Capítulo 4

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Peguei um copo de café o mais rápido possível "até daqui a pouco", disse passando por Henry e Giselle. Eles me ofereceram um sorriso, o que me deixou mais nervosa, perder o primeiro emprego no primeiro dia era um absurdo. Ri de nervoso. Passei na minha sala e peguei meu tablet e fui em direção a sala de William. Dei duas batidas na porta. 

"Entra", ele disse. Entrei, e ele estava olhando uns papéis e digitando rapidamente em seu notebook. William estava de óculos, ele conseguiu ficar mais sexy que nunca. Ele me olhou. Eu nunca vou me acostumar com sua beleza. 

"Sente-se, Maite", ele disse apontando para cadeira. Sentei e o encarei. Onde está o Mai... 

"Vejo que faz amizades muito rápido", ele forçou um sorriso. 

O fitei por alguns segundos e antes de responder sua observação, estendi minha mão com café oferecendo. Será que ele gosta de café? 

Fiquei segurando o café por uns dois minutos e me arrependi.

"Obrigada", ele disse me surpreendendo pegando o café. 

Ofereci um sorriso, "Por nada"

Ele levou o café até a boca e deu o primeiro gole, acompanhei com os olhos o movimento de sua garganta; o liquido descendo pouco a pouco. Estremeci. 

"Hum", ele disse lambendo os lábios saboreando. Ai meu deus. "Muito bom, Mai" 

"Precisa de algo, S.r. Levy?", disse apertando o tablet com força. Será que vai ser sempre assim, ele me causando arrepios e estremecendo todo meu corpo. 

Ele colocou o copo com a maior tranquilidade na mesa e voltou sua atenção ao notebook, "A pasta que Rubi te entregou tem todas minhas reuniões, preciso que remarque tudo, pois meu pai chega amanhã de manhã" ele me fitou e eu confirmei com a cabeça "E eu passarei a parte da manhã com ele, só chego aqui duas horas." 

"Certo, sr. Levy" disse digitando tudo no tablet. "Algo mais?", olhei para ele. 

"Sim, faça reservas em meu nome no Estaly NYC Flation" ele olhou em seu relógio por alguns minutos, como se estivesse anotando mentalmente tudo que tem que fazer no dia, "Sete e meia.", disse por fim. 

"Para quantas pessoas?" Perguntei. 

"Duas pessoas." Meu olhar que estava no tablet, automaticamente o encarou. 

"Peça a mesa de sempre, por favor" concordei, anotando o horário. "E envie um buquê de rosas vermelhas" voltei minha atenção para ele. William estava me olhando atentamente, como se tivesse procurando algo, "Aqui está o endereço", ele disse me entregando um cartão. 

Peguei o cartão e seus dedos encostaram na minha pele. Foi como se eu tivesse tomado um pequeno choque. Passei os olhos rapidamente pelo cartão e vi o endereço, virei do outro lado e estava escrito:  Seja bem-vinda de volta, Querida. Te pego às 19:00 para irmos no seu restaurante preferido. Seu Will" Meu estomago embrulhou. Seu Will. 

"Está tudo bem, Mai?" Perguntou sorrindo. Acendi. Porque diabos esse homem está sorrindo.  "Repasse essa mensagem no verso para um cartão em branco"

"Sim", minha voz saiu um pouco tremula, "Algo mais, Sr. Levy?", disse me levantando. 

Ele me encarou por alguns segundos como se tivesse algo mais para falar, mas não fez.

"Não Mai, pode se retirar" disse voltando sua atenção ao notebook. 

Sai o mais rápido possível daquela sala. Ele vai jantar com uma mulher. E porque eu estou incomodada com isso? Isso não é da minha conta. Caminhei até minha sala e me concentrei nas minhas tarefas; remarquei todas reuniões de William, organizei as pastas e todos documentos. Também fiz as malditas reservas e enviei o buque de rosas vermelhas. 

Quando percebi já era cinco horas e comecei arrumar minhas coisas. O telefone tocou e eu atendi. "Escritório Levy's Revolution, Maite falando" 

"Seu taxi já está a sua espera, senhorita Maite" uma voz masculina muito agradável do outro lado da linha disse.

