Capítulo 22

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Como sei que vos fiz esperar imenso tempo por novos capítulos, aqui está um bônus! :)

Pude observá-lo perfeitamente. 

Ele estava a falar com alguém, porém eu não sabia quem. 

Olhei para Leila, enquanto ela tirava duas armas do seu fato, que estavam dentro das suas botas altas, e entregou-me uma em seguida. 

A pessoa que Mikhael estava a falar, entrou de novo para dentro, e eu comecei a caminhar até ele. 

Ouvi passos rápidos vindos do mesmo local que eu e Leila entramos, e virei a minha cabeça para saber quem era.

Steela e Leah estavam acompanhadas por Diego. 

Todos eles estavam armados.

      - Foste tu que os chamaste? Eu disse para não o fazeres. - Neguei, e ela limitou-se a olhar para mim com um sorriso fraco.

      - Achas mesmo que te iríamos deixar sozinha? Se morreres, nós morremos juntos. - Respondeu Steela com um sorriso.

Mikhael estava a falar com alguém ao telemóvel, e nós ainda estávamos a uma boa distância dele.

      - Ninguém irá morrer, sem ser aquele desgraçado. - Apontei para Mikhael, e nesse mesmo momento, ele vira-se na nossa direção e lança-nos um sorriso debochado.

      - Ora ora quem é ela, vejo que trouxeste o grupinho maravilha. - Disse enquanto bebia algo dum copo, provavelmente cerveja. - Parece que alguém adora bailes. 

      - Já te disse que te odeio? A sério, como é que alguém te aguenta a falar? - Leila olhou-o com nojo e ele deu uma gargalhada.

      - Gostei da tua amiga. - Mikhael falou comigo. - E o que faz esse idiota contigo? Diego não é? - Ele olhou com atenção para Diego.

      - Podes falar diretamente comigo, ou és cobarde demais para o fazer? - Perguntou Diego com um sorriso irónico.

      - Cobarde? Nunca. - Respondeu Mikhael, e em seguida o seu olhar voltou para mim. - O que fazes aqui, Luna? O Romeo está ocupado como já pudeste observar.

      - Não vim por ele, eu vim para te matar. - Respondi com ódio, e ele deu uma gargalhada novamente, o que me fez ficar mais irritada. 

Apontei o cano da minha pistola na sua direção e ele começou a rir-se ainda mais.

      - Meu amor, Luna, eu sei que não és capaz de atirar contra mim. Eu sou o melhor amigo do teu amor, ele nunca te iria perdoar se me matasses. - Ele olhou-me de maneira desafiadora, e eu dei um passo à frente, porém Diego agarrou-me.

      - Ele está te a provocar, não mostres que te estás a afetar se não estás lhe a dar vantagem. - Sussurrou-me no ouvido e eu assenti com a cabeça.

      - O que foi? Vais fugir como fugiste quando os teus amigos morreram? Ou vais continuar a ameaçar-me que me vais matar como quando eu matei o teu pai? 

      - Seu filho da puta... - Mirei na sua direção, e apertei o gatilho. Quando voltei a olhar para ele, Mikhael já estava no chão, e a bala tinha-lhe acertado no peito.

       - Puta merda Luna, não achava que fosses mesmo atirar. - Comentou Diego, e eu olhei-lhe com ódio. Ele levantou os seus braços em sinal de rendição imediatamente.

Com o som do tiro, haviam algumas pessoas curiosas a tentar perceber o que se tinha passado, apesar do barulho da música. Ao contrário dessas pessoas curiosas, ainda haviam bastantes pessoas entretidas em dançar, e entretidas com o baile.

Ouviu-se alguém a correr, e quando esse "alguém" chegou onde estávamos, pude perceber quem era só pelo cheiro do seu perfume.

      - Luna, como pudeste?! - Romeo gritou, e Diego deu-lhe um soco no braço para ele baixar o seu tom de voz. 

Romeo olhou ao seu redor, e correu até à porta das traseiras para a fechar. 

      - Eu disse que ele iria ficar chateado contigo. - Respondeu Mikhael ainda com um sorriso, mas em seguida começou a tossir. 

      - Devias agradecer-me por não te ter matado logo. - Olhei-lhe fria e ele piscou-me o olho. 

Filho da puta.

       - Hey, nada disso. - Romeo disse, enquanto olhava de cima a baixo a Diego. - E tu que fazes aqui? - Olhou-o frio.

      - Estou aqui pela Luna, não quero arranjar confusões contigo. - Diego afastou-se de Romeo.

      - Tu queres-a de volta não é seu filho da puta? - Perguntou Romeo a Diego, no mesmo momento em que cerrava os dentes.

      - E se quisesse? Ela nunca mais vai voltar para ti depois do que fizeste hoje. - Respondeu Diego com um sorriso irónico.

      - Hey, chega. - No exato momento em que acabei a frase, Romeo acertou um soco no nariz de Diego. - Meu deus, que idiotas. - Murmurei. 

      - Queres que os mate também? - Perguntou Leila ao observá-los à luta. 

      - Chega! - Gritei, e Romeo largou Diego. - Eu decido a minha vida, não vocês. - Revirei os olhos.

      - Ótimo. - Foi a única coisa que Romeo disse, antes de pegar na arma de Diego, que estava no chão, e atirar contra Mikhael.

      - Para quê que foi isso seu idiota?! - Leila gritou, e ele deu um sorriso enorme antes de devolver a arma a Steela.

      - Vocês queriam matá-lo, eu nunca disse em que lado estava. - Disse antes de abrir a porta das traseiras. - Não se preocupem com o resto, eu trato de tudo. - E saiu, deixando-nos completamente surpreendidos.

   


O meu nome não é JulietaOnde histórias criam vida. Descubra agora