Quando chegaram em casa, os gêmeos não tem como esconder o ocorrido, tanto os ferimentos como os pensamentos entregavam os garotos.
- Eu não acredito que de novo você correu risco! ( Diz Maria olhando para Jack).
- Eu também lutei mãe, não precisa pôr a culpa nele. ( Falou Matheus tentando defender o irmão).
Jack olhou pra os pais e não parecia arrependido.
- Ela leu nossa mente, viu que eu o convenci a lutar. ( Disse o menino) Mas era o certo. Eles queriam nos roubar ou até nos matar. Foi para me defender e defender o Matheus!
- Isso foi imprudente e sabe disso. Se eles fossem mais fortes e machucassem vocês? Ou pior. ( Falou José) Ainda provocaram a polícia? Eles podem chegar até vocês e serão alvos deles por correrem riscos.
- Logo agora, pouco tempo após o ocorrido com Clara...
Jack a interrompeu na hora:
- Não se atreva a falar dela! Isso não foi tentando me matar e sim tentando fazer justiça. Poderiam ser outras vítimas, pra matar ou assaltar. Agora estão presos.
A mãe olhou para os filhos, sentia medo por eles e sabia que em tese estavam certos. O mundo mudou e nem todos estão usando os poderes para fazer o bem. Elas apenas falou:
- Não quero perder vocês.
Os garotos não esperavam aquilo. Não responderam e baixaram a cabeça com vergonha.
- Vocês estão proibidos de saírem sozinhos tarde dá noite. Pra onde forem, vou deixa-los e buscar também. Estamos entendidos? ( Disse José em tom severo).
- Sim senhor. ( Eles responderam).
- Estão de castigo por essa semana. Sem sair pra lugar algum. Ainda terão 2 semanas de férias após isso. Agora, vão para o banho e depois dormir. ( Disse o pai por fim).
Não houve questionamento. Os garotos saíram e o ambiente ficou em silêncio profundo.
Os dias se passaram e chegou o domingo, Dimitri foi a casa dos gêmeos para treinar como combinado. Eles não podiam sair, mas seu pai não falou nada sobre receber visitas.
A garagem era a sala de treino da casa. Era uma família de classe média, a casa não era nem grande nem pequena, com dois quartos, uma sala, dois banheiros e uma garagem que cabiam dois carros. O ambiente era fechado e o único carro que tinham estava no lado de fora da casa. Os garotos haviam comprado umas peças de tatame pra pôr no chão. O ambiente era mais para lutas corporais, os poderes eram usados de forma contida para não causar destruição. Como não podiam sair, Jack não usava todos os seus elementos como fazia na cachoeira em que costumavam treinar.
Dimitri e Matheus estavam no centro da garagem, trocavam socos e chutes, além de golpes de lutas como jiu-jitsu e judô. Dimitri era mais velho e mais alto que seu amigo, conseguia manter certa distância na hora da luta. Matheus tentou agarrar o braço de Dimitri e joga-lo no chão, porém seu colega se soltou e num contra ataque conseguiu derrubar Matheus. O garoto não desistiu e no chão acertou uma tesoura no amigo também o derrubando. Jack que estava de treinador de ambos aplaudiu a luta e sorrindo disse:
- Você melhorou demais na luta corpo a corpo. Desculpa não poder usar os poderes aqui. Como o seu causa mais destruição, meus pais não iam gostar.
Dimitri se levantou e ajudou Matheus a fazer o mesmo, olhou sorrindo para Jack e disse:
- Não tem problema. Eu tenho realmente que aprimorar as artes marciais e pelo que vi no torneio, vocês são bons.
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Heróis.
FantasyPara um mundo onde habilidades especiais, perigos e caos são atividades comuns; ser heróico nem sempre é sinônimo de subordinação, disciplina e afeição. As vezes, a necessidade de ser útil no combate ao inimigo e a personalidade forte de alguns heró...