Mas eu não pedi taxi nenhum. Claro, Eugenio... "Estou descendo, obrigada" disse e desliguei.

Organizei tudo rapidamente e sai da sala às pressas. 

"Até amanhã, Giselle", disse sorrido passando por ela na recepção. 

Ela acenou sorrindo, "Até Mai, bom descanso." 

Fui direto para o elevador que chegou bem rápido para minha sorte. A porta estava quase se fechando quando uma mão impediu. Meu coração acelerou. Ele entrou, estava absurdamente bonito com seu terno na mão e só com sua blusa social branca com dois botões abertos. Me dei a audácia de olhar para seu peitoral, especificamente para pequena pele exposta, sem ao menos tocar ele sabia que sua pele era macia. Ele deixa o ambiente quente. 

"Espero que tenha gostado do seu primeiro dia" ele disse sorrindo de lado e minhas pernas falharam em resposta e fui obrigada a apoiar minhas mãos no corrimão gelado do elevador. 

"Gostei", disse desviando o olhar. 

A porta do elevador se fechou e a cada andar que passava parecia uma eternidade. Mesmo não o encarando, sentia seus olhos no meu corpo. 

Abanei meu rosto com a mão, "Nossa, aqui está quente."

William soltou uma gargalhada que fez meu coração disparar mais ainda. 

"Qual a graça?" Perguntei sem entender a risada. Em questão de segundos seu corpo estava colado ao meu. Minha respiração aumentou. Seu rosto chegou bem próximo a minha boca e sorriu. Me derreti. Ele vai me beijar.

"Até amanhã, Mai" ele disse e em seguida saiu do elevador.

A porta do elevador se fechou e puxei todo ar possível para meus pulmões. O que foi isso?

O cheiro das flores adentrou em minhas narinas assim que pisei o pé no apartamento. Eugenio. Um buquê de rosas azuis estava na mesa junto com um bilhete: "Te pego as sete. Vista meu presente e coloque aquele salto preto que te dei mês passado. Beijos" Suspirei. 

Abri a caixa e fiquei impressionada com o vestido cinza, ele era simples e ao mesmo tempo elegante. Tinha um decote com umas linhas vazadas e era de manga cumprida. Deixei a caixa de lado e fui direto para o banho, precisava de um longo banho.

Ouvi o barulho da chave vindo da sala e estava terminando de colocar o meu salto. 

"Nossa senhora", Eugenio disse sorrindo. 

"Não exagere" disse me levantando, "Nada mal", olhei no espelho.

"Nada mal?" Ele chegou atrás de mim, "Você deveria aceitar que é a mulher mais bonita de Manhattan" ele sorriu se afastando.

Retribui seu sorriso me olhando, o vestido ficou justo em meu corpo, mas nenhum pouco vulgar. Tinha passado uma sombra marrom, bem clara, quase imperceptível e meus cabelos estava solto.

"Eugenio..." Exclamei, quando ele me entregou uma caixinha vermelha. 

"Vai combinar com o look", ele disse sorrindo. 

"Nossa!" Disse assim que abri a caixa, "não posso aceitar isso" devolvi.

"Se não aceitar, aí sim vou ficar magoado" ele disse fazendo um biquinho. 

"Não é justo" virei para o espelho. "Chantagem" disse encostando minhas mãos na pequena joia em meus pescoço.

"Agora sim", ele sorriu satisfeito. "Vamos lá" 

Saímos e em quinze minutos estávamos em frente ao restaurante. Ele desceu do carro rapidamente e abriu a porta pra mim, estendendo sua mão que peguei de bom grato e acompanhei ele. 

Ele olhou seu relógio, "Estamos na hora certinha", sorriu, "Você vai adorar esse restaurante, é o melhor restaurante de comida Italiana de Manhattan"

Sorri pra ele contagiada com sua alegria, "E como se chama?" 

Ele abriu um sorriso mais largo ainda, "Estaly NYC Flation".

Parei bruscamente, quase fazendo ele cair. 

Estaly NYC Flation. NÃO É POSSÍVEL.

Entre o amor e a vingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora