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Após o banho, Mike sentou-se ao lado de Raquel no sofá de sua sala. Os cabelos molhados de Mike passavam de um tom castanho ao ruivo conforme a luz da televisão refletia.
Mike observou Raquel que não se atentava ao que passava na TV, mas que, concentrada, digitava sem parar em seu celular.
— Está tudo bem? — Mike questionou, roubando por fim a atenção de Raquel que sorriu para ele.
— Estou bem.
— Fiquei sabendo que não está mais frequentando seu psicólogo.
— Não preciso mais dele — Raquel respondeu largando seu celular sobre o sofá e, então foi ao encontro de Mike beijando suavemente seus lábios. Quando se afastou, falou: — Você que parece estranho.
— Esses assassinatos estão me deixando preocupado.
— A polícia cuidará disso, não se meta.
— Eu sei, mas está me parecendo cada vez mais perigoso. Agora precisamos saber quem está vinculado ao relógio que foi roubado de David, pois supostamente é a próxima vítima, porém como vamos descobrir?
— Esse é o ponto, Mike. Você não tem que descobrir nada.
— Você consegue entender que isso está envolvendo a Carla, correto? E não é apenas com ela que estou preocupado, existe um perigo envolvendo minha filha também.
— E o que você pode fazer, Mike? Você não é um detetive, muito menos um policial. Você é um consultor financeiro. Não é você quem deve cuidar dessas situações.
Mike ficou em silêncio e encarou a Raquel. Ela tinha razão, mas o sentimento de largar tudo para proteger Carla era mais forte do que ouvir a razão, ainda mais quando é a razão de alguém que ele enganava amar.
Carla
Enquanto Alice dormia, Carla montava dois painéis. Um painel referente às vítimas e os objetos roubados, e o outro, sobre o novo caso ao qual deveria cuidar. Ela precisava interrogar o marido da vítima, enquanto sua mente se enchia com vários pensamentos a respeito de quem estaria vinculado ao relógio de David.
Ao mesmo tempo em que pensava a respeito, seu coração estava dolorido e não era uma dor física, sentia um aperto em seu peito, uma angústia que sufocava seu pescoço. As mortes em pouco tempo, um assassino solto que agia rapidamente sem deixar quaisquer vestígios. Apenas as cartas os deixavam próximo dele, porém sem qualquer resquício de seu DNA. Além de tudo isso que atormentava sua mente, ainda havia a espera do corpo de David ser liberado para o velório.
Carla iniciou seu gravador e começou a falar sozinha, em voz alta, para juntar as informações que ela analisava.
— Certo, caso número um. Vítima encontrada em sua própria casa, há hematomas pelo corpo, o que sugere um homicídio. Vizinhos comentaram que ela vivia com seu marido, e que eles eram um casal bondoso e silencioso. No momento em que o corpo foi encontrado o marido não estava em casa, encontraram quando uma vizinha foi convidar-lhes para um encontro de casais na igreja. Ela percebeu que a porta estava entreaberta, chamou, porém não foi atendida. Então decidiu entrar na casa para verificar, foi quando viu o corpo da vítima. Neste momento estamos aguardando o testemunho do marido, e pela demora em se apresentar, o tornamos suspeito — Carla suspirou agora analisando o segundo caso. – Caso número dois. Três vítimas interligadas e com a mesma causa de morte. Objetos roubados: um colar, um anel e um relógio. No mínimo, o assassino deve conhecer as vítimas para conseguir fazer essa interligação entre os objetos – o celular de Carla começou a tocar, ela desligou o gravador e o atendeu, era Erick:
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Homem das Sombras [COMPLETO] DEGUSTAÇÃO
غموض / إثارةEm uma metrópoles inúmeros homicídios acontecem dia a dia, alguns casos ganham grandes proporções por conta da mídia e outros esquecidos e comentado apenas por curiosos. Para uma promotora bem sucedida, encarar réus indiciados por assassinatos não...