Capítulo 1

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O dia estava sendo bom, S/n havia conseguido sair mais cedo do trabalho e aproveitou para passar no mercadinho próxima a sua casa.

-Chegou cedo hoje, senhorita. – O senhor que sempre a atendia comenta enquanto passava as compras no caixa.

S/n sorri quase saltitando.

-Estou louca para chegar em casa e não fazer nada. – S/n diz guardando os alimentos em uma sacola.

Após tudo devidamente guardado e pago, S/n sai do mercadinho, atravessa a rua e chega em seu apartamento.

Ela morava em um prédio antigo que possuía apenas cinco andares, o de S/n ficava no primeiro andar, apartamento 10. S/n sempre preferiu subir de escadas e naquele dia não foi diferente, após dois lances e uma pequena caminhada pelo corredor S/n chegou em frente à sua casa. Ela procurou rapidamente as chaves em sua bolsa e após coloca-las e gira-las na maçaneta entrou.

Assim que S/n botou o pé dentro de casa ela sabia que tinha algo de errado. A sala e a cozinha pareciam normais, mas S/ n sabia que tinha algo estranho. Ela deixou as sacolas na bancada da cozinha e caminhou lentamente pelo corredor do apartamento, a primeira porta que ela abriu foi a do escritório, normal. A segunda foi a do quarto, tudo normal. A última foi a do banheiro, a porta estava entre aberta e quando S/n a empurrou foi possível ver o caos. Todos os produtos estavam espalhados no chão, assim como vários pedaços de papeis.

- O que... – S/n começa, mas se interrompe ao ouvir um grunhido.

Pode parecer loucura, mas ela mais do que depressa correu em direção ao barulho e acabou chegando na sacada onde em um canto encolhido encontrou uma bola de pelos vermelhas.

-Oi amiguinho. – Ela diz se aproximando do animal. – Como você chegou aqui eim? – O animal se encolhe ainda mais. - Não, não, não, eu não vou te machucar.

Lentamente S/n se aproxima da bolinha de pelos vermelhas que a olhava assustado e suplicante, ao se aproximar do animal ela pode ver que ele estava com a barriga inchada e a pata traseira machucada.

– Não se preocupe amiguinho eu vou cuidar de você.

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Cerca de meia hora depois, seu vizinho e melhor amigo e veterinário Namjoon estava na casa de S/n terminando de enfaixar a patinha do animal.

-Como uma raposa veio parar na sua sacada? – Namjoon pergunta.

-Eu não sei. -S/n responde. – Quando eu cheguei em casa o banheiro estava um caos e ele estava gemendo lá fora.

-Essas coisas só acontecem com você. – Namjoon comenta rindo após terminar de enfaixar o animal. – E o que você pretende fazer?

-Vou ficar com ele até melhorar e depois soltar na natureza. – S/n diz rindo.

-Me parece ótimo. – Namjoon fala batendo as mãos como se tirasse o pó delas. – Qualquer coisa me avisa.

-Espera, o que eu dou para ele comer? – S/n indaga.

-Ovo, você pode comprar alguns pedaços de frango e dar também, algumas frutinhas. Você pode até dar um pouquinho de leite também. Mas fica de olho, acho que alguém chutou a barriga dele, por isso pode ser difícil comer ou beber. – Namjoon dita.

-Obrigada. – Namjoon sorri antes de sair da casa. – Agora somos só nós amiguinho.

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Os primeiros dias foram bem difíceis. A raposa passava a noite inteira chorando de dor e quase não comia, mas após algumas doses do anti-inflamatório receitado por Namjoon a raposa pareceu melhorar drasticamente, já não mais chorava e comia até demais e em menos de duas semanas S/n estava em um parque soltando a raposa.

-Agora você está livre amiguinho. – Ela dizia. – Vê se não se mete em mais problemas e nem invada mais a casa dos outros viu? Pode ser perigoso.

A raposa estava sentada na frente de S/n a olhando atentamente.

-Agora vai. – S/n fala. – Vai, vai.

E após alguns empurrões a raposa entrou na mata e sumiu de vista.

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A verdade é que nos primeiros dias S/n sentiu falta da companhia da raposa e isso a levou a começar a cogitar a ideia de adotar um cachorrinho. Mas ela não teve tempo de amadurecer a ideia, por que três dias depois, ao chegar em casa S/n encontrou a raposa sentada em seu sofá.

-Mas o que?! – Ela exclama.

A raposa pulou do móvel e se aproximou da jovem.

-Não, não, não. – Ela dizia. – Você não pode ficar aqui.

A raposa soltou um grunhido fazendo S/n rir.

-Ta bom, só hoje.

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Mas hoje virou amanhã que virou depois de amanhã, que virou uma semana que virou dois meses e a raposa continuava na casa de S/n.

-Você não pode ficar com ele. – Namjoon exclama certo dia.

-Não é que eu o force a ficar. – S/n se defende. – Ele simplesmente continua vindo.

-E você não faz nada para impedir, não é? – Namjoon rebate e S/n apenas sorri dando de ombros.

É, ela não fazia nada para impedir, e quem poderia culpa-la? Ela gostava do animal, ele gostava dela, parecia a relação perfeita.

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O dia estava sendo bom, S/n havia conseguido sair mais cedo do trabalho e agora voltada alegre para casa, para sua raposinha, mas ela quase caiu para trás ao abrir a porta do apartamento e ver um homem alto e ruivo andando pela casa.

Ela juntou todo folego que tinha para gritar, mas antes que pudesse concretizar o ato uma mão tampou sua boca encontra a outra que fazia o par colocava a mão em sua cintura e a puxa para dentro do apartamento e, de alguma forma, fechava com um baque.

S/n olhou para o rosto a frente, para aqueles olhos castanhos de alguma forma não sentiu medo.

-Você chegou cedo. – O homem fala removendo a mão da boca de S/n. – Eu não esperava te ver aqui agora.

-Quem é você? – S/n pergunta em um sussurro.

-Eu não esperava contar dessa forma. – O homem se afasta passando a mão pelos cabelos. – Na verdade eu não esperava ter que contar.

-O que...

-Ham... – O homem a olha com um misto de receio e determinação. – Sou eu.

-Do que você está falando? – S/n questiona dando um passo para trás.

-Sou eu, sua raposa.

E foi nesse instante que ela viu um rabo vermelho sair do homem e no segundo seguinte S/n desmaiou.

Hybrid Love (Taehyung Long Story)Onde histórias criam vida. Descubra agora