só transei com dois carinhas aleatórios, mas eu sabia o que era sentir tesão e era exatamente o que eu estava no momento. Sem pensar nas consequências, segurei sua ereção em minha mão e apertei, exatamente como ele tinha feito com meus seios antes. Um grunhido visceral saiu do fundo da garganta do Poncho, enquanto eu lambia seu pescoço.

E então, a porta se abriu e a luz se acendeu.

END GAME

Eu estava completamente fodida e sequer tinha fodido.

Eu e Poncho nos encaramos assustados, sentindo o olhar curioso dos nossos amigos sobre nós. Meu rosto queimava de vergonha e por mais que eu quisesse, não conseguia olhar direto nos olhos de nenhum deles. E pra botar mais gasolina no incêndio, os idiotas tiveram um acesso de riso. Também pudera... devia ser uma cena e tanto: Poncho tinha uma mão em minha coxa e a outra em minha nuca, eu estava sentada em seu colo, segurando seu pau... meus cabelos estavam assanhados e meus lábios inchados. Pronto. Aquele seria o assunto da semana... Não! O assunto do ano! Do mês! DO SÉCULO!

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