Dançando No Escuro

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Qualquer curva de qualquer destino que desfaça o curso de qualquer certeza. - Arnaldo Antunes

Amanhecer ao lado de quem se ama pode ser uma das coisas mais prazerosas da vida. Ainda mais quando quem está com você é muito mais do que aquilo que sonhou. Carol observava Day dormir, o sol não veio naquele dia, mas o quarto estava iluminado. O nublado do céu de Julho não impedia Carol de observar cada detalhe de Day. Seus cabelos castanhos longos, que ainda cheiravam o shampoo do banho. O pescoço ainda com as marcas de uma longa noite fez Carol soltar um riso bobo antes de tirar uma mecha de cabelo que caía no rosto de Day. Passou seus dedos pelo seu pescoço e desceu até a sua barriga, o que a fez Day acordar e soltar um largo sorriso.

"Baby, tu não cansa?" - Day

"De você? No!" - Carol

Day segurou firme a nuca de Carol, o que a fez gemer. Day estava louca pra beijá-la, foi chegando bem devagar perto de seus lábios. O rosto de Carol estava rubro de desejo, esperando aquele beijo tanto quando Day. Bem devagarinho Day passou a língua em seus lábios, Carol fechou os olhos e era uma tortura para ela aquele quase beijo. Ela sentia a língua de Day passear em seus lábios, como se a intenção fosse mesmo torturá-la. Tori tinha mesmo razão, Day beijava como nenhum outro ser humano na face da terra. Carol tirou o lençol que separavam suas peles e deixou Day sentir o seu calor quando encostou seu corpo no dela. Day suspirou ao sentí-la. Carol também sabia provocar.

"Beija logo. " - sussurrou Carol

"Calma, porque a pressa? Temos o dia todo" - Day

Não tinham... A campainha toca para fazer Carol pular de susto.

"Sua mãe, Day. Ela disse que viria. Vamos, coloca sua roupa". - Carol

Day se divertiu ao ver o desespero de Carol, levantou-se juntando as roupas deixadas no chão e as colocando, todas pelo avesso.

Ao abrir a porta, lá estava Selma, com o café da manhã nas mãos. Day ajeitou os cabelos e sua mãe sorriu, presumindo que havia atrapalhado sua filha. Mas mesmo assim ela foi entrando no apartamento e colocando as coisas sobre a mesa.

"Estava congelando lá fora, preciso voltar para o calor de Goiânia. Isso aqui não é vida não". - Selma

"Ah mãe, nem está tão frio" - Day

"Aham, Paulista". - Selma

Selma começou a abrir as sacolas e distribuir as coisas que trouxera.

"Trouxe pão de queijo pra Carol, eu sei que ela gosta, falando nisso cadê a ruivinha mais linda?" - Selma

"Meu Deus, perdi minha mãe. Carol está no banho" - Day

"Hum". - Selma

Day ficou sem graça ao ver que sua mãe percebeu que as coisas estavam bem quentes dentro do apartamento. Desconversou o mais rápido possível.

"E pra mim, mãe, trouxe o quê?" - Day

"Ciumenta! Trouxe pão de leite, bem quentinho, que sei que você gosta". - Selma

"Ufa, nem tudo está perdido então, vou fazer o café" - Day

Sua mãe sentou-se à mesa, enquanto Day colocava água no fogo. De costas para Day, Selma perguntou:

P L A Y - Parte 1Onde histórias criam vida. Descubra agora