Capítulo 2 - Página cinco

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KATE.

A porta do apartamento ao lado o meu se abriu enquanto eu passava.

Minha melhor amiga, Lanie, veio para o corredor.

Lanie e eu éramos amigas havia uma eternidade. Fomos criadas juntas na mesma cidade de Indiana, no Centro Oeste dos Estados Unidos. Durante todo o ensino fundamental sentamos lado a lado graças à distribuição dos alunos por ordem alfabética. Depois da formatura no ensino médio, fomos para a mesma faculdade em Nova York, onde logo entendemos que, se quiséssemos continuar grandes amigas, devíamos ser vizinhas, mas não morarmos juntas.

Embora eu a amasse como a irmã que nunca tive, às vezes ela podia ser mandona e autoritária. Da mesma forma, minha necessidade de ter algum tempo sossegada a deixava louca. E, ao que parecia, também meu encontro com Castle.

— Katherine Beckett! – suas mãos foram para o quadril. – você desligou o celular? Foi ver aquele tal de Castle, não foi?

Limitei-me a sorrir para ela.

— Francamente, Kate – disse ela. – não sei porque eu ainda me incomodo com isso.

— Pois é. Diga, porque você se incomoda mesmo? – perguntei enquanto ela me seguia para dentro. Acomodando-me no sofá, comecei a ler os papeis que Rick me deu. – aliás, eu não estarei aqui nesse fim de semana.

Lanie soltou um suspiro ruidoso.

— Você foi. Eu sabia que iria. Depois que enfia uma ideia na cabeça, você simplesmente mete a cara. Nem mesmo pensa nas consequências.

Continuei lendo.

— Você se julga muito inteligente. Bom, o que acha que a biblioteca vai dizer sobre isso? o que seu pai vai pensar?

Meu pai ainda morava em Indiana e, embora não fossemos próximos, eu tinha certeza de que ele teria uma opinião firme sobre minha visita ao escritório do Rick. Uma opinião muito negativa. Apesar disso, de maneira nenhuma alguém discutiria minha vida sexual com ele.

Baixei os papeis.

— Você não vai contar nada ao meu pai. E minha vida pessoal não é da conta da biblioteca. Entendeu?

Lanie se sentou e examinou as unhas.

— Não estou entendendo nada. – ela pegou os papeis.

— O que é isso?

— Me dê. – puxei a papelada da mão dela.

— Sinceramente, se quer tanto ser dominada, conheço vários homens que estariam muito dispostos a lhe fazer esse favor.

— Não estou interessada nos seus ex-namorados. Além disso, tenho preferência por Richard Castle.

— Então vai entrar na casa de um estranho e deixar que ele faça só-Deus-sabe-o-que com você?

— Não é assim.

Ela foi até meu laptop e ligou.

— E como é, exatamente? – Lanie se recostou no sofá enquanto a tela se acendia. – ser amante de um homem rica?

— Não sou amante dele. Sou uma submissa. Sinta-se em casa, a propósito. Pode usar meu laptop à vontade.

Ela digitou freneticamente no teclado.

— Muito bem. Submissa. Assim é muito melhor.

— É. Todo mundo sabe que é o submisso que tem todo o poder no relacionamento. – Lanie não havia feito a pesquisa que fiz.

DESIRE FOR SUBMISSION - (adaptada)Where stories live. Discover now