Tudo isso começou enquanto eu estava sonhando, nesse sonho, existia uma garota sendo sequestrada, gritando por ajuda, e eu, correndo para salvá-la, mas não consigo, porque homens de ternos pretos, e sem rosto me seguram, até que entro em desespero e de repente, eu acordo, estava zonza, não conseguia levantar e nem enxergar direito o que tinha em volta, mas consegui me concentrar em uma conversa; na conversa, falavam que queriam me matar. Aos poucos me recupero, e consigo ver que estou em um local estranho, que nunca tinha visto, talvez tinha, mas eu não me lembrava.. Era um quarto com as paredes desgastada e pouca iluminação, não possuía janelas, e poucos móveis, apenas um quadro, que teria um homem de terno preto, e na parte de seu rosto, a pintura estaria borrada, tinha um rádio, que pela aparência, parecia estar quebrada e uma porta de madeira, desgastada. Tento abri-la, mas não consigo, tento empurrá-la para ver se abre, mas estou fraca, como se eu tivesse drogada, ou bebido. Sento no chão chorando, pedindo por socorro em vóz baixas, tentava gritar, mas não tinha forças, e desisto, pois saberia que ninguém iria me escutar... Achei que estaria sem opções, levanto tonteada, e vou em direção ao rádio, tento liga-lo, mas parecia que seria mais uma das minhas tentativas inúteis, porém, escuto algo vindo do rádio, parecia ser um chiado, com uma vóz estranha e grossa, me assusto e tropeço em uma das falhas do chão, e caio sobre a porta, ela acaba quebrando no meu ato, vejo um corredor, com outras portas, inclusive uma estaria com a maçaneta de sangue, e os pisos perto dela estaria com passos, feito de sangue. Me levanto com dificuldades novamente, e começo a andar entre as paredes, até ir a porta ensanguentada, me arrisquei em abri-la, pois eu não teria mais nada a perder. Tento abri-la, mas eu estaria fraca, não estava conseguindo abri-la, além de fraca, sentia uma enorme dor no braço. Continuo fazendo força, e consigo abri-la, me deparando com palavras feitas de sangue, em outro idioma, não sei por quê, mas parecia que eu sabia o que estava escrito, mas não me lembrava de forma alguma. A dor no Braço aumenta em cada vez, levanto a camisa e vejo que o mesmo idiomas escritos na parede, estavam tatuados em meu braço, mesmo que eu tentasse forçar a mente, eu não conseguia me lembrar dessa tatuagem, parecia ter sido feita enquanto eu estava inconsciente, a inchação da pele era forte. Apenas começo a chorar novamente, não acreditaria que isso estaria acontecendo comigo. Vou andando lentamente em direção a alavanca e abaixo ela, fazendo o chão embaixo de mim se despedaçar, eu caio junto, e novamente, desmaio. Acordo com a visão embaçada, tonta, tudo parecia um Deja Vu. Vejo um Velho , com uma das suas mãos presas em corrente, grudado na parede, ele estaria com as roupas rasgadas. Seu braço direito estava acorrentado, e falava como um bêbado, era perceptível que ele não estava bem.
- Qual é o seu nome? Como pararmos aqui?
O homem parecia fraco demais para me responder, dou um tempo para ele, e sento ao lado do homem, com a cabeça encostada na parede, esperando o recuperamento dele. Passa um tempo, não sabia dizer a hora direito, na verdade, nem estava ligando para isso. O homem começa a falar, demonstrando dificuldades:
- Vi coisas que não podem ser desvistas, e você também verá.
Simplesmente não entendo nada, não sei se o homem era maluco ou eu estava maluca, estava muito tonta e com medo para pensar sobre isso. Preocupada com a liberdade do homem, começo a olhar em volta para procurar uma chave, mas o homem começa a falar novamente
Curiosa, pergunto a ele:
-Sempre foi de dizer palavras bonitas?
O homem ri e me ignora. Um silêncio permanece no local por muito tempo, até que eu pergunto a ele:
- Você viu as escritas?
O homem responde com seriedade:
- Ví, e você sabe o que significa, apenas precisa se lembrar, e irá conhecer alguém que te ajudará Me diga menina, você acredita em mágica? Eu também não acreditava, e você também não acredita, mas acreditará futuramente..
- Fico desentendida, ignoro ele, e continuo a procura, e o homem começa a falar de novo...
Minha liberdade não é algo que tu podes realizar, mais você pode se libertar.
Eu fiquei curiosa, então perguntei a ele:
- Como sabes dessas coisas ?
Ele apenas puxou uma carta de seu bolso, com a mão que estava livre, e me mostrou uma carta, enquanto ele dizia:
- As cartas falam...
Eu fiquei meio confusa, achava ele louco, só queria sair da sala em que eu estava presa. Mais tarde o velho novamente fala:
- O destino de sua morte está mais próximo que o esperado, mas você pode escolher seguir esse caminho. Está nas cartas...
Dessa vez além de eu achar ele louco, fiquei com medo. Tendo dormir, para ver se eu me acalmava, me encostei na parede e comecei a dormir. Novamente lembrei do sonho da pequena garota, mas agora, era diferente. Dessas vez, os homens que falavam que queriam me matar, vestiam ternos brancos com símbolo de um olho, no susto, acordei com o coração acelerado, olho para os lados, e não encontro mais o velho, além de estar feito na parede com sangue as mesmas palavras de antes, além do símbolo visto no meu sonho, também escutei as vozes, isso me deixou com mais medo.Além das palavras e do desaparecimento do velho, tinha um túnel. Eu estava assustada, tremendo de medo, mas estava sem escolhas, então entrei no túnel e andei até o final, mesmo que, pela escuridão, não conseguia enxergá-lo. Depois de tempo andando, me senti fraca, com fome, e com sede, até eu ver no fundo do túnel, uma lâmpada piscando, apressei os passos, pois achei que seria uma saida. Chegando próximo, vi uma porta, que estaria desenhada com sangue o símbolo do meu sonho. Tremendo, abri a porta, e observei o local após dela. Teria uma escada para cima, além de embaixo terem quadros macabros, com os símbolos em todo local que eu andava. A casa não perderia seu tom, estaria desgastada, pisos de madeira, poltronas rasgadas, e uma vitrola, olhei para os lados, tentava observar todo os cantos da sala antes de ter que subir a escada. Observei uma pequena bancada, empoeirada,com algo em cima que eu não sabia o que era, pois teria um pano em cima. Com medo, ando para próximo do local e retiro o pano. No momento de eu retirar, um papagaio gritou de susto comigo, assustei junto, e cai no chão. O papagaio começou a falar comigo, como uma gente normal:
- Você me salvou! Ufa!
Fiquei meio sem entender, achei que papagaios só repetia o que eu falava, mas esse era diferente, então perguntei:
Você me entende?
O papagaio pulando de um lado para o outro, disse:
- Sim, eu te entendo!
- Sabe o que são esses símbolos?
- Pônei...
- Pônei? Perguntei duvidosa
- Pônei eu.
Encarei seriamente o papagaio, e disse:
- Não sei como tu consegue brincar, quando estamos nessa situação
Papagaio ficava rindo, e disse:
- De baixo da minha jaula, existe uma chave, me liberte com ela, por favor!
Levantei a jaula e realmente tinha uma chave, peguei ela e abri a gaiola, papagaio vôou em direção ao meu ombro e ficou lá, dizendo:
- É o seguinte, ao subir essa escada, você vai ver 10 portas, cujo uma delas é a saída
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Olho da Liberdade
Short StoryUma piscose garota com amnésia, onde não se sabe o que é ou não real