Capítulo 11 - Capital Real

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Olhando atentamente para a pequena Lizzy, Atlas tinha uma expressão de extrema curiosidade. Forte? - O que ela quer dizer com isso...

― Pentelha, do que você está falando? ― Perguntou Atlas.

― Tem uma corda que está no mestre e na Lizzy! ― Respondeu ela que ainda tinha lagrimas escorrendo pelo seu pequeno e delicado rosto.

Atlas ficou ainda mais espantado, uma corda que está nele e nela? - O que diabos essa pequena pestinha está falando. Se acalmando, ele começou a refletir sobre tudo o que aconteceu para tentar entender o que ela estava dizendo. Depois de refletir e não chegar a nenhuma resposta satisfatória, Atlas voltou a perguntar para Lizzy, no entanto, ela não conseguia explicar de uma maneira que ele fosse capaz de entender.

― Lizzy, vamos fazer o seguinte então. Eu vou levar você comigo e quando chegarmos lá eu vou arrumar um local para morarmos juntos. ― Disse Atlas. Com uma breve pausa, ele falou olhando para ela seriamente. ― Você vai precisar obedecer a todas às minhas ordens! Quando eu for para algum lugar perigoso eu vou encontrar um lugar seguro para que você possa ficar. Você concorda? ― Perguntou ele olhando seriamente para ela.

― Hm. ― Respondeu ela emitindo um som baixo e confirmando com a cabeça.

― Vamos partir então. ― Falou Atlas, chamando ela para partir deste lugar.

Atlas sabe que ele não tem a capacidade de cuidar de outra pessoa. Ele é fraco, não conhece nada do mundo, e vai precisar percorrer um caminho arriscado para ficar cada vez mais forte. O seu pai sempre o treinou para isto, sempre conversou sobre estes assuntos e como reagir, no entanto, ele deve muito a essa pequena garotinha, uma dívida de vida. Ele não é um tolo, durante estes dez dias ele avaliou a situação, a princípio ele tinha pensado que a cobra tinha salvado sua vida. No entanto, após ver a reação da cobra para com ele, ficou claro que foi essa pequena menina que o tinha salvado.

Como exatamente ela fez isso, ele não sabe. E isto ainda permanece um mistério para ele, no entanto, ele sabe que provavelmente foi em troca de algo valioso. Seu pai e tios sempre o ensinou a ser implacável com os inimigos e nunca trair os amigos, a separação entre rancor e favor deve ser feita através de uma linha nítida. Por tanto, ele está disposto a fazer de tudo até que essa pequena menina que nunca tinha visto um humano antes, seja capaz de se manter e se cuidar sozinha. Este foi um voto que ele fez silenciosamente em seu coração quando percebeu que foi salvo por uma criança, que nem ao menos sabia como se comunicar e nunca tinha vivenciado nada.

Quando eles estavam partindo da caverna, Lizzy comandou a grande cobra para carrega-los, no entanto, a cobra não estava muito disposta a deixar Atlas montar nela, mas após receber alguns golpes na cabeça com o galho, ela se abaixou e permitiu que Atlas à montasse. Atlas pediu para que Lizzy os levassem até o lugar onde o encontrou, ele queria recuperar sua espada e escudo se possível antes de partir. Depois de recuperar seus pertences eles partiram em direção a capital real.

Atlas também não perdeu a oportunidade de perguntar como Lizzy conseguiu fazer uma besta demoníaca tão poderosa a obedecer os seus comandos, no entanto, a resposta de Lizzy não saciou nem um pouco a sua curiosidade. A menina respondeu que quando acordou, a cobra gostou dela e começou a segui-la e obedece-la, ela encontrou aquele pedaço de espelho na floresta de pedra, e com aquilo ela percebeu que era muito diferente da grande cobra. Após aquele dia, ela sempre andou pela floresta de pedra procurando por mais coisas, mas nunca encontrou nada, nem mesmo outras bestas demoníacas.

Após cruzarem a gigantesca floresta de pedra, a cobra parou e não quis seguir em frente, após Lizzy esbravejar com ela e não funcionar, ela se despediu da grande cobra com um abraço carinhoso e correu para o lado de Atlas, como se tivesse medo que ele pudesse mudar de ideia a qualquer momento.

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