11;; notas ;;11

136 19 11
                                    

jjw;; quando começo a amar
tudo de mim,
se sente no mar .

–Por que eu tenho que saber como calcula isso?!– exclamou Somin, batendo a mão na apostila aberta sobre seu colo com raiva.– Eu não quero saber que filósofo grego criou essa coisa!, eu só quero vender minha arte na praia!

–Eu quero saber quem criou isso! Assim eu posso matar ele quando eu viajar no tempo.– Jackson rebateu, enfiando a cara no livro e amaldiçoando o grego por ter sido tão esperto.

–Também não é pra tanto, meu anjo.— Sandara tinha sido a única a entender como realizar aquele cálculo mas não fazia a menor ideia de como explicar para os outros. Então ela se concentrava em fazer trancinhas no cabelo de Jiwoo, esta que nem se preocupava com a matéria já que não teria que fazer aquela prova.

–Eu desisto. Jiwoo, me explica aqueles negócios do terremoto, por favor?– Jooheon não aguentava mais olhar aquelas páginas cheias de cálculos e números, portanto, resolveu passar para o conteúdo da outra prova que teriam naquele dia—geografia.

–O que você quer saber?– A mais nova do grupo era a melhor em geografia, se duvidassem, ela sabia mais do que a própria professora.

–Epicentro, Hipocentro...

–Epicentro é onde se sente e Hipocentro é onde ele começa, não tem nada de difícil.– ela deu de ombros após explicar.

–Eu não consigo me lembrar disso, de jeito nenhum.–Somin grunhiu frustrada, dando uma rápida lida nas anotações que preenchiam a página.– alguém inventa uma musica ou algo do tipo, pelo amor de Deus.

–Faz assim: Hipo lembra hipopótamo, quando um hipopótamo pula, ele cria um tremor. Pronto!

–Que loucura. Vou usar!

Na hora da prova, Somin e Jackson sentiam como se nunca tivessem visto nenhum daqueles conteúdos, nenhuma resposta vinha à mente de ambos os adolescentes, nada. Era como se todo o tempo estudando tivesse sido jogado no espaço e se desintegrado rapidamente; aquilo era, no mínimo, assustador e, no máximo, desesperador. Mas Somin já estava desesperada e não conseguia mais focar na prova.

Ela olhou para o lado, conseguindo ver Taehyung algumas cadeiras depois da sua, quase do lado da janela. Ele estava mordendo a tampa da caneta e batucando a carteira ansiosamente, a cabeça estava abaixada ao passo que ele lia o texto movendo os lábios lentamente; observar o namorado com toda a aquela calma fez com que seu nervosismo diminuísse, era como se a paz que ele aparentava sentir fosse passada para a garota.

Aos poucos ela conseguiu controlar a respiração e começar a marcar as alternativas, sem tirar os olhos do papel ela conseguiu terminar a prova um pouco antes do sinal tocar– o que era muito bom, pois ela sabia que se sobrasse um pouco de tempo ela revisaria a prova milhares de vezes e começaria a duvidar de tudo o que já tinha marcado. Após a primeira prova, que tinha sido de geografia, ser recolhida, os alunos receberam a de matemática.

45 minutos de puro estresse e nervosismo depois, eles estavam liberados para ir para casa. Somin saiu rapidamente e ficou do lado de fora esperando Taehyung e Jackson que conversavam alguma coisa com outros garotos que estudavam com eles; Taehyung saiu da sala ainda conversando com seus colegas, mas se despediu após notar Somin com um semblante abalado o esperando. Sem nenhuma palavra, ele a deu um abraço lateral e guiou-a até os portões, onde encontraram o resto dos amigos. Jiwoo conversava com Jooheon e já tinha sua bengala estendida, pronta para ir embora.

–Se tem uma coisa que eu odeio é fazer prova, meu deus!– Kim exclamou ao se aproximar dos outros.– Parece que meus neurônios morreram, puta merda!

–Que neurônios?!– zoou Jackson.

–Os que você não tem, burro!– rebateu.

–Meu deus, nenhum dos dois tem neurônios. Vamos pra casa, talvez comer faça vocês ficarem mais espertos.– Momo puxou Jackson para o ônibus que os levariam para casa, acenando para os amigos.

–Podem ir, eu preciso falar com o Min. Até amanhã!– Jooheon queriam ver como estava o namorado antes de voltar para casa, estava sendo uma semana apertada para todos.

–Tchau, Lee!– Jiwoo depositou um beijo na bochecha gordinha e deixou Sandara guiá-la no meio daquela multidão. Andaram algumas quadras sem proferirem nenhuma palavra, aproveitando a calmaria daquelas ruas que, mesmo no horário do almoço, eram pouco movimentadas. Algumas crianças riam no outro lado da rua, provavelmente as crianças da creche tinham acabado de almoçar e estavam no parquinho.

Jiwoo tropeçou em num desnível e quase foi ao chão, como costumava acontecer frequentemente quando era menor. Os joelhos e cotovelos estavam sempre cobertos por esparadrapos na infância, nos dias de hoje, eles estavam cheios de hematomas roxos ou avermelhados.

–Tem como eu voltar a ser nenê, e poder fazer uma prova onde a pergunta mais difícil é escrever o próprio nome?– Somin perguntou sonhadora.

–A prova foi tão difícil assim?– Jiwoo não fazia provas com eles, ela tinha provas orais para algumas matérias, outras, como matemática, ela não podia fazer pois não conseguia escrever e os problemas tinham se tornado complicados demais para serem resolvidos oralmente.

–Sim. Foi uma merda, eu me senti uma merda. E eu tenho certeza que se eu tirar uma nota ruim meus pais vão parar de me ajudar a pagar o aluguel do apartamento.– ela tinha um dever: tirar notas boas sempre; se conseguisse fazer isso poderia morar com os amigos e ter ajuda financeira dos pais. Caso não o fizesse, ficaria sem a ajuda e consequentemente voltaria a morar na casa dos progenitores.

–Calma, So, eu tenho certeza que você foi bem.

–Não fui, não. Eu sou uma anta quadrada!

–Somin, Taehyung e Dara, quantas zilhões de vezes eu terei que falar que não são números anotados no topo de uma página que definem o quão inteligentes vocês são? Que não vocês não são seu passado? Que não é uma tabela de peso e altura ideais que iram definir se vocês são bonitos ou não? Que não é por que você não canta, não se veste ou ama como os outros que você é menos merecedor de amor e carinho?!– ela tinha parado de caminhar e com ela, os outros três também.– eu não enxergo as pessoas, e isso me deixa ver com mais clareza o caráter delas; eu juro que nunca, nunca em toda a minha vida, o tom de pele, a média escolar, o corpo ou a orientação sexual tornou alguém mais burro ou inteligente ao meu ver.

–Ser se um jeito ou de outro é o que nos diferencia de uma multidão que busca alcançar algo inexistente: a perfeição. Além de inexistente, ela é chata, então por que vocês insistem em serem perfeitos? Ou em terem as notas perfeitas? A perfeição nunca levou ninguém a lugar nenhum!


oi rs
eu demorei MUITO dessa vez e eu até me envergonho disso, porém, eu tive uma semana de provas muito louca, uma viagem, outra semana q eu passei estudando e só agora eu entrei de férias:((
eu espero conseguir escrever mais agora, desculpem por tudo


KARD VAI FAZER COMEBACK ESSE MOMENTO É TODO MEU

blind dancer [bwoo/taeso]Onde histórias criam vida. Descubra agora