único

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Postada nas outras plataformas na data correta do seu aniversário hkshsjshsjs amo-te, preciosa 💜


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Três da tarde, e último dia como alunos do 3° ano da Yuuei.

Depois que fechamos a porta, os únicos traços de luz no quarto escuro eram o da fresta da janela entreaberta e o da sua mão direita contra a parede, falhando vez ou outra com a individualidade explosiva. Respirava fundo na tentativa de se concentrar, os músculos tensos ao se lembrar da promessa que fez sobre não me machucar, mas eu sabia que não machucaria. Nós já fizemos isso tantas vezes...

A mão esquerda segurava a minha com toda a força que podia enquanto eu te beijava devagar, minha língua deslizando sobre a sua dentro da boca, provocando você para que se rendesse de uma vez a mim. Te irritando ao ponto de fazer sua ereção pulsar por baixo da calça cinza e sob a palma da minha mão, que ameaçava desfazer o nó que segurava o moletom ao seu quadril.

Provocações te deixam irritado na mesma intensidade em que te excitam, Bakugou. E o sorriso que se abre no seu rosto quando está irritado me deixa de pau duro.

Seu peito subia e descia contra o meu, ofegante pela ansiedade. Ali não era mais o seu controle que falhava, e sim a minha respiração. O rosnado de protesto quando deixei sua boca passou a um gemido de satisfação quando comecei a mordiscar o seu pescoço, usando a língua para amenizar o possível ardor que os meus dentes viessem a te causar, afiados demais. Era eu quem deveria ter todo o cuidado do mundo com você, e também era eu que quase perdia o controle sobre o meu corpo quando você decidia revidar e me mordia de volta, passando os dentes de leve pela pele já suada e rindo do arrepio que, literalmente, me deixava de cabelo em pé.

Bruto demais, apressado demais, selvagem demais, esse era você: intenso. Completamente oposto aos meus atos, e perfeitamente complementar às minhas vontades.

Sua mão se livrou do aperto que eu dava para segurá-la contra a parede, e o vento que passou pela palma suada me fez tremer por um momento com a ausência do seu toque. Seus dedos guiaram os meus até se acomodarem ao redor do seu pescoço, e eu já sabia o que fazer. A única exigência era tentar não encarar seus olhos.

Só tive uma resposta na décima vez em que me proibiu de fazer isso, e ela dizia sobre o medo a respeito do que eu poderia encontrar no fundo da sua alma, através deles. Até os nossos temores eram parecidos. Naquele caso, iguais.

Mas se os seus olhos eram tão vermelhos quanto os meus, qual dos infernos é o mais profundo? Qual de nós tem o demônio mais faminto, e qual dos dois consegue se satisfazer primeiro? Ainda não havíamos chegado a uma resposta que se encaixasse, e esse era o motivo pelo qual eu te encarava; para descobrir qual a maneira mais apropriada de te devorar.

Na fração de segundo que me deixei levar em pensamentos, acabei com as costas na parede, colocando as mãos atrás da cabeça, em rendição. Era impossível não sorrir ao ver você abaixar minha calça com tanta agonia e esperar que um chute meu a jogasse para longe de nós dois, como logo eu iria fazer. Sua pressa só não se equivalia à minha vontade de já estar dentro de você.

- Pare com isso, seu merda.

- Parar com o quê? - respondi confuso, unindo as sobrancelhas.

- De fazer essa coisa com o seu rosto quando você fica feliz. Me deixa enjoado.

Qualquer risada que pudesse vir depois desse seu comentário foi engolida da mesma maneira que você abocanhou o meu pau: de uma só vez. Apertou com força a lateral das minhas coxas, me passando o recado para não me mexer. Mesmo de joelhos, naquele momento era você quem dava as ordens - e em pé eu tremia, aguardando o momento para obedecer.

I'mma be your LoveWhere stories live. Discover now