No Capítulo Anterior...
-
Você pediu alguma coisa, amor? - Felipe perguntou.
- Não.
- Eu vou atender...
A campanhia tocou novamente e Felipe abriu a porta. Ao abri-la, pude ver uma mulher madura e bem vestida. Olhos castanhos e cabelos num louro escuro.
- Mãe? - Felipe perguntou encarando a mulher.
(...)
Shirley- Mãe? - Felipe perguntou encarando a mulher, um sorriso nasceu em seus lábios aos poucos. - Que surpresa te ver aqui!
- Felipe, meu filho! - A mulher disse. - Não vai me convidar para entrar?
- Claro.
Ouvindo aquele diálogo dei-me conta de que estava prestes a ser flagrada apenas de calcinha e sutiã pela minha "sogra".
Então corri corredor a dentro em direção ao quarto tentando não ser vista.(...)
Felipe Miranda- Não vai me convidar para entrar filho? - A voz doce, porém séria da minha mãe me despertou do torpor que eu estava imerso.
- Claro... - Assenti abrindo passagem para que ela entrasse.
Dona Vitória adentrou a sala do apart-hotel muito segura de si, observando tudo a sua volta. Desde os móveis que decoravam o local até as roupas minhas e de Shirley jogadas pelo chão.
- A última vez que estive no Brasil, te deixei casado, numa casa decente e com uma mulher decente... - Ela começou passando os dedos na estantezinha que havia num canto da sala.
- Mãe, eu...
- E quando volto, descubro que você jogou tudo pelos ares por causa de uma aventura? - Ela me encarou severa.
- Mãe, ela não é uma aventura... - Disse inutilmente baixo.
- O que você tem na cabeça menino? - Ela disse exaltada. - Olha só para você, olha só para este lugar em que você está enfiado por causa dessa fulana!
- Mãe, para de falar dela assim! - Tive que aumentar o tom de voz. - A Shirley não é uma fulana. Ela é a mulher da minha vida, eu tô apaixonado por ela.
Abri parcialmente meu coração para que minha mãe soubesse que a Shirley não era apenas uma aventura, ela era muito mais.
- Eu nunca ouvi tanta baboseira em toda minha vida. - Ela disse rindo sem humor.
- Você está enganada, nem sequer conhece a Shirley para falar assim dela.
- Shirley... - Vitória disse o nome com desprezo. - Então este é o nome desta mulher? Ela está aqui? Eu quero vê-la.. - Ela disse rondando a casa, olhou a cozinha, o banheiro, e a pequena área de serviço.
Revirei os olhos e a Segurei pelo braço.
- Mãe, ela está lá dentro, me espera aqui, que eu vou buscá-la... - Falei e ela pareceu se convencer, indo sentar no sofá.
Sem perder tempo, tratei de sumir corredor a dentro até alcançar o quarto que divido com a morena. Abri a porta e a encontrei ainda de calcinha e sutiã, encarando furtivamente dois vestidos dispostos em cima da cama.
- Amor, aquela é a sua mãe? - Perguntou.
-Sim, e ela quer te ver... - Respondi.
- Ah meu Deus, e se ela não gostar de mim? - A morena perguntou aflita.
- Não tem como alguém não gostar de você, morena, basta ser a mulher por quem me apaixonei e pronto. - Puxei ela para um abraço e beijei o topo de sua cabeça.
- Agora vamos, ela ainda está nos esperando... - Saímos do quarto de mãos dadas, e logo reaparecemos na sala devidamente vestidos, Shirley segurava minha mão um pouco nervosa.
- Mãe, essa é a Shirley, minha mulher... - Falei atraindo a atenção da minha mãe, sorri da melhor maneira que pude.
- É um prazer conhecer a senhora! - Shirley disse estendendo a mão. Porém minha mãe apenas levantou-se do sofá ficando de frente para nós dois, encarando Shirley de cima a baixo com uma cara péssima.
- Mãe, a Shirley está estendendo a mão para você... - Disse a fim de chamá-la a realidade.
- Shirley... - Ela começou num tom ácido. - Você sabe por que estou aqui? - Ela negou com a cabeça.
- Estou aqui, pois precisava ver com meus próprios olhos até que ponto meu filho se rebaixou, acabando com um bom casamento por uma aventura... e chegando aqui, vejo que estava completamente certa. Você é o daqueles tipos mais baixos, destruidora de lares, e eu jamais vou aprovar essa união de vocês... - Assim que minha mãe parou de falar, Shirley começou a chorar, balbuciou algo como um me desculpe e sumiu corredor a dentro, trancando-se no quarto.
-Por que fez isso? - Encarei minha mãe decepcionado.
- Você vai ver, meu filho. Logo essa garota vai mostrar quem realmente é...
- Você não tem o direito de entrar aqui e dizer essas coisas para a minha mulher! - Disse um pouco alto.
- Sua mulher é a Jéssica! Foi com ela que você casou, e não com essa fulana! - Minha mãe gritou. - E em breve você verá que eu tenho razão.
Ela disse e saiu porta a fora, deixando-me estático em casa. Não pensei muito e fui em direção ao quarto, sem nenhuma surpresa acabei encontrando a porta trancada.
- Amor, sou eu... - Bati na porta. - Por favor? Abre essa porta, Shirley.
Eu estava prestes a bater na porta novamente quando ela se abriu, revelando uma Shirley com os olhos e a ponta do nariz vermelhos, enquanto tentava inutilmente enxugar as lágrimas pelo rosto.
- Ei... me desculpe por isso, por favor. - Sussurrei enquanto a abraçava. - Você não mereceu ouvir nada daquilo.
- Eu já fui humilhada de várias formas, Felipe. - Ela disse soltando-se de meus braços - Mas isso foi a gota d'água pra mim...
- O que está querendo dizer com isso? - Perguntei cauteloso.
- Não dá mais para mim, Felipe. Não quero mais ser humilhada por uma mulher que não sabe a metade do que aconteceu na minha vida, chega!
- Então, você não está me dizendo que... - Perguntei incrédulo, aos poucos senti algo ruim crescer dentro de mim.
- Acabou Felipe, eu sei que posso estar dando um passo para trás, ou até sendo ingrata com um homem tão bom como você, mas para mim não dá...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Proibido
Romance[FANFIC CONCLUÍDA] PROIBIDO adjetivo 1- Que não é permitido. 2- Que a lei não permite; ilegal, ilícito. Felipe Miranda desde sempre respeitava as regras, jamais fazia algo fora do que lhe era imposto ou algo contrário do que esperavam dele. Isso até...