Faltavam precisamente 3 horas para Noa ser apresentada ao grupo, iriam ser no minimo 150 homens e mulheres que a iriam conhecer pela primeira vez. Vocês devem-se estar a perguntar como é que eu estou a aceitar tão bem o facto de partilhar o meu posto de líder com alguém que eu conheço, nem a 3 meses, bem, isso é fácil de se responder, em primeiro lugar ela é filha da pessoa que mais me apoiou e que me ensinou tudo o que havia de valor nesta vida, tornou-me a pessoa que eu sou hoje, em segundo e ultimo lugar, ela não está ali por poder mas sim por vingança, então estou desancado em relação a tudo isso de poder e lugar dento do grupo, porque o meu está lá garantido e continuará o mesmo. Mas admito que a minha confiança nela por mais forte que seja ainda não estava no nível máximo pois não sou pessoa de confiar em ninguém, e Noa não é excessão, à muitas coisa pelo qual ela têm que passar para me provar que posso confiar nela a 100%. Eu ainda estava em casa, tinha dito a Noa para vir ter mais cedo 1 hora para discutir-mos alguns detalhes à cerca de logo à noite, havia atitudes e aspetos que ela devia de ter perante aqueles que lhe eram inferiores, e isto se queria ser respeitada senão nada feito. De repente a campainha fez-se suar, a minha governanta foi a abrir, e logo vi o rosto de Noa, ela estava toda vestida de preto com a casaca que eu lhe tinha dado do pai, realmente ela ficava bem com ela vestida, parecia uma verdadeira Hell Angel, agradeci a Manuela, a minha governanta e a mesma saiu em direção à cozinha.
-Pronta para logo à noite?- Noa sentou-se à minha frente, e cruzou as pernas.
-Mais pronta era impossível- respondeu com o ar sério que carregava sempre consigo
-Bem, como sabes chamei-te aqui para discutir-mos alguns detalhes à cerca de logo à noite, eu vou entrar primeiro, e chamar a atenção do pessoal, todos foram obrigados a comparecer hoje à noite, no nosso local de reuniões secretas como é óbvio, vais ser só exposta para já ao grupo, mais tarde vais começar a comparecer nos locais habituais onde param as outras gangues. Eventualmente eu irei chamar o teu nome e tu vens para a minha beira, prepara-te para seres questionada em relação ao teu pai, muita gente vai pensar que tu és um impostora, essa parte vais ter de ser tu a falar, e tenho a certeza que te saberás defender, em nenhum momento mostres qualquer tipo de emoção e mostra-te sempre superior a todos eles, não porque eu te estou a pedir, mas porque tens que encaixar nessa cabeça que realmente o és.
-Entendido- Noa olha para o relógio- Bem parece que está na hora de irmos- concordei.
Ambos nos levantamos e fomos em direção à minha mota, dei um capacete a Noa que o colocou e de seguida coloquei o meu arrancando então pelas ruas de Califórnia até chegar a um armazém no meio de uma floresta, aquilo era escondido, mas se caso alguém o encontra-se iria parecer um armazém abandonado e sombrio, então só os mais corajosos e que se atreveriam a chegar perto. Assim que chegámos entrámos pela entrada que só eu estava autorizado a entrar já que era a única que dava acesso ao escritório pelo lado de fora do armazém. Assim que entrámos, eu disse a Noa para esperar e ela fez o que eu mandei, não parecia nem um pouco nervosa, mas como ela era perita em esconder emoções, não sabia se estava ou não. Sai do escritório indo para uma pequena varanda de madeira, que mantinha a zona onde eu mantinha as coisas privadas do armazém longe do pessoal da gangue. Estava lá toda a gente, pareciam realmente curiosos à cerca daquilo que eu tinha para informar.
-Agradeço a todos os presentes, por estarem aqui- com estas palavras chamei a atenção de toda a gente- Sei que estão curiosos para saber o porque de ter convocado esta reunião, e serei muito breve. O nosso respeitado chefe como sabem supostamente não tinha nenhum herdeiro, então coube me a mim tomar o seu lugar já que era o seu braço direito e o meu pai desapareceu na mesma noite em que George morreu. Bem as nossas suspeitas estavam erradas, George tinha sim um herdeiro, mas nunca o mencionou criou que por proteção, mas talvez por obra do destino ele veio até mim, e passou estes últimos meses comigo, a preparar uma vingança contra aquele que retirou de nós os nossos lideres, os nossos pais. Sem mas demoras apresento-vos Noa Campbell, a vossa nova chefe, que irá trabalhar e comandar este barco comigo.
Noa entrou, e toda a gente murmurava entre si, o que era completamente normal já que para eles ela era uma total desconhecida. Já por sua vez Noa olhava para aquelas pessoas com indiferença, assim como eu lhe tinha mandado, estava demonstrar ar de poderosa. Eu mesmo senti orgulho na pessoa que eu tinha ajudado a criar. Chegou a uma certa altura em que o som das vozes das pessoas era tão alto que ninguém se consegui entender, Noa começou a andar de um lado para o outro, a tentar chamar a tenção, ela queria falar, mas novamente ninguém ligou. Então fez algo inesperado, pegou na sua arma e atirou duas vezes em direção ao teto. Toda a gente se surpreendeu, até eu mesmo fiquei, que mulher era esta?
-Assim está melhor- disse olhando para as pessoas à sua frente- Digo já que nada daquilo que possa estar a passar pelas vossas cabeças neste momento me importa, podem pensar o que quiserem de mim, nada vai mudar o facto de eu ser superior a vocês, lembrem-se que sou filha do vosso chefe, e que juntamente com Justin mandámos nesta porra toda. A partir deste momento o único objetivo é conseguir descobrir quem é que matou o meu pai, esse será a vossa tarefa, sejam sempre discretos, não quero problemas com a bófia. Estou também a dar oportunidade de quem quiser sair, do grupo, que o faça porque depois não vai ter hipóteses para isso- parou de andar de um lado para o outro, parando no meio da varanda- Alguém o quer fazer?- ninguém se pronunciou, eu estava sem palavras, não conhecia esta faceta dela, confesso que eu mesma senti a ameaça das palavras que saiam da sua boca, e não tinha motivo nenhum para tal, la estava conseguir o respeito de todos os presentes apenas com as suas palavras- Ótimo, espero que em breve tenha notícias, e nada do que aconteceu aqui pode ser comentado nas ruas, eu não existo, ainda não é o momento certo para eu aparecer em publico, Justin passo-te a palavra- andou para trás dando-me o seu lugar.
-Bem acho que não é necessário acrescentar mais nada, ouviram o que Noa disse, podem sair- toda a gente se dirigiu para o lado de fora do armazém e arrancaram nas suas motas- Estiveste mesmo bem, parabéns- e dito isto vi pela primeira vez um sorriso na cara de Noa, um sorriso maquiavélico, eu tinha criado um monstro, e por mais errado que isso fosse eu estava orgulhoso.