Imagines - Supernatural

Últimas Palavras - Sam Winchester

S/N: seu nome. Aproveite a história ;)

Eram aproximadamente 04:00 da manhã de um sábado.
Eu estava checando as notícias locais para achar um caso, numa tentativa falha de tirar Samuel Winchester da mente.
Sam se foi há três semanas durante uma caçada, e desde então, não paro de pensar sobre. E eu sabia que essa madrugada não seria diferente.

Mesmo mergulhada num mar de lembranças, consigo ouvir ao longe um barulho na sala de estar. O que seria desta vez? Crowley? Castiel? Rowena? Me encontrei sem respostas, uma coisa que vem me acontecendo frequentemente.

Mesmo com receio, vou até a escada e tento enxergar algo. Sem sucesso. Então, decido descê-la. Arma em punho e muita atenção. Poderia ser algum demônio ou alguém com quem tenho negócios inacabados. A cada degrau frio que em meus pés tocam me sinto mais desconfortável, como se algo inesperado pudesse acontecer.

Ao chegar na sala, avisto uma grande silhueta sentada em meu sofá. Entrei em choque ao me dar conta do que estava diante de meus olhos. Era Samuel, vestido com sua camisa xadrez que se encontrava coberta de sangue, exatamente como no dia de sua morte.

O que eu poderia dizer? Que o amava? Que sentia saudades?
Antes de dizer qualquer coisa, Samuel se levantou e veio em minha direção, dando-me um abraço aconchegante. E naquele momento, naquela pequena fração de segundos, me senti inteira novamente. Me senti viva. Samuel me soltou e olhou em meus olhos, que no momento se encontravam encharcados.

"Não fique assim, pequena" - ele disse.

- Como isso pode ser possível, Sam? Você foi morto. Eu te segurei, ouvi seu último suspiro.

Eu precisava vir te ver. Te dar o adeus que não pude dar em vida. - disse Sam com lágrimas quentes escorrendo pelo seu rosto.

- Como assim "dar o adeus"? Eu consigo te sentir, você não é uma aparição.

- Eu fiz um acordo com a ceifeira. Ela me deu o direito de vir, contanto que esse seja meu último contato nesse plano.

- Sam, por favor. Nós sempre demos um jeito. Não se lembra de quando resgatamos Bobby do inferno? De quando recuperamos sua alma? De quando reabrimos as portas do céu?Você não precisa ir embora.

-S/N, por favor, não pense que eu não cogitei a possibilidade de voltar. É claro que eu pensei nisso. Mas tudo de ruim que anda nos acontecendo é minha culpa. Lúcifer fora da jaula, a morte de Charlie e de Kevin, o portão do inferno aberto, a morte de Dean. Mas principalmente a situação em que meus pais foram postos. Se não fosse por mim, pelo meu nascimento, nossa família não seria amaldiçoada. Talvez sem meu nascimento, Dean pudesse ter a chance de ser uma criança, de ter um Natal digno.

- Não diga tais coisas, Sam. Você é importante.
Nós não podíamos controlar Dean em sua pior forma. Ele era um demônio. Você fez tudo o que pôde.

Eu fiz o que pude, não o que deveria ter feito. - Sam olha em direção ao chão, envergonhado de si mesmo.

A imagem de Sam foi ficando cada vez mais turva. Eu já não conseguia ver seu rosto com clareza.

-Escute, S/N. Meu tempo está acabando. Eu quero dizer-te que a amo. A amo como jamais amei alguém. Você foi, é, e sempre será importante para mim, não importa para que lugar eu vá depois que essa conexão acabar. Quero que saiba que eu queria ter construído uma família contigo, mesmo que nossa vida não colaborasse.

Alguns chiados aparecem durante a fala de Sam, tornando sua voz quase incompreensível.

- Me desculpe não poder cuidar de você como prometi nos últimos minutos de Bobby, mas de onde eu estiv r, est rei cuid ndo de v cê. T am.

E então, as falhas que antes existiam em sua silhueta e fala, são seguidas do desaparecimento total de Sam.

Acordo deitada sob a mesa da cozinha, não conseguindo entender o que aconteceu. Logo, corro até a sala, na esperança de poder encontrar Samuel. Infelizmente não há ninguém alí. Mas, olhando detalhadamente, vi uma rosa. Talvez esse seja o adeus de Sam.