Um Romance Entre Tropeços

Capítulo I

Romances geralmente são chatos, desculpas para quem os ama, mas eles geralmente mostram uma garota frágil e um homem forte que aparece na vida dela para resolver seus problemas. Eu sei, isso parece mais um conto de fadas do que um romance destinados a jovens e adultos, mas em sua essência os romances são como contos de fadas para mais velhos.

Essa história não é muito diferente dos outros romances na verdade, ou seria? Não sei bem, me diga no final.

Enfim, a enrolação acaba aqui.

O dia estava nublado, mas já era final da tarde e nenhuma gota de água proveniente do céu havia tocado o chão. Margo, uma surda e muda caminhava em direção ao supermercado como sempre fazia as quintas quando saía do balé, ela caminhava calmamente pela calçada enquanto observava os vitrais das lojas e o movimento dos carros, mas o percurso não era longo e lá estava ela diferente a entrada do supermercado.

Estava bem movimentado, as pessoas caminhavam pelo corredor de entrada enquanto saiam dos caixas com seus carrinhos abarrotados de produtos recém comprados. Marco não se demorou muito, foi direto ao que ela precisava, alguns macarrões instantâneos e verduras, dirigindo-se ao corredor dos produtos de higiene pegou pastas de dente e rapidamente se dirigiu ao caixa de cinco volumes. A caixa já estava habituada com Margo e sua deficiência, com um sorriso passou os produtos na máquina de preços e mostrou o valor a ela, Margo deu a caixa uma nota de vinte e recebeu alguns centavos de troco, fez um sinal de agradecimento a caixa e com suas sacolas se dirigiu a saída.

A chuva finalmente começará a cair e estava forte, Margo não impressionada pegou seu guarda-chuva da bolça, abril e saiu, já estava escudo, no horizonte só se via alguns raios de sol. Fitando o caminho que seguiria, Margo começou a andar, ela estava perdida em pensamentos, principalmente os Margo sentir algo embaixo de seu pé que não era o chão e abruptamente seu corpo sentiu um impacto molhado, abrindo os olhos percebeu que estava estatelada no chão, sentia alguma dor em seu corpo, mas olhando em volta percebeu que o motivo de sua queda era um mendigo.

Sim! Margo, má como era, tropeçou num coitado mendigo que tentava se esconder da chuva gelada e forte que caía, com o cabelo e a roupa já todo encharcado, Margo desesperadamente começou a fazer sinais como quem pedia desculpas, mas o mendigo nada dizia, pegou o guarda-chuva ao seu lado e as sacolas com suas coisas apoiando-as em seu antebraço, fuçou na sua bolça e pegou um papel no qual escreveu: "Me desculpa, não te vi. O senhor está bem??" entregou ao mendigo que fitou o papel, olhando o estado do homem Margo ficou com dó dele é em outro papel escreveu: "Você gostaria de ficar na minha casa até a chuva passar", entregando novamente a ele o papel, o mendigo o fitou, mas para o espanto dela amaçou os dois papéis, horrorizadas Margo enraiveceu-se e seguiu seu caminho.