8. Barry

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-Isso é por aquele dia. - Amélia disse colocando à sua frente um copo de café com o logo do Jitters. Barry sorriu em agradecimento.

-Não precisava, Amélia.

-Você não me deixou levá-lo para tomar um café, então essa é minha maneira de agradecer. Apenas não vá se acostumando, meu dinheiro está curto esse mês.

Barry não pode deixar de rir, Amélia parecia muito com ele quando era um jovem CSI sem experiência e individado com com as dívidas estudantis.

-Como esta a convivência com os outros? Eles ainda te ignoram?

-Até que estamos indo bem, devo dizer que eles se renderam ao meu charme inigualável. - Amélia jogou o cabelo escuro para trás do ombro e riu. - Minha mãe sempre diz que todos um dia se rendem ao meu charme.

-Tenho certeza que sim. - concordou e tomou um gole de seu café, rapidamente reconheceu sendo um Flash.

-Barry, posso fazer uma pergunta?

-Claro.

-Você estaria muito ocupado para ajudar com um caso? - Amélia questionou torcendo as mãos, ela parecia ansiosa. - Sei que é o chefe e vive ocupado, mas eu realmente não sei que caminho seguir.

-Claro. Às vezes é bom colocar a mão na massa de vez enquanto. - afirmou já se levantando. Amélia sorriu e assentiu.

Os dois seguiriam até o laboratório, Amélia tagarelava sobre as formas com que estava tentando lidar com o problema  do caso, dizia que todos já haviam pensado em como ajudar, mas ninguém havia conseguido chegar a lugar nenhum.

-Mas você é o chefe, o melhor CSI daqui, tenho certeza que vai conseguir solucionar isso.

-Não acho que eu seja o melhor, eu apenas me esforço. - disse um tanto envergonhado com todos os elogios. - Mas qual o caso mesmo?

-Roubo a uma joalheria. Não achamos impressões digitais ou pegadas ou qualquer coisa que nos levasse até o ladrão.

-Algo incomum aconteceu no local?

-Não, ele ou eles entraram e saíram sem chamar a atenção ou acionar o alarme. - Amélia disse um tanto frustrada. - Não deixaram nada para trás.

-Eles sempre deixam ao para trás, ninguém é perfeito. - afirmou pegando a caixa com todas as pistas. Amélia estendeu um par de luvas descartáveis.

-Está na hora de ver o super Barry em ação. 

Barry riu. Era tão estranho como às vezes ser apenas ele era melhor do que ser o Flash.

[...]

Ele abriu a porta da casa e se surpreendeu ao não ouvir nenhum tipo de grito ou barulho, retirou o casaco e o guardou no cabide. Seguiu lentamente até a cozinha a encontrando vazia, olhou para o relógio em seu pulso que marcava 21:34, geralmente naquele horário as crianças ainda estavam na sala terminado seus deveres ou jogando vídeo game.

Subiu até o segundo andar, a porta que ficava na frente da escada era a de Ed, bateu três vezes e esperou algum barulho vindo de dentro, porém houve apenas silêncio. Segurou a maçaneta e abriu a porta, o quarto estava escuro e apenas a tela do notebook iluminava o rosto de Ed, ele usava um grande fone sobre as orelhas. Barry se encostou no batente e observou o filho imerso no mundo virtual, tateou a parede ao seu lado até achar o interruptor e então a luz se fez.

-HEY! - Ed se virou para ele com o olhar irritado, Barry se preparou para lhe dar um belo sermão sobre o volume de seu jogo quando notou o olho arroxeado dele.

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