Capítulo único

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-É ótimo estar nesse palco novamente. No ano passado foi uma grande honra receber o prêmio "Novo artista do ano". Este ano, é outra grande honra estar aqui como apresentador do mesmo prêmio. Trouxe tantos novos poderosos artistas, que estiveram perto do meu assento todo o tempo... - As palavras que eu acabei de dizer na premiação de hoje ecoam em todo lugar que vou.

Saio da premiação, câmeras, flashes, pessoas em minha volta, seguranças e eu me sentindo preso. Como se estivesse em uma caixa fechada. Entro na van e o motorista segue em direção a uma balada, onde vai ser feita a comemoração. Olho para as estrelas e a lua. Eu não gosto dessa noite. Eu não gosto de ficar sozinho.

Entro na balada e garotas começam a me rodear. Levando-me até o bar.

-Hey garotas, se não estiverem ocupadas, por favor, poderiam ficar comigo essa noite?

Não ouço nada que sai da boca delas. Só ouço a minha própria voz, a música alta e o som dos copos de bebida batendo na bancada. Entre um copo de bebida aqui e ali, começo a perceber que estou ficando tonto.

-Oh Baby, eu não estou pedindo muito, simplesmente vamos conversar essa noite?- Digo baixo para uma das garotas que está do meu lado.

Pergunto-me o que os meus amigos devem estar fazendo essa noite, por que eles não estão bebendo comigo essa noite? Será que estão ocupados? Então que fique para a próxima vez.

-Vamos passar essa noite solitária juntos... - Dou uma sugestão à mesma moça que continua do meu lado.

Ela me arrasta até um quarto e me empurra na cama. Não estou mais em meus sentidos. Sinto-me tonto, mas ao mesmo tempo lúcido de tudo que está acontecendo. Ela beija os meus lábios. O final disso nós já sabemos...

Acordo quase seminu ao lado da cama. Pego o meu celular e escrevo no bloco de notas "SOS". Já perdi as contas quantas vezes já olhei a hora. O silêncio é mais forte a cada minuto que se passa. Que o barulho lá fora se cale.

Arrumo-me, deixo um bilhete e dinheiro caso a garota precise. Ligo para o meu motorista, para vir me buscar e me levar até a minha casa. Sem demora, ele chega. Entro no carro e observo as ruas. Há muitas garotas na rua, mas eu não sou atraído por elas. Se elas fossem a chuva, será que tenho um guarda-chuva em minha cabeça? O amanhecer é tão longo. As horas não passam. Assim como um poema, vou dormir como se nada tivesse acontecido.

Chego à minha casa e já vou direto para a cama. Mesmo com sono, não consigo dormir. A insônia veio me visitar mais uma vez. O anseio do amor é cada vez maior, eu não posso fazer mais nada. Decido tomar um banho, talvez me ajude a dormir melhor.

A água que bate em meus ombros faz com que pensamentos diversos venham na minha cabeça, preocupações e lembranças, faz com o que o meu banho seja mais longo. Saio do chuveiro e olho para o espelho embaçado por causa do vapor da água quente. Passo a mão tirando o embaçado, meu cabelo está bagunçado. Meus olhos estão vermelhos e aparentam cansaço. Encosto a minha testa no espelho, que me faz ter memórias de um tempo passado.

Volto para a cama e fico olhando para o teto até eu adormecer de cansaço...

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Obrigada por ler essa one shot, besitos...

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