Capítulo 24 - "O meu nome é Dallas"

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Já se passaram três dias e eu e Ross temos estado a evitarmo-nos ao máximo depois do que aconteceu no sótão, o que se tinha passado ficou como um erro e que nunca mais iria acontecer.

Na quinta-feira o despertador tocou, levantei-me cheia de preguiça e fui tomar um duche rápido, depois vesti algo apropriado para sair, tinha de ir ao médico porque nestes últimos dias não me sentia muito bem, pelo que tive de pedir uma hora para ir ao médico para ver o que tenho. Saí do quarto e saí de casa.

- Sara Leão – chamou o médico desde a sua sala.

Levantei-me do lugar e dirigi-me à sala.

- Entre por favor, sente-se.

O médico tinha uma idade avançada, parecia cansado.

- O que te trouxe aqui? – Perguntou – O que tens?

- Não me tenho sentido bem nestes últimos dias – respondi – Tenho tido muitas dores de cabeça e tonturas e isso é estranho porque nunca fui de adoecer desta maneira…

- Ok, pelos exames que fizeste vê-se que estás a sofrer um grave stress, isso deve-se muito ao trabalho, pensas muito ou então preocupas-te demasiado com as coisas – explicou – São normais as enxaquecas, as tonturas, o stress produz esses sintomas, vou receitar-te uns comprimidos para que não tenhas tantas dores de cabeça. Quero que descanses, não faças esforços e não te enerves – pediu escrevendo numa folha – Aqui tens a receita dos comprimidos – entregou-me e guardei o papel na mala – É um stress grave, tens de ter cuidado se não pode trazer problemas ao teu cérebro, pode magoar-te fisicamente ou mentalmente, entendido? – Perguntou.

Era o que faltava, como quer que descanse se não o posso fazer? Tenho que cuidar da casa durante três meses ou mais, agora que Glória estava doente e não ia trabalhar eu ia ter muito mais trabalho.

Passei pela farmácia onde comprei os medicamentos que o médico me receitou, fiz parar um táxi e ele deixou-me à porta de casa.

Ao entrar reparei que estava lá um carro que não conhecia, no caminho encontrei-me com o jardineiro que estava a podar uma árvore deixando-a de forma quadrada.

- Olá Peter – cumprimentei.

- Olá Sara, como vais? – Perguntou amavelmente limpando o suor que tinha na testa.

- Bem, de quem é aquele carro? – Perguntei curiosa.

- Aquele carro é do novo motorista que a patroa contratou – informou – Chama-se Dallas, é um rapaz muito simples e vai ficar encarregue de levar a Rydel e o Riker ao colégio.

- Ah… Bom, deixo-te – disse – Tenho muitas coisas para fazer – acrescentei – Vemo-nos por aí, Peter.

- Até logo, tem um bom dia – respondeu ele.

- Obrigada e igualmente.

Entrei pela porta das traseiras que dava para a cozinha, fui até ao meu quarto onde deixei a minha mala e mudei de roupa. Depois saí do quarto para ir preparar o almoço.

Doía-me a cabeça, tinha tomado um dos comprimidos há bocado, oxalá faça efeito.

Ao entrar na cozinha dei com um rapaz da minha idade, se calhar um pouco mais velho, cabelo castanho, tinha um corpo trabalhado, não muito exagerado mas tinha um bom físico, ele olhou para mim, algo que também fiz, ele tinha uns olhos castanhos demasiado lindos.

- Olá – cumprimentou um pouco nervoso junto com um sorriso terno no seu rosto.

- Olá – cumprimentei de volta – Tu és o Dallas?

- Sim, como sabes?

- O carro que estava lá fora chamou-me à atenção e perguntei ao jardineiro de quem era – respondi.

- Ah… Muito gosto – disse aproximando-se de mim – O meu nome é Dallas e trabalharei aqui como motorista – estendeu-me a mão e recebi-a amavelmente.

- Eu sou a Sara, a empregada da casa – apresentei-me.

Ficamos a olhar um para o outro durante uns segundos, ele era bastante bonito, tinha feições no seu rosto totalmente perfeitas, uns olhos lindos e um sorriso maravilhoso. Era completamente lindo e via-se que era uma pessoa divertida.

- Bom, tenho de avançar com o almoço – disse soltando-lhe a mão.

- Ah sim, e eu vou levar os pequenos ao colégio – informou – Vemo-nos logo Sara, muito gosto em conhecer-te.

- O gosto foi meu – disse e ele sorriu.

- Adeus – despediu-se saindo da cozinha.

Eu só sorri. Quando ele saiu da cozinha pensei em Ross, não sei porquê mas fi-lo. Dallas era tão diferente de Ross. Às vezes sentia-me atraída por Ross mas ele nunca se apaixonaria por uma empregada.

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