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—————> 6 anos depois.

— Olha só, a aniversariante chegou! —exclamou o garoto, Dave, empatando a passagem dela.— Tem sorte que hoje e seu aniversário! —ele deu meia volta indo até o final do corredor, o ato do garoto fez com que Tears estranhasse. Deu de ombros e seguiu seu caminho.

A garota de cabelos negros chegou no armário e o destrancou, guardou alguns livros e pegou um caderno. Após tranca-lo foi em direção à sala. Se sentou perto da janela e respirou fundo. O dia estava completamente estranho, afinal, ninguém a importunou hoje, e não há nenhum sinal de Sammy, deu um suspiro baixo fechando os olhos querendo que o dia escolar acabe logo para poder ficar com a mãe e quem sabe comer um bolo com a mesma e o irmão.

Olhou pela janela a área do recreio, viu varias adolescentes variando do nono ao terceiro do ensino médio conversando como se suas vidas dependessem disso, achou tal ato desnecessário, mas também era interessante ver que o ser humano funciona à base de interações. Soltou mais um suspiro. E então direcionou o olhar para a porta após ouvir passos e barulhos de conversas. Até que uma delas se destacou na multidão, ou melhor, duas.

— Ai, pode parar de ficar perturbando minha irmã? —falou, a garota reconheceu a voz num instante, levantou da mesa com pressa quase deixando a cadeira cair, e correu para a porta vendo todos que estavam presentes no corredor circulando os dois garotos no centro. Um deles era Sammy, e o outro era Dave.

— Ehh?! Não me deixa que só quer se aparecer na frente das garotas? —rebateu Dave, o que de fato era uma completa mentira afinal Sammy tinha muitas outras coisas para se preocupar do que uma simples imagem na escola, e proteger a irmã era um exemplo.

— Na verdade eu nem ligo pra elas! —exclamou fazendo todos se impressionarem, até por que Sammy não era de falar essas coisas, graças a perda do pai ao 10 anos tem ficado mais triste é sem confiança, afinal o pai era seu ídolo, assim como a mãe, mas todos nós temos os preferidos.— Vou falar mais uma vez, pare de perturbar minha irmã!

— E você vai fazer o que? —respondeu Dave com um sorriso sarcástico no rosto.

— Algo que seja útil! Aliás, pode me bater se quiser, saiba que eu não vou retribuir.

— Oh? Não conhece a frase? "Violência gera violência". Vem pra cima, ou está com medo? —desafiou

— Já disse antes, não vou te bater. —respondeu dando um suspiro cansado que irritou o rapaz a sua frente.

— Olha só pessoa! —aumentou o tom de voz fazendo com que todos olhem na direção dele prestando atenção no que ele iria falar.— Parece que ele está com medo. Vai correr pro colo do papai? —aquelas palavras mexeram com ele. Sammy tentou ficar firme e forte para proteger a irmã, mas estava tremendo.

— Ah é! Você não tem um! —disse Dave.

Sammy ficou quieto no lugar dele, com a cabeça abaixada e calmo. E então levantou o rosto para encarar garoto a sua frente, e esse simples ato foi capaz de irritar Dave.

Dave fez uma expressão de fúria e serrou o punho com força, ele então correu para cima de Sammy que não moveu um músculo irritando mais o rapaz.

Antes de acertar o rosto do bicolor, este desviou rapidamente fazendo todos se impressionarem.

Após algum tempo desviando, Sammy ficou viu a irmã se aproximando para ajudá-lo.

— Não não, fique aí, eu já vou resolver isso! —falou calmo. Mas o mesmo não viu que Dave se aproveitou da distração para acertar-lhe um soco.

Tudo aconteceu tão rápido, Tears já ciente da força de Dave pulou na frente do irmão levando o soco no rosto perto do olho, mas por centímetros não o acertando. Sammy segurou ela quando caiu pra trás com o impacto e então todos saíram dali, Dave apenas fez um "tch!" E saiu de lá com as mãos no bolso.

Sammy se desesperou um pouco e então pegou ela no braços estilo noiva, quando o mesmo a segurou ela afundou o rosto da camisa do irmão apertando a camisa dele começando a chorar pela dor que sentia. Sammy a levou para a enfermaria da escola.




— Alô? Mãe? —falou Sammy segurando o celular no ouvido.

Sim? —respondeu estranhando a ligação repentina do filho.

— Resumindo tudo, Tears levou um soco. —falou tentando ficar calma.

O QUE? —gritou— ESTOU INDO AI AGORA!

C-Calma mãe, não precis- —foi interrompido.

Ele deu um suspiro derrotado e guardou o celular no bolso. Minutos depois, Alasca invadia a enfermaria respirando forte.

Quando a mesma olhou a filha sentada na maca da enfermaria, correu em direção a ela a dando um abraço. Após alguns minutos, ela abaixou o rosto escondendo os olhos no cabelo.

— Então, quem fez isso? —perguntou dando arrepios na enfermeira ali presente.

— Ah sim... —e então explicou tudo que tinha acontecido.

Alasca deu um peteleco na testa de Sammy e abraçou Tears. Depois de um tempo se separou dela e foi em direção a diretoria. Ao chegar lá explicou a situação e exigiu falar com os pais do jovem Dave. Após alguns minutos conversando, convenceu o diretor a chamar os pais da adolescente naquele minuto, o mesmo o fez.

A garota mais velha retornou à sala da enfermeira e chamou os filhos para a sala do diretor. Após minutos de espera, a porta se abriu revelando um homem.

— Finalmente! —exclamou Alasca levantando da cadeira do outro lado da sala. Mas quando ela viu quem estava na porta seu corpo gelou. Eles se encararam por uns minutos.

— Não..! —o homem falou irônico, e então ele abriu os braços convidado ela para um abraço, ela foi em direção a ele e quando chegou perto, lhe deu um tapa deixando todos confusos.

— Isso foi pelo o que seu filho fez! —e então o abraçou— Você sumiu, Dylan! —falou rindo.

Mas eles ainda nem tinha visto que tinha mais uma pessoa na porta.

Life -A PEQUENA KILLER 3-Onde histórias criam vida. Descubra agora