CAPÍTULO TRÊS

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Alice.

Mais um dia.

Eu já tinha acordado, estou com tanta preguiça para ir à escola. Ontem foi até que legal, não sou de sair muito, mas curte sair com meus amigos. Algumas coisas me fazem ficar chateada demais, o fato de algumas pessoas vim me perguntar se sou filha de traficante é uma delas. Tudo bem que pode ser a coisa mais estranha de se acontecer, sei que meu pai não é uma boa pessoa, sei que já matou e sei muito bem que a polícia é louca para prendê-lo ou até mesmo coisa pior, mas ele é um ótimo pai para mim e para o Lorenzo. Ele nos trata da melhor forma possível, ele trata a minha mãe como uma rainha dentro e fora de casa. Para os que só ver o lado traficante dele, eu não posso falar nada, pois sei o qual errado é as coisas que ele faz, mas ele é meu pai e sempre vou ficar triste quando falam coisa dele.

Sobre George, bom... eu não gosto quando ele fala da Sabrina ou de qualquer outra garota, eu prefiro ficar quieta ou falar qualquer coisa só para o assunto acabar. Ele provavelmente sente algo por ela, mesmo dizendo que quer se afastar. Se ele realmente não sentisse, já teria caído fora a muito tempo.

Me levanto da cama e vou tomar meu banho, depois visto minha roupa e pego meu celular mandando mensagem para George.

Eu: Ei, só vou ir tomar café.

Desço a escada e na cozinha só estava muita mãe.

— Oi, mãe.

— Oi, bom dia. – ela sorrir se sentando.

— Cadê meu pai e Lorenzo?

— Lorenzo está na escola já e seu pai já saiu.

— Nossa, tão cedo assim.

— Pra você ver, mas seu pai tinha coisa pra resolver do outro morro.

— Ah, entendi.

— E como foi o cinema?

— Legal. Pablo e Vanessa levaram companhia.

— E você e George? – ela ergue as sobrancelhas.

— Não levamos ninguém, ué.

— Não, garota, vocês ficaram juntos?

— Hm, assistimos o filme juntos.

— Meu Deus, você é muito lerda. – ela fica em pé e vai até a geladeira. – Vocês ficaram?

— Como assim?

— Meu Deus! Vocês se beijaram? Se pegaram? Você é lerda, hein.

— Não! Somos amigos, nada além disso.

— Mas estavam tão lindos naquela foto. – ela volta a se sentar.

— A senhora viu a foto?

— É claro que eu vi a foto, você acha que não vejo nada?

— Não, claro que não.

Minha mãe rir e volta a comer, termino meu café e fico olhando para o celular esperando mensagem do George, mas nada. Vou pegar minha mochila e seu capacete, saio de casa e vou andando até a sua na espera dele está arrumado.

— George! – chamei do portão. – George!

Não ouvir nada, nem ninguém. Sua moto estava aqui, então provavelmente ele esteja dormindo. Pego meu celular novamente e tento ligar, nada dele atender, então mando mensagens.

Eu: Aonde você se meteu?

George, estou na porta da sua casa e você está dormindo ainda?

FILHOS DO MORRO (GDDM 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora