Prologue

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*Espero que curtam a história. Fiz me baseando um pouco no álbum Wings e Young Forever*

Nunca imaginei que existisse outro lugar além das paredes daquele hospital, onde passei 3 longos anos. Haviam três coisas grandiosas na qual sentia falta. A luz, o ar fresco e de uma vida normal. É claro, nunca pensei que seria tão fácil manipular uma enfermeira para conseguir escapar daquele lugar horrível. Mas sendo assim, estou feliz por ter feito. Embora fosse errado, eu sabia que era o único jeito de conseguir algo aqui fora. Graças aos ensinamentos de um ótimo professor de coreano, consegui aprender fluentemente pouco antes de vir para a Coréia do sul. Em compensação, minha família nunca mais deu falta de mim. Não sabem nem sequer o que houve comigo. Sou de uma cidade na Louisiana. O nome é Nova Orleans. Mas cá estava eu, sozinha e sem ter para onde ir.
Não tinha nada, se não um cartão de crédito roubado, e uma mala de roupas que trouxe comigo, no qual consegui resgatar da clínica.
Busan era uma cidade incrível. Haviam muitos habitantes, embora no subúrbio onde me encontrava tivesse uma quantia bem menor de moradores.
Estava a procura de um apartamento qualquer, por mais simples que fosse, para que pudesse ficar até conseguir um trabalho e poder bancar algo melhor.
Passei por uma placa de aluga-se em um apartamento no subúrbio, onde o porteiro era um senhor que aparentava ter pouco mais de 65 anos. Para em frente ao grande edifício, respirando de forma profunda.

- Olá, precisa de algo? - O senhor se referência a mim, com completa educação.

- Sim, na verdade eu gostaria de saber se o senhor tem algum apartamento disponível. É de extrema urgência.

- Claro que sim. Pode vir comigo. Vou te mostrar tudo - ele pega uma bengala , que o ajudava a se apoiar e se manter de pé. Subi as escadas bem atrás do senhor que ia devagar. Ofereci ajuda, apesar dele ignorar totalmente o fato de eu ter sido sensata o suficiente para tentar ajudá-lo. Logo, vejo um garoto passando por entre o longo corredor no primeiro andar onde haviam várias portas. Ele era alto, e aparentava ter em torno de 20 anos. A idade dos coreanos era de certa forma, imprevisível.
Ele se aproxima me fixando de cima a baixo, enquanto estava ali parada segurando minhas malas. Havia um pirulito redondo em sua boca, então ele simplesmente me lançou um meio sorriso, e logo voltou a olhar para o senhor.

- O senhor deveria estar lá em baixo, vovô. Quantas vezes tenho que dize-

- Não seja idiota, Nanjoom. Tenho forças suficientes para subir e descer escadas. Agora pegue as malas da garota, e leve-as para dentro - O senhor era gentil, porém com o cara que supostamente parecia ser seu neto, ele mantinha o tom rude.

- Posso levá-las, não se preocupe - digo quando fui receber a ajuda - A propósito, sou Freya Becker.

- Sou Kim Seung-lin, sou o caseiro do edifício. Já que Nanjoom está aí... Bom... Pode mostrar o apartamento a ela, Nanjoom?

- Eu tenho algum tempo, então... Sim, eu posso.

O Senhor Lin só ascensão com a cabeça e se vai em passos leves, enquanto o suposto Nanjoom, se abaixa para pegar a chave debaixo do capacho. Quando finalmente a tem em mãos, gira na fechadura, e abre a porta, ascendendo a luz. Entro logo atrás, o observando posicionar as malas em um canto qualquer da pequena sala. Nanjoom concenteza esperava que eu dissesse algo, mas estava incerto. Então ele mesmo começou a conversa.

- Então gatinha... De que buraco veio? Está na cara que é americana. Posso ver pelo seu nome, e pelo seu sotaque que ainda persiste mesmo com o seu coreano - ele me dirigiu, olhando-me de canto.

- Gatinha? - arqueio uma sobrancelha.

- Não posso dizer que é feia, então sinto muito - Sorri em tom de deboche.

- É, sou de Nova Orleans.. já ouviu falar? Louisiana, Estados unidos...

- Veio da cidade mais assombrada dos estados unidos? - ele pergunta.

- Não é lá muito assombrada. As estratégias de Marketing que são um pouco exageradas - sorrio.

- Sou Kim Nanjoom..moro aqui do lado. E meu avô cuida desse lugar, como pode ter notado - Ele justifica.

- Seu avô parecer ser legal...você também, eu acho - Digo.

- Se eu fosse você, não acharia. Teria certeza - Ele gargalha - Bom quer que eu te mostre o apartamento ou..

- Não precisa me mostrar. Vou ficar com ele. Não estou podendo escolher muito no momento. Mas obrigada - Digo, em gentileza. Nunca foi do meu feitio ser gentil com ninguém, porém, aqui fora era aqui fora. Não estava mais na clínica. Só tinha que me lembrar disso, então estaria tudo ótimo. Esperava também que os remédios que roubei fizessem efeito. Não quero ter que ver todos testemunhando os surtos de uma vizinha louca e doente.

- O prazer foi meu, gatinha. Aliás, Freya não é? Quer sair hoje? Pra conhecer a cidade. Tenho uns amigos..

"Por Deus, Freya... Não se envolva nas ideias de um cara que nem conhece."

- Claro... Eu vou ...

- Certo. Te vejo no terreno baldio perto do metrô abandonado - Caminha até a porta fazendo uma breve pausa - Te vejo a noite.

- Espe-

Logo quando ia lhe dirigir a palavra, o mesmo sai caminhando pela porta. Não imaginava o porquê tinha aceitado seu convite, já que sequer o conhecia direito. Tudo o que sabia era seu nome e onde morava. Mas talvez isso já fosse o suficiente. Nanjoom não parecia nada com uma pessoa ruim, tampouco, agia como tal. Apesar de ser um pouco abusado demais, havia simpatizado com ele.
Apenas corri até a porta e o avistei no fim do corredor onde haviam as escadas. Como diabos eu iria saber onde fica esse lugar?

- EI.. - grito alto o suficiente para que ele pare sua caminhada - ONDE FICA ESSE LUGAR??

- Você não parece burra, Freya Becker... Ache sozinha - Ele grita de volta em alto e bom som para que eu possa ouvi-lo.

Tentei pedir para que esperasse, tanto quanto cogitei em correr atrás dele, porém, não havia muito o que se fazer. Eu certamente teria que me virar hoje. Ou poderia nem ir, já que concenteza seriam apenas garotos.
O que me importava naquele momento era que tinha um lugar pra ficar. Nenhum dos enfermeiros, ou sequer meus pais pensariam em me encontrar ali. Estava a salvo pronta para viver minha nova vida fora das paredes daquele lugar onde os gritos eram permanentes e a dor, mútua.

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⏰ Última atualização: Jul 05, 2018 ⏰

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