(P.O.V Noa)

Nem eu sei como é que tinha conseguido ter aquela postura perante pessoas que não me conheciam de lado nenhum e a qualquer momento podiam decidir e revoltar-se contra mim, como Justin disse e muito bem, eles poderiam pensar que eu era uma impostora, o que podia correr para o torto, mas não me pareceu que esse fosse o caso já que naquele momento ninguém me questionou à cerca disso, mas a verdade é que adorei a sensação de poder que me foi transmitida à minutos atrás, pela primeira vez na vida eu tinha um propósito, e iria lutar por ele nem que isso me levasse a fazer coisas que iam contra os meus valores morais, acreditada plenamente que tinha passado a mensagem correta para os mesmo capangas, eu queria respostas e querias o mais rápido possível e eles tiveram plena noção disso. Quando Justin me deu os parabéns pela minha postura, admito que fiquei extremamente feliz, porque apesar de não transparecer para as pessoas, isso é uma das coisas que melhor sei fazer, esconder sentimentos, eu estava bastante nervosa, e assim que entrei e vi que ninguém estava a prestar atenção em mim, tomei aquela atitude de atirar contra o teto, não sei se foi a melhor opção, mas sei que pelo menos consegui a atenção de toda a gente, o que me agradou bastante.

Estávamos agora no escritório de Justin, ele disse que ainda faltavam umas pessoas que eu precisava de conhecer, apenas ficamos na conversa enquanto essas mesmas pessoa não chegavam. Uns 20 minutos depois três rapazes acompanhados por uma rapariga entraram dentro do escritório rindo uns com os outros, mas assim que me notaram a sua expressão passou de risonha a séria.

-Quem é ela?- a rapariga ainda não tinha tirado os olhos de mim, parecia que estava prestes a matar-me só com o olhar, acho que ela não tinha gostado muito de mim.

-Boa noite para vocês também- disse Justin dando um sorriso sarcástico- E esta aqui é a vossa nova chefe.

Todos naquela sala exceto eu e Justin ficaram com uma cara de interrogação a olhar para nós, e os rapazes que até agora se mantiveram calados, abriam pela primeira vez a boca.

-Como assim? Casaste e nós não fomos convidados para o casamento?- perguntou o rapaz negro rindo de seguida, pensando que tinha feito a piada do século, mas a única coisa que ele conseguiu foi o total silêncio de todos.

-Chris deixa-te de merdas- Justin levantou-se e caminhou para a frente da sua mesa, encostando-se à mesma de seguida- Bem à muita coisa que aqui têm de ser explicada. Noa é filha do George, nós nunca soubemos da sua existência porque ele sempre a escondeu deste mundo. Era como se ela tivesse vivido uma vida dupla. Mas agora está aqui connosco, e como herdeira do Campbell, tem todo o direito a isto como eu- olhou para mim, de certa maneira demonstrando que estava tudo bem- Ela vai-nos ajudar a encontrar o assassino do pai dela, é o principal propósito que ela têm, eu já a apresentei ao resto do gangue, todos concordaram em ajudar, não que tivessem muita escolha. E conto convosco também como é óbvio.

-Como é que podemos ter a certeza que ela não é nenhuma impostora?- um rapaz moreno que tinha estado bastante atento ás palavras de Justin e que na minha opinião parecia o mais inteligente de todos perguntou, e de seguida olhou para mim- Já agora sou o Chaz.

Dei um pequeno aceno com a cabeça, não precisava de apresentações, o Justin já o tinha feito por mim. Quando este ia abrir a boca para responder à pergunta de Chaz, eu levantei a mão e fiz sinal para o me deixar falar.

-Chaz certo? Vamos pensar da seguinte maneira, se eu fosse uma impostora porque raio é que eu teria a arriscar a minha vida para encontrar o assassino do meu pai? Poderia simplesmente ter ido ter com o Justin, que eu nem sequer conhecia, muito menos sabia que ele fazia parte da gangue do meu pai, e muito menos ainda que o meu pai era o chefe disto tudo, e ter pedido para que encontrasse o assassino e passasse toda a herança que ele possui para mim, pois sou a legítima herdeira e bazar daqui. Mas ao contrário disso eu treinei e estou aqui com o mesmo propósito que vocês. E volto a dizer que não estou aqui para provar nada a ninguém, queres acreditar em mim acreditam, não querem problema vosso, não tenho que provar nada a ninguém- encostei-me no sofá e abri os meus braços.

-Gostei dela- disse o o único rapaz que ainda não tinha abeto a boca- Ryan- dei uma piscadela o que me fez revirar os olhos, não gosto dessas confianças.

-Sim tens toda a razão, mas como podes saber, temos sempre um pé atrás nestas coisas, podias ser perfeitamente uma impostora, mas têm lógica tudo aquilo que tu disseste- por fim Chaz disse.

A rapariga não abriu mais a boca, continuava a olhar para mim como se eu fosse alguém que lhe iria roubar o lugar, e talvez estivesse certa, porque se realmente estes eram os braços direitos de Justin, ela era a única dentro do pequeno grupinho, e agora com a chegada de outra mulher, não devia ser fácil aceitar, mas eu não estou nem ai, porque não pretendo roubar o lugar de ninguém, ela fica no seu posto, que eu fico no meu. Mas estava realmente a achar uma estupidez ela estar a olhar-me assim.~

-E tu vais continuar a olhar para mim, ou vais-me dizer o teu nome- dirigi-me à rapariga dando um pequeno sorriso de lado, ela olhou para mim com as sobrancelhas franzidas.

-Bianca- respondeu secamente, acho que não tinha gostado muito de como eu me tinha dirigido a ela.

-É um prazer Bianca, é bom saber que vou ter um rapariga para partilhar as minhas armas- toda a gente no escritório se riu, menos Bianca, que cruzou os braços, ela definitivamente não ia com a minha cara.

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