Manphis... não é uma cidade muito conhecida, deve ser pelo fato de que ela fica no meio do deserto. E o deserto não é um lugar que todos tem a coragem de enfrentar. Mas, mesmo sendo difícil de acreditar, ela existe, ou pelo menos já existiu.
Ah! E por acaso o meu nome é Rebecca. Venho lhe contar uma história que presenciei ainda garota. Mas nem todos os momentos eu sou capaz de relembrar. Então... desculpem pelos trechos sem sentido ok... Bom, vamos começar!
Sextas-feiras, sempre foram as piores noites para as mulheres... mulheres casadas na verdade. Toda sexta, os homens saiam para comemorar mas uma caçada de sucesso. "Viva a carne, viva!". Nessa terra, caçávamos para sobreviver. Enquanto os "brutamontes" se vangloriavam, as mulheres sempre ficavam caladas a espera de seus maridos. Ainda me lembro de como a minha mãe ficava perto do meu pai, que sempre estava bêbado. A caça sempre fora o maior triunfo dos homens. E as mulheres... Não tenho nem palavras.
As mulheres solteiras só tinha um objetivo na vida (segundo seus pais): casar-se com um caçador e o obedecer pelo resto de suas vidas miseráveis. Se não se comporta-sem, os seus maridos eram instruídos a puni-las. Daí o nome Brutamontes. E com suas filhas não era diferente. Meu pai nunca me disse que me amava. Quando se tem uma filha mulher naquela época era uma desgraça para a família.
As mulheres, segundo o governo, não tinham direito ao voto, não eram fortes o bastante para lutar, eram inferiores aos homens, e só prestavam para procriar. A minha angustia aumentava a cada dia junto com a minha eterna vontade de socar o rosto de cada homem daquela maldita cidade. Aqueles tempos eu desejei, por vários anos, esconde-los no meu mais profundo e obscuro coração que ainda não tinha aprendido a amar... Época maldita!
Eramos escravas do medo, castigadas por desobedecer a ordem de ficar quieta sem nenhum pio pelos seus próprios maridos. As meninas nunca usavam o que elas queriam para passear, e os meninos podiam fazer o que quiser que eles sempre estariam certos. Uma injustiça.
Quando acontecia um acidente sempre era a mulher a errada, mesmo o homem sendo o total culpado da situação. Quando o homem tentava se abusar da situação e tentava fazer algo inadequado contra uma mulher que não fosse sua esposa, nenhuma mulher, inclusive sua esposa, podia fazer algo a respeito. Segundo a lei, era pena de morte.
Sim, a vida era complicada para nós, ainda bem que eu não fiquei por muito tempo nessa época.
Em uma noite escura e sem estrelas, era o dia do aniversário da cidade. A festa se passava no meio da cidade, aonde tem um grande espaço para comemorar. Como sempre, as injustiças contra as mulheres eram muito cruéis. Todas as mulheres, tirando as crianças, eram trazidas para o meio da festa, inclusive as casadas, para que cada um escolha uma dama de sua preferência para ficar a noite. E essa noite iria ser a primeira noite de minha irmã mais velha Talyta, pois ela acabará de completar seus 18 anos de juventude:
_Não, não! Eu não quero ir. Mamãe por favor, não queiras que eu faça uma abominação dessas! - gritou Talyta.
_não desobedeças o teu pai! Não podereis fazer nada a respeito - respondeu mamãe.
Um homem já de idade adulta pegou Talyta pelos braços e tentou puxa-la para o seu domínio:
_não mamãe! Por favor, eu te suplico! Mamãe - disse Talyta tentando sair das garras de seu agressor.
De repente, uma adaga atirada de longe acerta o homem em seu braço que agarrara minha irmã e assim Talyta foge de seu agressor com facilidade:
_quem foi o estupido que me lançou essa adaga? - perguntou o agressor.
_olhem lá para cima - disse o papai.
Avistei uma mulher de preto encapuzada, com algum tipo de pano tampando parte de seu rosto, deixando somente a fúria de seus olhos brilharem livres, e em posição de batalha. Com uma perna abundantemente longe da outra e com seu corpo bem agachado. Todos olharam para ela assustados:
_uma mulher me atacou! Que ousadia foi esta? - perguntou o agressor.
_homens! Ao ataque! - disse o papai.
Todos os homens pegaram suas espingardas e partiram-se para o ataque. A mulher misteriosa, apenas se levantou, levou suas mãos até as suas costas e pegou duas katanas. Todos os homens começaram a tentaram subir até o topo de uma casa de onde ela estava, mas ela rapidamente correu para a oura casa ao lado e foi até onde começava a cidade. E assim todos o homens foram atrás dela, deixando todas as suas acompanhantes livres. E de repente, um homem que estava mais ou menos igual a mulher que teve a audácia de atacar o agressor de minha irmã apareceu e levou todas as garotas que seriam escolhidas pela primeira vez esta noite para bem longe... para bem longe da cidade, onde nenhum homem daquela cidade poderá os encontrar.
Enquanto isso, a mulher misteriosa foi finalmente cercada pelos brutamontes:
_sua menina incompetente, não conhecera nossas regras?! Você deve ser uma forasteira. Mas aqui, quem mandam somos nós, os homens - disse o papai - E nó sabemos que você tem medo de nós, apenas pelo fato de você esconder o seu imundo rosto.
Ela não baixou sua guarda e não falou uma palavra:
_você perdeu a sua língua? Lhe fiz uma pergunta! - gritou papai.
Ela, com sua boca totalmente calada, ergueu suas espadas insinuando-lhe que ela estava pronta para lutar:
_se é isto que quiseres, és isto que terás! - disse o papai - Atirem!
Eles começaram a atirar e assim que as balas chegaram-se perto dela... Foi da maneira que ela me contou... Para ela, foi como se ela estive-se em um tempo lento para que ela pode-se cortar as balas com suas katanas sem precisar esforça-se. Enquanto eles atiravam em desespero, ela simplesmente fazia os seus movimentos com a maior facilidade.
Os tiros acabaram junto com os movimentos da mulher misteriosa:
_isso é impossível! Ela acabou com a nossa munição. Mulheres não são tão fortes o bastante - disse o papai.
Aquele homem reapareceu entrando no meio junto com ela. Ele jogou algo estranho no chão que os fez ficarem cegos com a fumaça causada por esse estranho objeto. Quando a poeria baixou e a calma se alastrou na multidão, os dois haviam desaparecidos.
Eu, escondida, observei tudo com os meus próprios olhos quando lhe digo que aqueles dois não eram pessoas normais... espere.
De repente, alguém chegou perto de mim. Eram eles:
_hei! Mocinha, não tenha medo de enfrentar o teu pai quando-lhe digo que você é mais forte que ele. Mas por hora, guarde nosso segredo - disse ela.
Ela desenhou uma marca da qual ela chamou de pentagrama...
E depois desapareceu na noite. E foi nesse momento que eu descobri que tudo iria mudar. Bom, mudou?
YOU ARE READING
A Verdadeira Lenda Por Trás Das Histórias {EM HIATO}
Historical FictionNo faroeste em uma cidadezinha que não tem sua história contada, os homens eram os grandes aproveitadores de tudo e todos que eles conquistavam. Suas esposas eram ensinadas a se calarem quando estivessem em lugares públicos. A justiça nunca fora imp...