Esperar dói, esquecer dói, mas não saber se deve esperar ou esquecer é a pior das dores. - Paulo Coelho
Carol sabia que deveria dizer algo, deveria fazer algo. Ela via Day branca feito papel e aquilo a fazia querer correr dali com ela, fugir, sempre fingindo a pequena Carol. Nunca teria coragem? Ela segurou de volta a mão de Day, como se quisesse fazê-la voltar a si. Desceram as escadas devagar, esperando ganhar tempo para tentar entender tudo aquilo. Porque sua mãe havia chamado Bruno? - Pensou Carol. Mas agora ele estava ali e não fazia sentido algum pra Carol ele estar ali. Haviam ficado juntos na época do colégio, coisa de adolescentes. Filho do prefeito da cidade, sua mãe sempre dizia para Carol que ele era um bom menino para ela, mas Carol sabia que nunca havia sentido nada por aquele garoto. Seu sueter vinho, calças e sapatos sociais eram evidências de que o menino era da parte conservadora da turma.
"Oi, Bruno" - disse Carol educadamente
"Oi, Carol, quanto tempo".- Bruno
A mãe de Carol tinha nos olhos veneração por Bruno e Day percebera.
"Que moço educado, não é Carol? Vou logo arrumar a mesa para servimos o jantar, me dêem licença" - Roseli
"Toda, Sra. Biazin. Estou ansioso para comer novamente sua comida" - Bruno
Day revirou os olhos vendo a mãe de Carol andar depressa em direção à cozinha.
"Não vai me apresentar, Carol?" - disse Bruno apontando para Day
"Essa é Day, minha... Amiga" - Carol
Day juntou forças de onde não tinha, primeiro para engolir as palavras de Carol dizendo que ela era sua amiga, depois para cumprimentar o engomadinho, filhinho de papai. E finalmente conseguiu, estendeu sua mão sem dizer uma palavra, seus olhos fixos e bravos no garoto, Bruno retribuiu o gesto, apertando de volta a mão de Day.
"Eu a vi na TV, era aquela garota que tinha uma namorada, não era?" - Bruno
Moleque insolente! - Pensou Day
Carol engoliu em seco só de pensar que Day havia sido de outra pessoa. Taurina nata, sentiu os ciúmes ferver dentro do seu estômago e também tentou se controlar.
Day mordeu o lábio inferior e respirou fundo ante de responder, agora bem ríspida:
"Na verdade, como é mesmo seu nome? Ah lembrei, na verdade, BRUNO, eu sou a garota que cantou na TV. Essa parte, chegou a ver?" - Day
"Ah, sim! Não perdia um programa assistindo a Carol, aliás grande injustiça ela não ter ganho". - Bruno
Day sentiu seu rosto corar de raiva, mas seguiu plena em suas respostas para o menino que tinha o cabelo que parecia que a mãe havia penteado:
"Eu concordo com você, Carol deveria ter ganho o programa" - Day
"Como assim? Você também estava competindo, como acha que Carol deveria ter ganho?" - Bruno
Uma pessoa cretina como você jamais entenderia. - Pensou Day, mas acabou dizendo:
"Eu só acho, ué?" - Day
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P L A Y - Parte 1
FanfictionVocê pode fechar os olhos para as coisas que não quer ver, mas não pode fechar o coração para as coisas que não quer sentir.