Meu nome é Fuyu Namikaze e eu cheguei no acampamento meio-sangue faz dois dias, no inicio da primavera. A minha vida até aqui nunca foi muito interessante, apenas vivi com o meu pai e sua esposa por 15 anos no japão (eu tenho 16 agora), agora fui mandada para um intercâmbio aqui nos Estados unidos. Por conta da dupla nacionalidade de Haru (a mulher do meu pai) eu consegui um visto de cinco anos, um pouco mais que o necessário para completar o ensino médio, que foi interrompido por uma Dracaenae. Para falar a verdade o monstro parecia mais interessado no Percy do que em mim, talvez por conta da minha progenitora, Despina, a deusa do inverno, que por sinal é bem impopular tanto entre os humanos quanto entre os deuses.
No momento estou indo jantar no refeitório e recapitulando os acontecimentos dos ultimos dias, tentando por em ordem os meus pensamentos. Percy me chama para sentar junto com ele, Annabeth e Grover (o trio dinâmico, ouvi histórias), já que Despina sequer tem uma mesa (por milagre tem um chalé minúsculo).
_ Então Fuyu _ Grover puxa assunto _ você teve sorte de não terem te descoberto antes
_ Talvez seja porque a mitologia japonesa ainda é bem forte lá _ respondo indiferente _ mesmo poucas pessoas realmente acreditando.
Pensei em um katsudon grande e surgiu uma tigela com ele dentro, me dirigi ao local das oferendas e joguei metade (espero que minha 'mãe' goste de comida japonesa, desde que eu cheguei só como isso)
_ Então Fuyu, amanhã teremos a caça à bandeira _ Annie fala entre uma garfada e outra _ é como os mortais jogam, só que mais perigoso.
_ Ah sim, já joguei algumas vezes _ apesar de ter falhado miseravelmente em todas
_ Você tem alguma habilidade que possamos usar em nosso benefício? _ Percy pergunta brincando. Eu também rio, mas paro pra pensar. Eu não sou forte, fracassei com todas as armas que tentei usar até agora, nunca me dei bem com esportes, o clube que eu frequentava era...KENDO! Mas eu só treinava com espadas de madeira e é improvável que tenham uma katana aqui.
_ Então _ falei meio pensativa _ será que vocês não teriam uma katana?
_ Uma ka o que?
_ katana cabeça de alga _ Annie diz _ uma espada japonesa, podemos até ter mas eu não tenho certeza, não é comum recebermos japoneses aqui.
O resto da noite seguiu normalmente, filhos de Apolo cantando ao redor da fogueira, filhos de Ares disputando queda de braço, essas coisas. Volto ao meu chalé sozinha, todos pareciam bastante felizes e eu não queria atrapalhar. Visto meu pijama e me deito. Começo a analisar o quarto, até que tem algumas coisas bonitas. A cama é feita de um metal prateado fosco, as paredes são uma mistura de cinza escuro e claro, as manchas me lembram o vento frio do inverno, bem, como as crianças o desenham. O teto é como a superfície de um lago congelado, mas olhando com atenção também há figuras implícitas no gelo, a maioria são rosas murchas e cristais. No canto do quarto há uma cômoda branca e do lado dela o que deveria ser uma pequena fonte, mas a água esta congelada. Em alguns instantes eu fico sonolenta e acabo dormindo.
No meu sonho estou de volta ao Japão, há um templo coberto de neve, igual ao chão e às árvores. Tudo é branco. Eu estou em uma pontezinha que corta um riacho parcialmente congelado. Aparentemente eu estou nua, e esta bem frio por sinal, mas eu me sinto bem com isso. O vento bate no meu corpo, o que me faz arrepiar. Do outro lado da ponte está uma mulher, com apenas um tecido fino cobrindo suas vergonhas. Ela sorri e eu me aproximo.
_ Olá _ ela diz calmamente em japonês _ faz um tempo que eu queria te ver._ Tento responder mas não sai som algum. _esse não é o futuro que eu queria pra você _ continua _ queria apenas que você vivesse normalmente no Japão, se casasse e tivesse filhos lindos _ suspira _ mas já que não foi assim vou liberar o seu poder _ ela faz uns sinais de mão e uma luz fraca brilha entre os meus seios. _ quando você nasceu eu coloquei esse selo, ele te protegeu desse mundo dos deuses até agora, só enfraquecia no inverno, quando estávamos mais próximas. O fato do Japão ser 'guardado' pelos seus próprios deuses também ajudou, mas aqui nos Estados Unidos, mesmo com o selo, foi difícil te esconder. _ ela sorri pra mim novamente e o lugar que eu estou vai escurecendo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
In ver no
FanfictionFuyu é uma garota japonesa que se muda para os Estados Unidos afim de completar o ensino médio, mas não é bem isso que acontece. Ela descobre ser um semideusa, inicialmente insignificante aos olhos dos outros mas que tem um papel importante no olimp...