Quando o sinal toca

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            Na manha de domingo um jovem rapaz com aparência magra e cabelo bagunçado levantava-se da cama de casal com cuidado para não acordar o homem ao seu lado e ao sair da cama procurou atentamente onde estavam suas roupas em meio ao do outro. Com um pouco de dificuldade ele conseguiu vestir a blusa com listras azuis e laranja se intercalando em pontos específicos e quando fora colocar a calça jeans quase caiu no chão e logo se apoiou na cama, olhou para ver se o homem acordou com balanço que fez ao se apoiar e viu que ele nem se mexeu.

Ele observava o homem mais velho dormindo e sorriu ao lembrar-se da noite passada. O jovem saiu do quarto a passos curtos e leves, ao chegar à sala do apartamento avistou seu tênis no chão do ambiente, com um pouco de pressa colocou os pares cada um em seu devido lugar e procurou a chave do apartamento. Não teve muita dificuldade de achar a chave que estava no balcão que separava a sala da pequena cozinha.

Colocou a chave com cuidado e forçou a fechadura e antes de sair olhou o apartamento era a ultima vez que iria ver aquele lugar e aquele homem que dormia tranquilamente sem sua cama. Ao fechar a porta do apartamento saiu do prédio em seguida e foi para sua casa.

Quando chegou em sua casa seu pai o lhe esperava para lhe castigar.

— Que historia maluca é essa de passar a noite fora de casa e nem ao menos me ligar para não ficar muito preocupado – disse seu pai ao ver o filho chegando as oito da manha em casa.

—Foi mal pai, ate me esqueci disso eu pedi para Scott me lembrar, mas nem ele conseguiu... – disse por fim subindo em direção ao seu quarto.

— Stiles ainda não terminamos essa conversa. – tentou impor ao filho que continuou ignorando o pai que falava praticamente sozinho no andar de baixo.

Para Noah momentos como esse lhe colocavam abeira do arrependimento de ter criado o filho em um estilo de vida em que dava o menor mais liberdade para comover em vez de ficar pedindo autorização para tudo. E era momentos como esse onde Stiles não ligava ou sumia por horas pela madrugada que fazia com que Noah brigasse com seu filho.

Já por outro lado Stiles adorava isso ainda mais depois que conseguiu a identidade falsa para entrar nas casas noturnas e acordar no outro dia na cama de desconhecidos, pelo menos nas férias. Amanha já era o primeiro dia de aula, pela primeira iria deixar de ser calouro na nova escola e iria ser um veterano.

Stiles abriu o armário e sem cerimonia tirou a blusa listrada e a calça jeans ficando apenas de cueca boxer e não demorou muito para tirar ela e colocar uma toalha em volta de sua cintura e ir pro banho. Quando o jovem olhou-se no espelho poderia ver marcas de pequenos chupões em seu pescoço que estavam bem roxos e agradeceu por seu pai não ter percebido.

Desatou o no da toalha em sua cintura deixou ela cair no chão do banheiro, ele olhou para seu corpo e não viu mais nenhum outro roxo ou vermelhidão em seu corpo.

Ligou o chuveiro e passou uma mão na corrente de agua para sentir a temperatura e a outra ficou regulando a torneira ate chegar ao ponto em que ele queria. Que era a agua nem muito quente e nem muito fria, o famoso agua morna.

Com o banho tomado e de volta ao seu quarto, colocou uma blusa que tampasse as marcas no corpo. Depois de vestido desceu para procurar algo para comer e ouvir as reclamações de seu pai.

— Sabe meu filho assim fica difícil de confiar de você na próxima vez em que querer sair. Toda vez você fala a mesma coisa e só volta no outro dia ou então esquece de me ligar – parou de fazer o que estava fazendo para se virar para o filho esperando que o mesmo estivesse ouvindo ou pelo menos fingindo que estava ouvindo as reclamações do pai.

É física  ou química?Onde histórias criam vida. Descubra agora