Capítulo 6 - The end of me (Parte II)

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Notas: Gente, minha Internet tem andado tenebrosamente horrível e só hoje consegui arrumar ;~; desculpem a demora. Espero que curtam o capítulo~

Also, cês acham melhor capítulos mais curtos assim ou grandes? O site diz pra gente postar pequenos, mas tenho costume de fazer uns enormes... Sei lá, né

Agradeço todos os votos e comentários ♥

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Para quem não tinha aonde ir, havia apenas um destino: a taverna. Atraiu olhares ao pousar e ao entrar, mas não foi abordado até se acomodar num banco junto ao balcão.

- Uma caneca de cerveja, senhor?

- A maior que você tiver - Thor respondeu, pensando em decepções.

Esvaziou-a em segundos, recebendo a substituta sem precisar pedir.

Sentar ali o transportava a outros tempos, quando passava longas noites com os amigos bebendo e gritando besteiras. Não enfrentara muitas guerras porque grande parte ocorrera antes de nascer ou antes de ter capacidade para segurar uma espada sem derrubá-la no próprio pé; no entanto, o último confronto sério de Asgard, contra Jotunheim, o colocara na liderança das tropas para encontrar e resgatar os escravos mantidos naquele mundo. Derrotara muitos jotuns contrários ao tratado que Laufey fizera com Odin, manchara as mãos de sangue e passara por maus bocados num local que não conhecia a fundo e que parecia tentar matá-lo em tempo integral. A guerra mudava as pessoas, e Thor esperava não repetir aquela experiência. Embebedar-se e tagarelar futilidades o ajudara a esquecer.

Naqueles cenários um tanto repetitivos, porque a rotina lhe trazia segurança, Loki estivera presente diversas vezes, ora desmaiando no chão, alterado que estava, ora em busca de parceiros para a noite. As batalhas com os Gigantes o haviam afetado de maneira diferente, pois lutara contra o que outrora fora seu povo, assassinara iguais, ouvira toda a sorte de ofensas dos dois lados, porque os humores dos soldados pioravam em face ao perigo. Thor nunca desaprovara o comportamento, especialmente por não ser nem de longe um espelho da ordem e da moral àquela altura. Apenas observava, proibindo com olhares e resmungos quando os amigos insinuavam interesse pelo feiticeiro. Loki sempre habitara um plano distinto do deles, mas, naquele momento, ele parecia inalcançável, e Thor preferia que permanecesse assim.

À medida que o sol nascia e se punha, as feridas da guerra foram se fechando; Sif começou a se dedicar inteiramente ao treinamento das tropas, Hogun se casou e ocupou-se em formar uma família, Volstagg empenhou-se para se tornar o melhor ferreiro que Asgard já vira, Balder conheceu Karnilla... A vida encontrara um propósito para cada um deles, exceto para Thor. E para Loki, como tinha de ser. Ambos os príncipes estavam perdidos, a primeira e maior semelhança entre eles.

Depois de muita contemplação, Thor decidiu que era hora de agir. Ele aguardou até que o feiticeiro terminasse uma noite sozinho e, quando Loki subiu para seu quarto no andar superior da taverna, ele fez o mesmo.

- Sim, é ele! O deus do trovão!

Os urros e aplausos o distraíram. Voltando a sua caneca vazia - a quinta, a sexta? -, Thor identificou uma pequena multidão ao seu redor, formada majoritariamente por homens. Hogun estava entre eles.

- Meu amigo! - Aproximou-se do ouvido dele, trazendo um cheiro forte de álcool, e sussurrou: - Eles pensam que você é a favor da morte de Loki. Não vale a pena contradizê-los. - Em voz alta, completou: - Tentando relaxar depois de Midgard? Não deve ter sido fácil suportar os mortais por tantos meses...

- Sem ajuda, de fato não foi - limitou-se a responder enquanto se virava de volta para o balcão.

- Não há nada que o poderoso deus do trovão não consiga realizar! - um dos homens que acompanhavam Hogun declarou, sorrindo para Thor. - E devo dizer, senhor, que me sinto muito mais seguro agora que voltou a Asgard.

Where Death Lies (Thorki)Onde histórias criam vida. Descubra agora