PARTE 1 - Como tudo começou

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Eu sempre fui a pessoa estraga prazeres que lia sempre a última página do livro para saber como a história terminava. Talvez porque queria poupar as lágrimas dos meios, porque assim o fim já estaria justificado.
Mas ao contrário de tudo que você pode imaginar, esse livro não vai terminar quando acabar.
Depois dele, você vai ter que se preparar para mais histórias.

E quer saber um segredo, o meio sempre é a melhor parte.

Esse não é o fim!

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Eu não poderia começar colocando datas aqui, porque eu mesma nem me lembro. Mas foi em 2015, quando as coisas começaram a mudar.
Eu nem poderia imaginar que já havia perdido meu coração e começaria a procurar por ele em vários bares e baladas.
Se eu encontrei? Sim!
Se eu o segurei? Não!
Gosto de respostas simples, essa coisa de enrolar para um 'SIM ou NÃO' não me faz feliz.

Eu morava em Floripa nessa época, já fazia um ano que estava morando lá com meus avós.
Antes disso morava com minha mãe no interior.

Sempre fui boa em fazer amizades, mas cá em entre nós, quem vê cara não vê coração.

Era noite de dia dos namorados. Junho frio e lindo.
Estava me arrumando para mais uma noite supimpa de balada e muita bebida.
Sério, quem nunca teve uma fase turbulenta de noitadas não sabe o que é realmente o valor de um edredom.

Eu tenho 1,70m e perto de qualquer pessoa do Sul eu sou realmente alta, nessa noite eu estava vestindo uma saia preta e uma blusa preta, pode imaginar como você quiser, mas coloque cabelos loiros e com mega hair longos. Quase uma menininha de 19 anos.

Minha parceira de vida era a Isa, Isadora. Cara, pensa naquelas amigas que topam tudo? Sim. Ela era essa pessoa.
Éramos parceiras, o que uma fazia, a outra não ezitava em fazer. Incrível, nunca havia tido uma amizade louca assim.
Ela era loira também, só que bem mais baixa e bem mais magra. E por coincidência, nossas vidas sem cruzaram no momento certo.

Costumávamos sempre beber antes de ir para as festas e nessa noite não foi diferente.

O primeiro brinde foi da Isa, ela sempre elevava nossas esperanças:

- Yeah! Que se ferrem os namorados e que nós possamos encontrar alguns para essa noite!  

Tin-tin. Você deve conseguir ouvir os copos se batendo para brindar essa frase épica.
Bárbara também era nossa amiga de baladas, ela cursava Arquitetura na época e era a mais segura emocionante. Nem precisava fazer aquele brinde deprimente de três amigas que realmente queriam estar tomando vinho com algum dono do coração.

É claro que eu não poderia deixar de dar minha deixa para o brinde:

- Eu acho realmente que todas nós somos independentes, e se for para eu me apaixonar, que seja pelo reflexo no espelho.

Todas rimos, de ironia claro.

Já estava ficando tarde, até  Bá com aqueles cabelos negros, pele pálida e toda aquela preocupação em não se deixar embebedar conseguiu ficar mais corada depois de todas nós virarmos algumas doses de tequilas.

Pegamos um táxi e fomos até a boate.

Obvio que histórias de amor não
deveriam começar em baladas, mas vem cá, quem nunca teve um amor que começou ali?!

Já vou adiantando para vocês que a narrativa vai mudar depois dessa noite.
Ou melhor, a partir daqui.

Sabe, quando alguém ganha o seu coração, isso não deve ser algo que vá machucar, mas sempre machuca.
Depois dessa noite, eu não imaginava que minha vida toda fosse mudar. Porque realmente, como que uma pessoa pode entrar na sua vida e permanecer por tanto tempo? Sem mesmo vocês nem terem se tocado?

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⏰ Last updated: Jul 02, 2018 ⏰

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