Capitulo 3

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{Luna}

Acordei o mais cedo possível, me arrumei, coloquei calça jeans e blusa de manga longa para esconder todas e antes de abrir o portão do colégio, coloquei meu patins, patinei pela cidade inteira para esquecer tudo isso que tinha acontecido... Mas cada passo, eu sentia uma dor insuportável nas pernas, não aguentava mais... Estava quase chegando no colégio quando vi alguns patinadores fazendo vários truques... Cheguei perto deles e quando fui ver, o Mauricinho estava no meio deles... Nossa! Não sabia que o Matteo patinava, e muito bem... Ele não tinha cara de quem patina, mas pelo jeito patinava a muito tempo...

Bom, cheguei no colégio, guardei meus patins e logo fui encontrar a Ámbar para contar o que tinha acontecido e pedir ajuda a ela...

Fui até o banheiro antes de ir atrás dela... De repente, quando fui me olhar no espelho, tive uma breve tontura, comecei a ter flashbacks daquela noite... Lembrei dela... Do rosto dela... Do som dos meus gemidos de dor... Eu tentava gritar, porém não conseguia... Estava sozinha naquele banheiro... Não conseguia parar de tremer... Nem ficar em pé direito, tive que me apoiar na pia... Logo que vi duas meninas entrando no banheiro, sai correndo sem nem ver para onde eu estava indo... Depois de corre muito, sem querer esbarrei um alguém... Foi tão forte essa batida que foi bem onde eu estava machucada... Quando fui ver quem era, vi que era o Matteo, comecei a chorar de tanta dor que senti naquela hora...

M: Perdão... - Ele viu que eu estava chorando - Luna, o que houve?

L: Aí! Tá doendo!! - eu gemia de tanta dor...

M: Luna, calma, eu te levo a enfermaria... Não se preocup...

L: Não Matteo! Esquece... Desculpa por ter te esbarrado, doi sem querer - interrompi ele e logo saí correndo... A dor estava insuportável... Logo fui direto a um lugar que ninguém mais conhecia lá no colégio só eu e a Ámbar... Era uma sala de aula antiga que só tem cadeiras quebradas, louzas sujas, entre outras milhões de coisas... Fiquei sentada, quieta e chorando...

{Matteo}

Não sei porque mas depois que vi a Luna daquele jeito, tive um aperto no peito, imediatamente fui procurar a Ámbar, porque sei que ela a Luna vai querer ouvir...

Corri o mais rápido possível atrás da Ámbar... Até que achei ela prestes a entrar no banheiro...

M: Ámbar!!! Por favor, eu preciso de você...

A: Dê mim... O aconteceu popularzão?

M: Sem gracinhas Ámbar! A Luna está mal...

A: Como assim Matteo! o que aconteceu??

M: Ela vei correndo no corredor e de repente nos trombamos, quando isso aconteceu, ela sentiu uma forte dor... Não sei o que houve, mas ela está ferida... Ela não quis me falar, então, espero que você vá ver se ela está bem!

A: Pode deixar comigo! Já tenho ima ideia de onde ela pode estar, vou lá!

M: Vou com você!

A: Não! Eu vou sozinha... Pode deixar que eu cuido dela - ela saiu na frente e começou a andar, porém paro no meio do caminho voltou até mim - Obrigada Matteo, sério!

Ela foi correndo até a Luna!

{Luna}

Já tinha chegado na minha mente me mata, até eu ouvi um voz conhecida...

XxX: "Al principio me sonabas diferente, Tan distinta en medio de toda la gente, Y al final me di cuenta, es extraño..."

L: "Pero yo te entiendo igual"... - cantamos essa música quando éramos pequenas, amamos tanto que colocamos como "palavra-chave" para o nosso "esconderijo".

Ela entrou sentou onde eu estava e me abraçou... Como eu amo esse abraço dela... Comecei a chorar mais ainda...

A: O que aconteceu flor??

L: A Roberta foi longe demais - levantei e mostrei as marcas roxa em meu corpo...

A: Oh meu Deus... - ela me abraça com mais força mas com delicadeza - Luna, me conta porque isso aconteceu!!

Eu contei toda a história para ela, desde quando o meu pai viajou até na hora do hospital, ela ficou abismada com tudo isso que tinha acontecido comigo...

A: Luna! Por que você nunca me disse?

L: Porque eu não queria te preocupar, eu achava que ia ser só uma fase, ela iria parar... Porém, ela piorou e agora estou aqui, chorando... - uma lágrima cai - Eu só tenho certeza de uma coisa, eu não moro mais para casa, se eu for voltar, vai ser só para pegar as minhas coisas... Eu conversei com o meu pai, eu disse o que aconteceu e que a Roberta fugiu, ele falo que Infelizmente ainda não vai poder voltar para casa, só daqui a duas semanas e como eu não tenho família aqui, ele pediu para mim conversar com você em eu ficar na sua casa por esses dias...

A: Amiga... - ela abaixa a cabeça - Infelizmente não vou poder te acolher em casa, minha irmã divorciou esses dias e vou a morar lá com o filho dela, eu sinto muito...

L: Amiga... Não tem problema... Eu me viro... - abracei ela - Eu procuro algum hotel para mim ficar...

XxX: Ou você pode ficar na minha casa...

[...]

Sempre ao seu Lado - LutteoOnde histórias criam vida. Descubra agora