Camilla nunca acreditou que a vida de alguém se alteraria tanto apenas com uma mudança de bairro, a garota morava apenas com sua mãe em um apartamento no centro de Nova York, tendo como sua unica preocupação tirar notas boas na escola, e não ser ass...
Faz 2 semanas que estou dando aula de violão para William, e até que ele está pegando o jeito, não falamos nada sobre o dia que ele foi me buscar na casa de Lauren, o tratado de paz está indo bem para surpresa minha e de Lauren, outra coisa que está nos deixando bem surpresa é que William não está com ninguém da escola, o que é algo bem raro.
Bryan e eu estamos nos tratando bem e conversando bastante, comparado a antes, ele é bem irritante as vezes mas é bem engraçado.
— William! Eu vou pegar esse violão e bater com ele na sua cara se você não parar de graça e fazer logo esse acorde! — exclamei brava.
Eu estou dando aula e ele não para de fazer piadinhas, dar risada e me irritar.
Nós estabelecemos um horário das aulas, toda terça e quinta das 15 às 17 horas, é bem melhor porque agora ele não chega invadindo meu quarto e falando "Olá Camomilla vim para aula", ele fazia isso direto mas aí resolvemos - eu na verdade - colocar um horario.
— Calma Camilla, você está muito estressada, não teria coragem de bater nesse meu rostinho lindo com um violão, né? — riu, piscando várias vezes.
— Ah, pode apostar que eu teria! — cruzei os braços. — Eu desisto de te dar aula! — vociferei levantando e indo guardar meu violão, William parou de rir.
— Ah não, Camilla. Você não pode parar de me dar aula! — implorou, também ficando de pé, agora me levando a sério.
— Pensasse nisso antes de ficar me irritando! — retruquei de mal humor, cruzando os braços e virando para o encarar.
Eu não vou parar de dar aula para ele, mas por hoje chega, ele já me irritou demais por um dia.
— Por favor. — implorou, serio. — Por favor, por favor, por favor, você não pode parar de me dar aula.
— Eu não vou te dar mais aula. — fiz uma pausa para causar mais efeito, o que fez e ficar tenso. — Por hoje.
— Ah! Graças a Deus! — ele levantou as mãos, soltando um suspiro de alívio. — Você é a melhor professora que existe! — ele caminhou até onde eu estou e me deu um beijo rápido na bochecha.
— Eu sei. — resmunguei olhando ele se afastar com um sorriso vitorioso.
— Eu não vou mais te irritar! — prometeu, levantando a mão direita. — Por hoje, é claro. — ele sorriu e eu revirei meus olhos, respirando fundo tentando me acalmar.
Ele começou a colocar seu violão dentro da capa e pegar os exercícios que ele não tinha feito. Perdemos 1 hora da aula só brigando, porque ele ficava me irritando, resumindo: eu não expliquei nada.
— Até daqui a pouco, Camomilla.
Ele e essa mania de me chamar assim, perguntei milhões de vezes porque desse apelido mas ele nunca me fala, e sempre quando eu peço para ele parar de me chamar assim, ele me olha, levanta as sobrancelhas e fala que não vai parar.
William saiu do meu quarto, me deixando reclamando sobre a aula que não aconteceu.
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