Tanto o eu ofensivo quanto o inofensivo tem o único vício em comum ou pelo menos um deles: o cigarro.
É como se quando minha parte ruim quer se mostrar, quando o ofensivo quer me dominar, o eu inofensivo oferece um cigarro, e ele se acalma.
Tanto que também quando o inofensivo esta em pânico ou em uma situação de choro, o ofensivo oferece um cigarro pra acalmar.
Acaba sendo um ciclo ruim mas que infelizmente é uma válvula de escape pra ambos.
A bebida por muito tempo foi um problema pros dois lados, exatamente como o cigarro, outra válvula de escape, mas não bebo mais.
Não é fácil parar, sei que minhas amigas cobram muito de mim isso, tanto quanto minha namorada, mas com a bebida sem dúvidas é bem mais fácil de parar.
Teve uma época em que eu disse:
"Vou parar de fumar, no meu aniversário, certeza!"
Um dia após o meu aniversário, eu já estava preocupada como iria reagir sem o cigarro, e foi o que aconteceu, o eu ofensivo explodiu, eu gritava com todos, tremia, e logo já pensava nos cortes, o eu inofensivo quando dominava eu só chorava, e logo vinha a grande e temível ansiedade.
E logo voltei a fumar de novo, já tinha que lidar com muitos sentimentos e problemas, não queria lidar com a abstinência, não por enquanto.
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Minhas Faces em Um Livro
Non-FictionA luta dentro de mim é diária, mal sabia eu que desde criança sou assim, vou contar pra vocês sobre minhas duas personalidades, duas Gabrielas que me controlam, uma inofensiva, e uma ofensiva até demais.