Capítulo 16 - Suspeito

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POV Narrador

Maria e Andrade chegaram ao local do evento. Iriam conversar com o dono do evento, e ver se podiam tirar alguma informação. E se não conseguissem, o caso seria encerrado de vez.

Maria estava tensa. Não era de desistir fácil, mas os recursos estavam acabando. Aquela era a última chance deles.

O evento já estava sendo fechado e tudo já estava coberto. Parecia que teve algum tipo de parque aqui e um torneio para concorrer um carro. Aquilo conectava grande parte do caso.

Chegaram até um trailer, que apregoa velho e acabado. Andrade bateu na porta, e esperavam.

Um homem saiu. Estava com uma camiseta regata branca e com um jeans bem largo. Tinha cavanhaque mal feito, e estava com um copo de bebida na mão.

- O que vocês querem? — perguntou o homem.

- Polícia Local, precisamos te fazer algumas perguntas — disse Maria.

- Olha, se for algum tipo de papelada ou autorização, está tudo na prefeitura — respondeu o homem.

- Não é isso que queremos saber — disse Andrade. Ele pegou uma foto de Lara no bolso — Conhece essa garota.

Ele pegou a foto e ficou um tempo observando. Maria não tinha tempo para bêbados que, de tão chapado, nem parecia reconhecer a menina.

- Acho que lembro sim — disse o homem — Ela participou do evento aqui. Se não me engano, ela ganhou, porém discutiu com uma amiga dela que participou junto. Começaram a fazer uma briga e saíram. O prêmio era um carro zero.

Uma amiga? Maria tinha várias suspeitas. E, se ganharam, por que Lara e Júlia ainda andavam com uma camionete velha? Aquilo só aumentavam as suspeitas.

- Pode descrever essa amiga? — perguntou Maria. Já havia um suspeito em mente.

- Bom, acho que era bonita — disse o homem — Acho que era uma loirinha e tinha 18 anos. Depois da briga, essa morena saiu de um lado junto com outros dois. Não lembro quem era, mas...

- É o bastante — disse Maria. Agora tirou as dúvidas que restavam.

Sem entender, Andrade a seguiu.

- Espera, não vai ouvir o resto? — perguntou Andrade.

- Eu sei quem é, e tenho quase certeza do que aconteceu — disse Maria. Ela parou na porta do carro, e olhou para Andrade — Foi Júlia.

- A namorada dela? — perguntou Andrade — Mas por que? Além disso ser impossível, não faz sentido algum. Você se lembra de quando fomos falar com ela, e ela estava em choque?

Maria lembrava. Logo quando Lara estava em coma, Júlia ficava lá todos os dias. Não puderam perguntar nada para ela, pois estava em verdadeiro choque.

Maria conhecia sua intuição. Viu nos olhos de Júlia um horror horrível, mas também viu culpa. Se estivesse certa, poderia resolver tudo.

- Isso não é uma prova concreta — disse Andrade — E assim, eles vão fechar o caso. Foi só um acidente.

Então, eles ouviram um barulho estranho. Vinha de dentro do carro, um chamado do rádio. Maria abriu o carro e pegou o rádio.

Amando NovamenteOnde histórias criam vida. Descubra agora