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Todas as noites fugia dos problemas, eu me encontrava, nas estrelas.

Mais uma vez minha mãe brigava com meu irmão, ela havia descoberto que ele trancou a faculdade de medicina há alguns meses para fazer designer de jogos.

Depois que ela descobriu que eu iria fazer astronomia, todos os dias ela diz que o Junghyun seria o salvador da família, que iria ser o herdeiro da empresa da família.

E mais uma vez meu pai interviu que mamãe o machucasse novamente.

Cansado de tudo, subi para o nosso quarto, onde Junghyun chegaria em alguns minutos.

Ele chegou, e deitou-se, com a respiração pesada, e decidi não comentar sobre nada.

Horas depois, que todos haviam dormido, peguei um casaco e sai pela porta da cozinha, desci dois degraus e senti o vento gelado beijando o meu rosto.

Fui até uma farmácia para comprar aspirina, latas de cerveja, alguns salgados e band-aid para cobrir o machucado do dedo.

Paguei tudo e sentei ali na calçada mesmo, vendo apenas adolescentes bêbados passando em grupos.

O outono coreano não estava tão frio este ano, mas o céu estava vez mais fechado, impossibilitando a vista.

Depois de uns goles de cerveja e músicas diferentes tocando nos fones, lembrei de algumas palavras de sua mãe na hora do jantar daquele mesmo dia. Junghyun tinha contando que iria trazer sua namorada para jantar em casa no final de semana.

E sua mãe o parabenizou, dizendo que ele estava sentindo orgulho de ver seu filho crescendo desse jeito, numa faculdade boa e uma namorada.

Dei mais um gole na cerveja, acabando com o líquido na garrafa e logo abrindo outra.

Abriu a garrafa e olhou para as ondas quebrando na areia de Busan.

Será que um dia ele iria arranjar um namorado?

Sim, namorado.

Me se descobri assim que sai da escola, depois de ter ficado com um garoto na festa de faculdade.

Um garoto que eu não sabia quem era, estava numa festa de meio médico, a convite do meu irmão.

Ele era baixo e tinha lábios carnudos.

E eu acreditava que nunca mais veria o rapaz.

Acreditava.

Porque quando levantei a cabeça para procurar a sacola de salgados quando vi o garoto da festa sentando na areia a uns metros mais perto do mar.

É, eu te encontrei.